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Summit Agronegócio 2022: confira a cobertura do Broadcast no primeiro dia do evento

Cúpula: setor de crédito rural aponta demandas para novo governo a partir de 2022

Por Tânia Rabello e Isadora Duarte

São Paulo, 07/11/2022 – O governo do futuro presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), deve focar, entre várias outras demandas, no apoio a fintechs e startups para aumentar a agilidade na concessão de crédito ao setor do agronegócio , defendeu, há pouco, o fundador da MasterBarter – agfintech na área de meios de pagamento -, Walter Herbert Dissinger. De qualquer forma, o executivo acredita que a tendência de desenvolvimento tecnológico, principalmente no setor agrícola, está caminhando “independentemente da política”. “A política pode, no entanto, ajudar a acelerar o processo.”

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Dissinger participou, nesta manhã, do Summit Agro 2022, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, que começou hoje (7) e vai até quarta-feira (9). outro r

Para o CEO e cofundador da Nagro Crédito Agro, Gustavo Alves, presente no mesmo painel, uma das principais preocupações de quem trabalha com crédito em geral é a “preocupação com a responsabilidade fiscal”. “Com responsabilidade fiscal, dá para atrair mais capital estrangeiro”, destacou. E, em segundo lugar, a “segurança jurídica” deve ser garantida. “Ter um ambiente de negócios onde você não troca as cartas do jogo, porque isso afeta as startups, a tecnologia e o crédito como um todo”, disse. Ele ponderou, porém, que o setor agrícola vem “se preparando muito bem”, independentemente do governo. “O agro depende pouco dos governos, mas é fundamental ter segurança jurídica para fazer negócios do que propriamente subsídios (no crédito).”

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O diretor de Agronegócios do Bradesco, Roberto França, lembrou, no mesmo painel, que a responsabilidade fiscal está “diretamente relacionada” à taxa básica de juros, a Selic, e, consequentemente, ao menor custo do crédito aos produtores rurais. França disse que será necessário um maior volume de recursos privados para financiar o agro nacional. “O Plano Safra, no valor de R$ 340 bilhões, não atende mais a demanda da agricultura. Entendo que bancos e fintechs deveriam financiar o crescimento da agricultura.”

O cofundador e CEO da agfintech Traive, Fabricio Pezente, defendeu que as mudanças regulatórias promovidas pelo atual governo na concessão de crédito, como a aceleração da criação de títulos e instrumentos agrícolas, sejam mantidas no novo governo. “O atual governo foi muito veemente ao dizer que o capital privado precisa ir para a agricultura. O discurso foi vocal e atuou nas mudanças regulatórias. Vejo que isso deve continuar. Vejo também que a boa vontade do capital estrangeiro tende a melhorar com o novo governo”, disse Pezente.

Summit: executivos do agronegócio defendem agenda regulatória e ministério único como prioridade do novo governo

Por Isadora Duarte e Tânia Rabello

São Paulo, 07/11/2022 – Executivos de empresas do agronegócio defendem que o novo governo prioriza a agenda regulatória relacionada ao setor e também mantém o Ministério da Agricultura como centralizador de todas as demandas relacionadas ao agro. Para o sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, “se o novo governo não atrapalhar (o setor agrícola), tudo bem”. Outro aspecto destacado pelo consultor é a necessidade de “segurança jurídica”. “O produtor tem que focar no seu negócio, trabalhar tranquilo naquilo que ele faz de melhor, que é produzir alimentos”, destacou.

A união de todas as demandas do agronegócio em um único ministério, o Ministério da Agricultura, é outra medida que Torres elogiou em relação à gestão do atual presidente, Jair Bolsonaro, e que, em sua opinião, deve ser mantida no governo Lula. “Foi uma boa jogada”, disse ele. “Antes, cada ministério fazia discursos dissonantes em fóruns internacionais”, lembrou. Assim, para ele, “tendo tudo centralizado em um único ministério, como pesca, liberação de produtos, medidas de exportação, reforma agrária, meio ambiente seria uma boa medida”. “É bom lembrar que a produção rural se dá no meio ambiente”, concluiu.

Torres, assim como os consultores abaixo, participaram nesta manhã do Agribusiness Summit 2022, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo. O Summit segue de hoje até quarta-feira (9).

“Espero que qualquer governo entenda a agricultura como uma área estratégica para o país e que o governo contribua para que a inovação chegue à agricultura brasileira por meio de marcos regulatórios e econômicos”, disse o diretor regional da Syngenta Proteção de Culturas na América Latina e no Brasil , Juan Pablo Llobet, no mesmo painel.

Também presente ao evento, o CEO da Crop Care, empresa da holding Lavoro, Marcelo Pessanha, defendeu a adoção de agendas regulatórias que afetam o setor no curto prazo, segundo ele, pois refletem na aprovação ou não de insumos agrícolas. “É um ciclo necessário. Espero também que o novo governo continue priorizando a agenda de infraestrutura e incentivos à indústria local”, afirmou. Pessanha também defendeu a prioridade de uma agenda ambiental. “As agendas ambientais têm que ser acompanhadas de perto e de forma sustentável para o produtor. A agenda de apoio financeiro ao produtor também precisa ser tratada de perto pelo novo governo”, afirmou.

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Fonte: Agro

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