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Summit Agribusiness 2022 debate desafios futuros para o setor

    Summit Agribusiness 2022 debate desafios futuros para o setor

    Nesta segunda-feira (07), o Summit Agribusiness Brasil 2022, evento realizado pelo Estadão com apoio da Rádio Eldorado FM e Broadcast Agro e patrocínio da Bayer, CropLife Brasil e Lavoro, é online e gratuito e segue até quarta-feira (09).

    Este ano, o primeiro dia do evento tratou dos desafios futuros do agronegócio brasileiro. Temas foram debatidos em diferentes painéis como a influência das crises vividas recentemente, as exigências do mercado global e as exigências de uma agricultura de baixo carbono que podem afetar a cadeia produtiva brasileira.

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    Pandemia, guerra e paralisação logística: há oportunidades nas crises?

    O primeiro painel discutiu as crises geradas pela pandemia e o conflito no Leste Europeu na distribuição global de insumos agrícolas. Entre os participantes estava o diretor regional da Syngenta Crop Protection na América Latina e no Brasil, Juan Pablo Llobet, que falou sobre como a crise afetou um dos gigantes do agronegócio mundial.

    A Syngenta precisou readequar toda a cadeia de suprimentos global, tanto por questões energéticas quanto por problemas logísticos, o que acabou exigindo uma revisão de toda a cadeia de suprimentos global e a percepção da necessidade de construir parcerias de longo prazo. Segundo Llobet, relacionamentos mais duradouros entre fornecedores e distribuidores garantem um melhor atendimento em momentos de crise, que podem continuar aparecendo.

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    O primeiro painel discutiu os efeitos das crises nas cadeias produtivas do agronegócio. (Fonte: Estadão Summit Agronegócio Brasil 2022/Reprodução)

    Aumento de bioinsumos no setor

    Mesmo com a crise, muitas empresas viram surgir novas possibilidades no mercado. O diretor executivo (CEO) da Crop Care, Marcelo Pessanha, fábrica de aditivos agrícolas de alta performance, destacou as oportunidades que surgiram com a crise. Com a falta geral de insumos, muitos produtores acabaram migrando para fertilizantes especiais por não encontrarem mais os tradicionais, e uma ampla gama de produtos fez a diferença para a empresa. Além disso, Pessanha destacou a aceleração da introdução de bioinsumos no mercado brasileiro.

    Com a carência dos principais agrotóxicos, como os inseticidas, a maioria dos agricultores de grandes lavouras recorreu a bioinsumos e biopesticidas, produtos com os quais ainda havia certa resistência. Os resultados foram muito positivos, mantendo a produtividade das lavouras e reduzindo os impactos ambientais, já que esse tipo de defensivo é menos tóxico que os defensivos sintéticos.

    Em 12 meses, a empresa precisou dobrar a capacidade de uma de suas fábricas para atender a demanda. Esse resultado também é importante para a indústria brasileira de insumos por acelerar a redução da dependência externa de produtos, já que no setor de bioinsumos até a matéria-prima é nacional.

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    Importância do desenvolvimento do agronegócio brasileiro

    O sócio-diretor da Scot Consultoria, Alcides Torres, mostrou como o agronegócio brasileiro se preparou para a crise, apesar de não esperar, e conseguiu crescer e apresentar bons resultados mesmo com as dificuldades de abastecimento nas cadeias mundiais. Para Torres, o fato de o Brasil exportar commodities e alimentos básicos muito procurados fez com que o país se consolidasse como um dos maiores produtores mundiais de alimentos. O câmbio favorável aos produtores também impulsionou os bons resultados do setor.

    “O Brasil é essencial para combater a fome mundial (…), a adoção de tecnologia e o investimento em pesquisa e desenvolvimento deixaram o Brasil pronto [para a crise]” concluiu Torres.

    Como modernizar a oferta de crédito?

    No momento seguinte do evento, no painel técnico, foram apresentados debates sobre como as novas tecnologias mudaram a oferta de crédito e produtos no agronegócio.

    Nesse painel, o cofundador e CEO da Agrolend, André Glezer, falou sobre a empresa e sua missão de oferecer crédito para pequenos e médios produtores de forma rápida e sem burocracia. Um dos diferenciais é o contato direto via WhatsApp com os produtores, que inclusive fecham contratos pela rede social, e o contato com lojas e revendedores locais que falam diretamente com o público-alvo.

    Também esteve presente no painel técnico o fundador e CEO do Marketplace da Gávea, Vítor Uchôa Nunes. A empresa é uma fintech que oferece uma bolsa de commodities blockchain. Essa digitalização da comercialização dos grãos permite rastrear todas as etapas da comercialização dos produtos e, por exemplo, evitar que venham de áreas desmatadas ilegalmente, o que agrega valor a toda a cadeia produtiva.

    Assim, os compradores europeus que precisam se adequar às leis de responsabilidade ambiental podem comprar pelo Gávea Marketplace e ter a garantia da origem legal dos produtos.

    A necessidade de modernização da oferta de crédito foi tema de debate.  (Fonte: Estadão Summit Agronegócio Brasil 2022/Reprodução)
    A necessidade de modernização da oferta de crédito foi tema de debate. (Fonte: Estadão Summit Agronegócio Brasil 2022/Reprodução)

    Limites do Plano de Colheita

    O último painel do dia tratou do crédito agrícola. Estiveram presentes representantes de bancos tradicionais e fintechs de crédito, além de outras instituições com soluções para o setor. O assunto abordado foi o limite do Plano Safra, que cresce de acordo com a inflação oficial, mas fica abaixo da demanda por crédito dos produtores de todo o Brasil.

    Nesse cenário, diversas empresas oferecem soluções para financiar o agronegócio, que continua sendo responsável pela maior parcela do PIB brasileiro. As empresas têm buscado soluções para desburocratizar e poder oferecer crédito com rapidez e segurança, sem fazer exigências irrealistas de garantias que os planos tradicionais exigem.

    Confira como foram os debates mais relevantes sobre o atual agronegócio brasileiro! Tudo o que rolou no Agribusiness Summit 2022 pode ser conferido gratuitamente na internet.

    Fontes: Summit Agro Estadão

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    Fonte: Agro