Pular para o conteúdo
Home » Jornal do Campo » Sua fazenda está preparada para o clima de transição?

Sua fazenda está preparada para o clima de transição?

    Sua fazenda está preparada para o clima de transição?

    Com o fim da estação seca é fundamental planejar o manejo físico e nutricional do rebanho

    À medida que nos aproximamos da primavera, que começa no dia 23 de setembro, chega a expectativa do fim do período seco. Porém, as incertezas ainda persistem, pois o clima no Brasil é conhecido pela sua instabilidade.

    Neste momento é fundamental planejar o manejo físico e nutricional do rebanho, tendo em vista que esta fase é a mais delicada no processo de produção de pastagens.

    Patrocinadores

    Nesta fase de transição normalmente há dificuldades na manutenção do estoque e do perfil ideal das pastagens. Com as primeiras chuvas, nem sempre firmes, a temperatura e o fotoperíodo ainda não são os ideais e podem contribuir para a deterioração das folhas forrageiras, limitando a ingestão ideal de forragem pelos animais.

    O planejamento e a preparação para esta etapa são cruciais para o sucesso produtivo dos rebanhos.

    Devido às dificuldades de controle da estrutura forrageira, estratégias devem ser desenvolvidas para os diferentes sistemas de produção e, dentro de critérios técnicos e econômicos, podem ser colocadas em prática, escolhendo-se os mais assertivos.

    Porém, nos diferentes sistemas de produção, quais as situações mais críticas e as suas possíveis soluções?

    Semiconfinamento

    Nesta operação, que consiste na utilização de concentrados de até 1,2% do peso corporal, observa-se uma grande dependência da nutrição dos animais no fornecimento de forragem.

    O problema é que, em caso de falta de capim, a situação se complica, pois a ausência de forragem pode afetar negativamente a nutrição, resultando em baixo desempenho produtivo, redução da eficiência alimentar e, consequentemente, prejudicando a terminação dos animais.

    Portanto, faz-se necessário avaliar a possibilidade de realizar abate seletivo ou evoluir para a utilização de ração total balanceada, menos dependente de pasto, para atender às demandas nutricionais e finalizar o processo de terminação.

    Recria com proteínas

    Esses animais podem evoluir para um sistema protéico energético (0,4% a 0,6% do peso corporal) na transição, ou passar para um sistema de confinamento temporário (sequestro). Neste segundo caso, a situação é muito favorável para a recuperação das pastagens, oferecendo um valor muito interessante para a propriedade.

    Para este tipo de confinamento, dado o cenário atual de baixos preços do milho, a dieta de grãos integrais pode ser uma boa ferramenta, tendo em vista que as condições de conservação da forragem não foram devidamente planejadas.

    rebanhos reprodutores

    Patrocinadores

    Em tempos de bezerros baratos, a palavra de ordem é “faça o seu melhor para as vacas não perderem muito peso”. É claro que esta categoria é mais complexa, mas também é necessário planejar estratégias de manejo e suplementação, principalmente para novilhas primíparas e de reposição.

    Normalmente, esse período que pode ser considerado pré-montagem, quando a restauração do escore corporal é uma preocupação, vale avaliar a suplementação com 0,3% a 0,5% de proteína energética de transição e/ou confinamento temporário, utilizando até mesmo o grão integral , para as categorias de novilhas primíparas e de reposição precoce, se for o caso.

    Estas são algumas das práticas viáveis ​​no período de transição, mas é importante reforçar que, para tomar a melhor decisão, é necessário ir “para dentro da porteira” para avaliar a real situação de cada pasto e dos diferentes lotes , fazer um diagnóstico, traçar planos de metas, considerar a viabilidade econômica e operacional de cada situação e seguir em frente, produzindo de forma sustentável.

    Patrocinadores

    Msc Lauriston Bertelli Fernandes é zootecnista e Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Premix.

    Jornal do campo
    Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão?

    Fonte
    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
    Escreva para nós nos comentários!

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo