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Sob suspeita, Lira acena para Lula “estabilizar” a relação e trocar…

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tag:reutersPor Ricardo Brito e Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) – Em meio à suspeição em relação aos propósitos do governo desde a operação da Polícia Federalista na semana passada envolvendo pessoas próximas a ele, o prefeito Arthur Lira (PP-AL) acenou com a cabeça para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reunião com o PT nesta semana, ao mesmo tempo em que os aliados do parlamentar começaram a reivindicar espaços no governo e verbas para “estabilizar” o escora ao Palácio do Planalto na Câmara.

Por enquanto, os interlocutores de Lira dizem que a agenda de votação –que deve ter uma vez que eixo a reforma tributária e medidas provisórias uma vez que a recriação dos programas Minha Vivenda, Minha Vida e Mais Médicos– está preservada. Mas, sem uma melhora efetiva no relacionamento, eles não descartam uma retaliação de Lira contra o governo.

Na semana passada, a tensão entre Lira e Planalto atingiu o vértice em meio à votação da medida provisória de renovação dos ministérios e à operação da PF que atingiu aliados diretos do prefeito em Alagoas.

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Segundo fontes ouvidas pela Reuters, Lula ligou para Lira em procura de escora para autenticar a MP na quarta-feira. Depois intensa negociação, a medida foi aprovada na Câmara na madrugada desta quinta-feira, um dia antes do vencimento da medida, o que seria a maior roteiro do governo no Congresso.

Na manhã desta quinta-feira, porém, o prefeito foi surpreendido por uma operação da PF que investiga superfaturamento na compra de equipamentos de robótica para escolas públicas de Alagoas, que teve entre seus alvos um ex-assessor de Lira na liderança do PP da Câmara.

Lira, segundo duas fontes, ficou revoltado com a ação policial ao determinar que os primeiros sinais e indícios eram de que seria direcionado para tentar alcançá-lo. A ação, segundo pessoas próximas a Lira, se refere a um caso velho e, segundo alegam, não haveria indícios de irregularidades por secção do deputado. Outra denúncia foi a relação com seu nome, por meio de vazamentos, da inquietação de milhares de reais durante a ação.

“Não vou manducar essa corda, vou me limitar a receber informações mais precisas, e cada um é responsável pelo seu CPF nesta terreno e neste país”, disse Lira, em entrevista à GloboNews, no programa dia da operação.

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Uma das fontes ligadas ao prefeito disse que o cenário pode se tornar imprevisível e instável para o governo caso se confirme a intenção de chegar a Lira por meio da PF. “A operação está tumultuada porque se identifica que é um pouco dirigido contra ele”, disse.

“Todos têm certeza de que (o ministro da Justiça, Flávio) Dino queria mandar um recado. Porquê Lira vai reagir, não faço teoria”, disse outra natividade.

Mesmo assim, no dia da operação, o ministro da Justiça fez questão de ir pessoalmente à residência solene da Câmara para manifestar a Lira que a ação foi determinada pela Justiça e que a PF – subordinada à pasta que comanda – exclusivamente realizou as diligências necessárias, segundo natividade ligada a Dino com conhecimento direto das negociações.

Em entrevista à GloboNews nesta terça-feira, Dino garantiu que não havia nenhuma formalidade política para que uma decisão judicial contra Lira fosse adiante ou não. Ele ressaltou que não é o ministro da Justiça ou a PF quem decide quem é investigado.

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Lira e Lula voltaram a se falar na manhã desta segunda-feira, a sós, durante o moca da manhã no Palácio da Alvorada. Na reunião, segundo uma das fontes ligadas a Lira, o candidato do PT voltou a negar envolvimento do governo na ação da PF e, usando seu exemplo pessoal, instou-o a enfrentar as acusações para provar sua inocência.

Mais tarde, em encontro entre Lula e líderes do Senado, o presidente fez um rápido relato sobre o encontro anterior com Lira, segundo o líder do PSDB na Câmara, Izalci Lucas (DF). O tucano disse que Lula defendeu que o presidente da Câmara responda a possíveis questionamentos e destacou que o governo não tem zero a ver com a investigação.

“(Lula) falou nesse sentido, que ele (Lira) defende, são fatos antigos… e não houve interferência (do governo)”, disse Izalci.

O patrão do Executivo também admitiu no encontro com Lira, segundo uma das fontes ligadas ao deputado, que pode fazer mudanças pontuais nos ministérios hoje comandados pela União Brasil para proporcionar os aliados de Lira.

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Depois a reunião, o presidente da Câmara disse, em entrevista à CNN Brasil, que está acabando o seu “combustível de prestígio” e de lideranças partidárias com deputados para autenticar projetos de interesse do governo. Mas ele indicou que o petista entrará pessoalmente na fala política para buscar uma base sólida.

No governo, segundo natividade palaciana a par das negociações, é praticamente perceptível que a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União-RJ), será substituída pelo deputado Celso Sabino (União-PA), que pode ser implementadas nos próximos dias. . Outras mudanças não estão descartadas, segundo a natividade.

Na União Brasil, segundo uma natividade da cúpula do partido, Sabino seria um nome do partido para assumir um dos ministérios que atualmente estão no partido. Ele tem influência na mito e é próximo de Lira. No entanto, isso só aconteceria se as pastas voltassem a se encorpar — muitas delas, uma vez que a do Turismo, perderam órgãos e estruturas importantes.

A natividade ligada ao União Brasil destacou que a Câmara, com essas movimentações, quer manter o protagonismo que teve com o governo anterior, do presidente Jair Bolsonaro, no qual, com o extinto “orçamento secreto”, houve uma terceirização da gestão orçamentária às cúpulas das duas Casas Legislativas.

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“O governo, quem quer que tenha sido eleito, ficou refém do Congresso… É o sistema que eles criaram, é difícil transpor dele”, resumiu esta natividade.

SEM AFINAÇÃO

Um dos parlamentares mais próximos de Lira, o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) disse que Lula errou na primeira formação ministerial e criou uma falta de sintonia com a Câmara porque partidos uma vez que MDB, PSD e União Brasil têm ministérios, mas isso não ‘t ter refletido em votos na Câmara.

Cajado, que relatou o quadro fiscal na Câmara, disse que o PP e os republicanos, que se declaram independentes, deram mais votos à proposta do que a Rede, por exemplo. Fontes ligadas a Lira calculam que quase metade da bancada do PP, de 49 deputados, poderia concordar o governo em votos se o partido tiver espaço no governo.

“Ou ele se reorganiza em termos de ministério e escora ou vai continuar com esses problemas, isso é evidente”, alertou Cajado, acrescentando que ainda há reclamações sobre nomeações reprimidas de terceiro proporção e liberação de recursos de emendas.

O líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu (PR), reconheceu que há sim um descompasso entre o espaço da União no ministério e o respectivo escora da bancada nas votações. Mas, na risca de outros parlamentares e fontes ligadas ao governo, ele preferiu não falar em reforma ministerial.

Para Cláudio Cajado, no momento, exclusivamente a agenda econômica – entre elas a reforma tributária – não deve tolerar retrocessos. “A agenda econômica está preservada, além da agenda econômica zero foi preservado, desde já foi oferecido o aviso”, destacou.

Fonte: Noticias Agricolas

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