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Produção de cevada cresce para atender mercado cervejeiro

A maior parte da produção comercial de cevada no Paraná tem sido destinada exclusivamente ao consumo da indústria cervejeira. O Estado lidera a produção brasileira do grão, sendo responsável por 60% das toneladas nacionais. A expectativa é que a área cultivada triplique nos próximos 5 anos, principalmente com a instalação da Maltaria Campos Gerais, prevista para operar a partir de outubro de 2023. O empreendimento é uma parceria das cooperativas Agrária, Bom Jesus, Capal, Coopagrícola, Frísia e Castrolanda.

Paralelamente ao crescimento da área plantada, crescem também as exigências com o padrão de qualidade do grão de cevada e os investimentos feitos por produtores, cooperativas e indústrias paranaenses. O grão de cevada é de longe o cereal mais importante na fabricação de cerveja, pois é com ele que se produz o malte em um processo relativamente complexo, que pode ser chamado de maltagem ou maltagem. Apenas para comparação, 100 kg de grão são transformados em cerca de 78 kg de malte.

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Cultura tipicamente de inverno, o cultivo da cevada é mais forte nas regiões temperadas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, onde o clima favorece a produção com qualidade para fazer cerveja. Estados como São Paulo e Goiás também cultivam o cereal.

Para que a produção se torne um negócio agropecuário promissor, o produtor rural que está nessa atividade deve estar atento à qualidade do grão. O primeiro passo está relacionado à questão da umidade dos grãos, pois a cevada é uma cultura muito sensível à chuva. A umidade excessiva faz com que o grão germine e perca qualidade.

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Para ter menos custos de secagem, a melhor opção é que a colheita seja realizada quando as sementes atingirem umidade entre 26% e 18%. No entanto, para o armazenamento, o grão precisa ser seco até atingir 13% de umidade. O malte destinado à produção de cerveja deve conter no máximo 8% de umidade.

Outro fator importante está relacionado ao tamanho dos grãos, que devem ser homogêneos, grandes e com baixo percentual de quebrados. “Todas essas características são muito importantes para uma germinação rápida e igualitária das sementes no processo de fabricação do malte”, afirma Joany Anthony Simão, Especialista em Qualidade da Cooperativa Castrolanda.

Joany observa que o grão está relacionado à questão da qualidade do malte, por isso é fundamental que a colheita seja realizada dentro de porcentagens de umidade toleráveis. “Se você colher muito úmido, o grão vai germinar e toda a safra pode ficar comprometida”, explica. “É igual ao trigo. Se chover muito, ele germina e perde a qualidade”, compara Joany.

Segundo ele, a Cooperativa Castrolanda está investindo em secadores para começar a operar na safra de 2022. Essa estrutura permitirá que a cooperativa também seque o grão. Atualmente, classificamos apenas grãos de cevada. “Vamos fazer a secagem e o beneficiamento para entregar o grão à Cooperativa Agrária em condições de armazenamento, ou seja, com 13% de umidade.

Castrolanda recebe pelo menos 15.000 toneladas de cevada produzida em 3.300 hectares para classificação. A expectativa é dobrar a produção até o ano que vem para atender a maltaria que está em construção. “Por isso estamos investindo em um secador, pois nossa projeção é dobrar a produção em breve, em nome da Maltaria”.

O agrônomo Roney Smolarek, da empresa LocSolution, dona da marca Motomco de medidores de umidade de grãos, lembra que a Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabelece os seguintes requisitos de qualidade de grãos para a indústria cervejeira: umidade máxima de 13,0 %, proteína máxima 12,0%, poder germinativo mínimo de 95,0%, matéria estranha e impurezas máxima de 3,0% e grãos danificados máximo de 5,0%.

Essas exigências, segundo Smolarek, são as principais razões pelas quais as maltarias, cooperativas e produtores optam por utilizar medidores de umidade de grãos e, assim, garantir que seus produtos atendam aos padrões de qualidade e teor de umidade exigidos no processo. processo de produção, que ocorre em três etapas distintas: maceração, germinação e secagem.

“Nessas três etapas, é necessário o uso de um medidor de umidade, pois fornece a porcentagem do teor de umidade do grão muito mais confiável do que uma simples inspeção visual, pois um grão seco na superfície ainda pode conter umidade interna, em além de contar com mais de 200 curvas de produtos e subprodutos in natura para medição, neste caso inicia o processo pela Curva da Cevada e depois passa para a Curva do Malte diretamente no instrumento”, explica Smolarek.

No processo de secagem, é imprescindível a utilização de um medidor de umidade do grão, pois ele é responsável por determinar o ponto de término dos processos químicos e biológicos, formando o aroma, sabor e cor característicos do malte. “Sem esse controle, teremos um produto final de baixa qualidade. O medidor de umidade se integra aos processos de automação da fábrica, reduzindo erros humanos e rastreabilidade do processo”, afirma o agrônomo. Para saber mais sobre o medidor de umidade de grãos acesse aqui.

A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) estima um crescimento significativo da área de cevada até 2025, que pode triplicar e chegar a 100 mil hectares. A expectativa é que a planta dos Campos Gerais tenha uma produção anual de 240 mil toneladas de malte, volume que hoje corresponde a 15% do mercado nacional.

Com informações da consultoria*



Fonte: Agro

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