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Pressão crescente nas margens dos frigoríficos

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Sumário:

1. Escassez de boi gordo no mercado brasileiro

1.1 Elevação dos preços pagos pelos animais pelos frigoríficos

1.2 Valores da arroba em alta e preços dos cortes exportados em queda

1.3 Margens mais apertadas das indústrias neste quarto trimestre

2. Virada no mercado de boi gordo

2.1 Cotação em espiral de queda até agosto

2.2 Maior perda de valor da história da pecuária em agosto

2.3 Menor interesse dos pecuaristas em confinar animais durante o inverno

3. Impactos nos frigoríficos

3.1 Aumento dos custos e pressão sobre as operações

3.2 Achatamento das margens das indústrias até o fim do ano

3.3 Reajustes ao longo da cadeia para compensar a queda dos preços no mercado externo

4. Expectativa de oferta escassa e aumento sazonal da demanda

4.1 Relação de preços menos favorável à carne bovina no mercado doméstico

4.2 Possível aumento do consumo de outras proteínas mais baratas

Introdução:

A escassez de boi gordo no mercado brasileiro está causando um impacto significativo nos frigoríficos, que estão sendo obrigados a elevar os preços pagos pelos animais para garantir suas escalas de abate. O preço médio da arroba do boi em São Paulo está 12% maior do que em setembro, e a tendência é que continue subindo. Até agosto, o mercado vinha experimentando uma queda nos preços do boi gordo, mas a situação mudou e agora as indústrias enfrentam margens mais apertadas. A oferta de animais para abate está restrita, o que está afetando os frigoríficos e levando a um aumento nos custos. A expectativa é que essa escassez de oferta e o aumento sazonal da demanda no quarto trimestre possam impactar negativamente a relação de preços com outras proteínas, levando ao aumento do consumo de alimentos mais baratos. Neste artigo, exploramos em detalhes os principais desafios enfrentados pelo mercado de boi gordo no Brasil.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

O mercado brasileiro de boi gordo: escassez, preços em alta e impactos para as indústrias

A nova realidade do mercado de boi gordo no Brasil

A escassez de boi gordo no mercado brasileiro está obrigando os frigoríficos a elevar os preços pagos pelos animais para tentar garantir suas escalas de abate. A nova realidade do mercado é de valores da arroba em alta e preços dos cortes exportados ainda em queda, e as indústrias já estão sentindo esses efeitos, com margens mais apertadas neste quarto trimestre.

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Preços em alta e perspectivas futuras

Embora tenha registrado leve recuo nos últimos dias, o preço médio da arroba do boi em São Paulo está 12% maior do que a média registrada em setembro, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq). Na quarta-feira, o valor ficou em R$ 233,05, Em 30 dias, a alta chegou a 17,4%, e em relação ao mesmo período de 2022, a 23%. Para boa parte dos analistas, a trajetória ascendente deverá continuar.

Trata-se de uma virada. Até agosto, o mercado vinha convivendo com a cotação do boi gordo em espiral de queda. Naquele mês, a arroba chegou ao patamar mais baixo desde maio de 2020. O movimento era uma resposta ao ciclo de aumento da oferta de animais disponíveis para abate.

Impacto da escassez de animais

Um dos resultados do derretimento dos preços foi o menor interesse dos pecuaristas em confinar seus animais durante o inverno. A expectativa era que os bois confinados começassem a ficar disponíveis para abate nos frigoríficos no início de outubro, mas a oferta foi menor do que projetavam as indústrias.

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Relatórios privados de empresas de nutrição que fornecem ração e suplementos mostram que a taxa de ociosidade em agosto deste ano nos confinamentos era de 40%, ante 20% no mesmo período do ano passado, sinal de que a oferta de animais deverá continuar restrita nos próximos meses.

Pressão sobre as operações dos frigoríficos

Com custos mais elevados, os frigoríficos começam a sentir a pressão sobre suas operações. Indicadores da Scot Consultoria mostram que a margem média das empresas no fim de agosto estava 42%, considerando apenas as operações no mercado doméstico. No fim de setembro, haviam recuado para 21%.

Desafios para as indústrias e perspectivas para o fim do ano

As margens das indústrias tendem a sofrer um achatamento até o fim do ano, ainda que os patamares sejam relativamente confortáveis. Os frigoríficos de menor porte são os que vão sofrer mais, especialmente aqueles que trabalham apenas com abate, afirma Alcides Torres, presidente da Scot Consultoria.

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No segundo trimestre do ano, Marfrig e Minerva registraram margens Ebitda ligeiramente melhores na América do Sul, em comparação ao mesmo período de 2022. Já a JBS viu a margem Ebitda de sua operação no Brasil encolher um ponto percentual.

Preços no mercado externo e impacto nas exportações

O efeito sobre os resultados só não será maior porque as indústrias estão encontrando espaço para reajustes ao longo da cadeia. O levantamento da Scot mostra que a carne com osso comercializada no atacado de São Paulo passou de R$ 15,55 por quilo, no fim de agosto, para R$ 18,75 na semana passada.

Esse incremento ajuda um pouco a compensar a queda dos preços no mercado externo, onde os frigoríficos capturam suas melhores margens. Entre janeiro e setembro, o preço médio dos embarques de carne bovina do país, em dólar, foi 24% menor que em igual intervalo do ano passado. Apenas em setembro, o valor ficou 29% inferior ao de um ano antes, afirmou Paulo Mustefaga, presidente da Associação Brasileira dos Frigoríficos (Abrafrigo).

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Com isso, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pela entidade mostram que as exportações de carne bovina do país cresceram 6% em volume e chegaram a 246,3 mil toneladas, mas a receita diminuiu 24%, para US$ 1 bilhão.

Perspectivas futuras e impacto na demanda interna

A expectativa de oferta esc

Conclusão

A escassez de boi gordo no mercado brasileiro está levando os frigoríficos a aumentarem os preços pagos pelos animais, resultando em uma alta nos valores da arroba. Essa nova realidade do mercado tem impactado as margens das indústrias, que estão mais apertadas neste quarto trimestre. Apesar disso, os frigoríficos têm conseguido fazer ajustes ao longo da cadeia para compensar a queda dos preços no mercado externo.

1. Por que os preços da arroba do boi estão em alta?

Os preços da arroba do boi estão em alta devido à escassez de boi gordo no mercado brasileiro, o que está levando os frigoríficos a elevarem os valores pagos pelos animais.

2. Qual foi o movimento do preço da arroba do boi nos últimos meses?

O preço médio da arroba do boi em São Paulo registrou um aumento de 12% em relação a setembro. Em 30 dias, a alta chegou a 17,4%, e em relação ao mesmo período de 2022, a 23%.

3. Qual foi a causa do derretimento dos preços da arroba do boi?

O derretimento dos preços da arroba do boi foi causado pelo ciclo de aumento da oferta de animais disponíveis para abate, que levou o mercado a vivenciar uma cotação em espiral de queda até agosto.

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4. Como as indústrias têm sido afetadas pela escassez de boi gordo?

As indústrias têm sentido a pressão sobre suas operações devido aos custos mais elevados. As margens médias das empresas diminuíram consideravelmente, principalmente as dos frigoríficos de menor porte.

5. De que forma as indústrias têm compensado a queda dos preços no mercado externo?

As indústrias têm buscado espaço para reajustes ao longo da cadeia, como o aumento do preço da carne no atacado. Essa estratégia tem ajudado a compensar a queda dos preços no mercado externo, onde os frigoríficos registram suas melhores margens.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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