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Pecuária na Amazônia: Avanços e Preocupações

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O Primeiro Ciclo Unificado de Auditorias na Cadeia da Pecuária revela avanços e desafios

A importância da legalidade do gado adquirido pelos frigoríficos

Resultados positivos das principais empresas do setor e a necessidade de rastreabilidade total

No primeiro ciclo unificado de auditorias realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) nos Estados da Amazônia Legal, foi constatado um avanço significativo em relação à legalidade do gado adquirido pelos frigoríficos por meio do Termo de Ajustamento de Conduta da Pecuária (TAC da Carne). Empresas como Marfrig, Minerva Foods e FriGol cumpriram 100% das exigências ambientais e sociais previstas. No entanto, a auditoria revelou que todas as empresas auditadas ainda enfrentam problemas com fornecedores indiretos, destacando a necessidade de uma rastreabilidade total da cadeia produtiva.

O trabalho do MPF, em parceria com o projeto “Boi na Linha” iniciado em 2019 pelo Imaflora, contou com o apoio dos protocolos de monitoramento e monitorou as empresas desde 2020. Os resultados são baseados em informações públicas e privadas fornecidas pelos próprios frigoríficos, com ou sem auditorias privadas. No caso de empresas menores ou não signatárias do TAC, foram utilizados dados públicos para auditorias automáticas.

Embora os resultados demonstrem avanços, as empresas ainda buscam a conformidade total. A JBS, por exemplo, alcançou 94% de conformidade, enquanto a Minerva e a FriGol já haviam atingido 100% em auditorias anteriores. O MPF ressaltou o bom desempenho da Minerva no Pará e reconheceu o esforço das empresas em alcançar uma pecuária sustentável e livre de desmatamento.

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Diante desses resultados, as empresas continuam a buscar melhorias e a evolução constante no monitoramento da cadeia. O uso de novas ferramentas de inteligência artificial e o aprofundamento na análise de informações públicas são alguns exemplos das medidas adotadas. O objetivo é atingir a conformidade total e garantir a sustentabilidade da pecuária, respeitando os critérios socioambientais estabelecidos.

É evidente que ainda existem desafios a serem superados, principalmente em relação aos fornecedores indiretos. A rastreabilidade total da cadeia produtiva é crucial para resolver essas inconformidades e garantir a legalidade do gado adquirido pelos frigoríficos. A transparência e a preocupação com a preservação ambiental são aspectos essenciais para o setor, visando não apenas cumprir as exigências, mas também contribuir com a sustentabilidade do agronegócio.

Continuaremos acompanhando os avanços e desafios na cadeia da pecuária e seu impacto no cenário socioambiental, na busca por uma pecuária cada vez mais responsável e sustentável.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Sumário:

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– Introdução
– Primeiro ciclo unificado de auditorias realizada pelo Ministério Público Federal nos Estados da Amazônia Legal
– Avanços quanto à legalidade do gado adquirido pelas empresas de seus fornecedores diretos
– Problemas com fornecedores indiretos e a necessidade de rastreabilidade total da cadeia produtiva
– Resultados das auditorias nas empresas Marfrig, Minerva Foods, FriGol e JBS
– Atuação das empresas nos Estados da Amazônia Legal e conformidade com as exigências ambientais e sociais
– Uso de informações públicas e privadas para calcular os resultados
– Evolução nos trabalhos de monitoramento da cadeia
– Medidas adotadas pelas empresas para garantir a conformidade socioambiental
– Conclusão

O primeiro ciclo unificado de auditorias realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) nos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Mato Grosso, Pará e Rondônia) sobre as exigências estabelecidas aos frigoríficos pelo Termo de Ajustamento de Conduta da Pecuária (“TAC da Carne”) mostrou avanços quanto à legalidade do gado adquirido pelas empresas de seus fornecedores diretos.

Mas, segundo o procurador Daniel Cesar Azeredo Avelino, a auditoria apontou que todas as dezenas de companhias auditadas ainda têm problemas com fornecedores indiretos. Segundo ele, essas inconformidades só serão resolvidas com a rastreabilidade total da cadeia produtiva. O diagnóstico do MPF foi divulgado nesta quinta-feira. O trabalho conta desde 2020 com o apoio dos protocolos de monitoramento do projeto “Boi na Linha”, criado em 2019 por iniciativa do Imaflora.

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Marfrig, Minerva Foods e FriGol, que estão entre as quatro maiores empresas do segmento no país, cumpriram 100% das exigências ambientais e sociais previstas, no período entre julho de 2020 e dezembro de 2021. Ou seja, todo o gado adquirido pelas três nos Estados da Amazônia Legal veio de fornecedores diretos que não criaram animais em áreas de desmatamento, terras indígenas ou unidades de conservação, e que estavam fora das listas de grupos envolvidos com trabalho escravo.

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No caso da JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, o percentual de conformidade chegou a 94%. Na auditoria anterior, realizada entre julho de 2019 e junho de 2020 e ainda concentrada apenas no Pará – onde os trabalhos tiveram início em 2016 -, Minerva e FriGol já haviam chegado a 100% de conformidade com as exigências, enquanto o percentual da JBS ficou em 83,3%.

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Nos Estados da Amazônia Legal, a JBS só não atua no Amazonas. A Marfrig está em Mato Grosso e em Rondônia, a Minerva tem unidades no Pará, em Rondônia e em Mato Grosso, e a FriGol opera apenas no Pará. Os resultados são calculados com base em informações públicas e privadas, fornecidas pelos próprios frigoríficos com o apoio ou não de auditorias privadas. No caso de empresas menores que não são signatárias do TAC ou contrataram auditorias, o MPF trabalhou com o cruzamento de dados públicos, em auditorias “automáticas”.

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“Embora tenhamos alcançado 100% de conformidade, continuamos evoluindo constantemente nos trabalhos de monitoramento da cadeia. Desde o fim de 2020, por exemplo, passamos a usar novas ferramentas de inteligência artificial e aprofundamos as análises de informações públicas divulgadas em Diários Oficiais, com parceiros da área jurídica”, afirmou Carlos Corrêa, diretor administrativo e de sustentabilidade da FriGol, ao IM Business. A empresa já monitora 100% de seus fornecedores diretos no país.

Carlos Corrêa, diretor administrativo e de sustentabilidade da Frigol (Foto: Divulgação)

No Pará, a FriGol conta atualmente com 4.088 fornecedores diretos liberados a entregar seus animais às suas duas unidades no Estado, e 1.859 bloqueados. Segundo Corrêa, a companhia oferece apoio aos pecuaristas bloqueados que querem regularizar suas documentações e atividades. “Se o processo de regularização demora, estimula a ilegalidade”, disse. Em julho, a FriGol também aderiu ao Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado, coordenado pelas organizações Proforest, Imaflora e National Wildlife Federation (NWF).

Na divulgação dos resultados das auditorias, o MPF destacou o bom desempenho da Minerva no Pará nas auditorias. “Nos últimos quatro ciclos auditados, obtivemos excelentes resultados na avaliação do Pará, e agora somos reconhecidos por também atingirmos resultados máximos em mais dois Estados de nossa atuação”, diz Tamara Lopes, gerente-executiva de Sustentabilidade da Minerva, em nota. A companhia tem, hoje, 4.696 fornecedores bloqueados em seu sistema por causa de inconformidades.

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A Minerva lembra que foi pioneira no uso de sistemas de informações geográficas em todos os biomas em que opera no Brasil (Amazônia, Cerrado, Pantanal, Caatinga e Mata Atlântica), no Paraguai e na Colômbia, e que monitora 100% de suas fazendas fornecedoras diretas. A companhia também avança com o monitoramento na Argentina e no Uruguai.

“Estamos satisfeitos com a evolução. Mas nossa meta é atingir 100% de conformidade. O mais importante é que temos clareza sobre os caminhos que devemos tomar para chegar lá”, afirma Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil, em comunicado. A companhia conta com um sistema de monitoramento geoespacial para garantir o cumprimento de seus critérios socioambientais. Avalia diariamente mais de 70 mil potenciais fornecedores de bovinos no Brasil, num sistema que abrange 61 milhões de hectares.

“O resultado do 1º Ciclo Unificado de Auditorias na Cadeia da Pecuária comprova a robustez do processo de controle e monitoramento da cadeia de fornecimento e todo empenho da companhia no estabelecimento de uma pecuária sustentável, livre de desmatamento e transparente”, afirmou a Marfrig, em nota. Em Rondônia, a empresa contratou uma auditoria por livre iniciativa para a apuração dos dados.

A JBS também informou que, entre os aprimoramentos adotados que devem se refletir na próxima auditoria, estão medidas como aceitar somente protocolos de projetos de regularização ambiental (PRA) com termo de compromisso assinado (em vigor desde novembro de 2021), além de melhorias no registro da documentação ligada ao Cadastro Ambiental Rural (CAR).

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O primeiro ciclo unificado de auditorias realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) nos Estados da Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Mato Grosso, Pará e Rondônia) sobre as exigências estabelecidas aos frigoríficos pelo Termo de Ajustamento de Conduta da Pecuária (“TAC da Carne”) mostrou avanços significativos em relação à legalidade do gado adquirido pelas empresas de seus fornecedores diretos. No entanto, a auditoria revelou que todas as dezenas de companhias auditadas ainda têm problemas com fornecedores indiretos, e essas inconformidades só serão resolvidas por meio da rastreabilidade total da cadeia produtiva. O Ministério Público Federal divulgou o diagnóstico nesta quinta-feira, com base no trabalho realizado desde 2020 com o apoio do projeto “Boi na Linha”, iniciativa do Imaflora.

As empresas Marfrig, Minerva Foods e FriGol, consideradas algumas das principais do setor no país, cumpriram 100% das exigências ambientais e sociais previstas no período entre julho de 2020 e dezembro de 2021. Isso significa que todo o gado adquirido por essas empresas na região da Amazônia Legal veio de fornecedores diretos que não estavam envolvidos com desmatamento, terras indígenas ou trabalho escravo. Já a JBS, maior empresa de proteínas animais do mundo, alcançou um percentual de 94% de conformidade.

Esses resultados representam melhorias em relação à auditoria anterior, que foi realizada entre julho de 2019 e junho de 2020 e concentrada apenas no Pará. Naquela época, Minerva e FriGol já haviam atingido 100% de conformidade, enquanto a JBS estava em 83,3%. Vale ressaltar que a JBS não atua no Amazonas, mas as demais empresas têm unidades nos Estados da Amazônia Legal.

Os resultados das auditorias são calculados com base em informações públicas e privadas fornecidas pelos frigoríficos, com ou sem o apoio de auditorias privadas. No caso de empresas menores que não são signatárias do TAC ou que contrataram auditorias, o Ministério Público Federal cruzou dados públicos em auditorias automatizadas.

As empresas estão aplicando constantes melhorias no monitoramento da cadeia produtiva. Carlos Corrêa, diretor administrativo e de sustentabilidade da FriGol, destaca que a empresa passou a utilizar novas ferramentas de inteligência artificial e aprofundou as análises de informações públicas divulgadas em Diários Oficiais, em parceria com profissionais da área jurídica. A FriGol também aderiu ao Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado no Cerrado.

A Minerva, por sua vez, foi pioneira no uso de sistemas de informações geográficas em todos os biomas onde atua no Brasil, Paraguai e Colômbia e monitora 100% de suas fazendas fornecedoras diretas. A empresa tem demonstrado evolução e busca atingir 100% de conformidade com as exigências.

A JBS destaca a implementação de melhorias em seu sistema de monitoramento geoespacial para garantir o cumprimento dos critérios socioambientais. A empresa avalia diariamente mais de 70 mil potenciais fornecedores de bovinos no Brasil, em uma área total de 61 milhões de hectares.

A Marfrig ressalta que o resultado do ciclo de auditorias comprova a efetividade do processo de controle e monitoramento da cadeia de fornecimento, refletindo o compromisso da empresa com uma pecuária sustentável, livre de desmatamento e transparente. Em Rondônia, a empresa contratou uma auditoria por iniciativa própria para apurar os dados.

As empresas continuam empenhadas em aprimorar seus processos de monitoramento e controle e buscam alcançar 100% de conformidade com as exigências ambientais e sociais. São conscientes de que é fundamental assegurar a legalidade e sustentabilidade de toda a cadeia produtiva da pecuária.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Em conclusão, o primeiro ciclo unificado de auditorias realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) nos Estados da Amazônia Legal mostrou avanços quanto à legalidade do gado adquirido pelas empresas de seus fornecedores diretos. No entanto, ainda existem problemas com fornecedores indiretos, que só serão resolvidos com a rastreabilidade total da cadeia produtiva. As empresas Marfrig, Minerva Foods e FriGol cumpriram 100% das exigências ambientais e sociais, enquanto a JBS alcançou um percentual de conformidade de 94%. O MPF trabalhou com dados públicos e privados, além de auditorias, para avaliar o desempenho das empresas.

A rastreabilidade total da cadeia produtiva é essencial para garantir a legalidade e a sustentabilidade da indústria de frigoríficos na Amazônia Legal. É importante que as empresas continuem a evoluir em seus trabalhos de monitoramento e adotem ferramentas inovadoras, como inteligência artificial, para aprimorar a eficiência e a transparência do processo. Além disso, é fundamental que os produtores rurais que enfrentam bloqueios busquem regularizar suas documentações e atividades, para evitar incentivar a ilegalidade.

A auditoria realizada pelo MPF destaca o bom desempenho de empresas como Minerva, Marfrig e FriGol, que têm obtido resultados máximos de conformidade em diversos Estados da Amazônia Legal. Essas empresas têm sido pioneiras no uso de sistemas de informações geográficas e no monitoramento de 100% de suas fazendas fornecedoras diretas. Por outro lado, a JBS ainda precisa melhorar seu desempenho, mas tem implementado medidas de aprimoramento, como a aceitação apenas de protocolos de projetos de regularização ambiental com termo de compromisso assinado.

Em suma, a auditoria do MPF revelou avanços na legalidade do gado adquirido pelas empresas de frigoríficos, mas também mostrou a necessidade de melhorias na rastreabilidade da cadeia produtiva. É fundamental que as empresas continuem a investir em monitoramento e adotem tecnologias inovadoras para garantir a sustentabilidade e a transparência do setor.

Aqui estão 5 perguntas com respostas relacionadas ao tema do artigo:

1. Quais são as empresas de frigoríficos que cumpriram 100% das exigências ambientais e sociais nas auditorias realizadas pelo MPF?
Resposta: As empresas Marfrig, Minerva Foods e FriGol cumpriram 100% das exigências ambientais e sociais.

2. Qual é o percentual de conformidade da JBS nas auditorias do MPF?
Resposta: A JBS alcançou um percentual de conformidade de 94% nas auditorias do MPF.

3. O que é necessário para resolver os problemas com fornecedores indiretos na cadeia produtiva dos frigoríficos?
Resposta: Os problemas com fornecedores indiretos só serão resolvidos com a rastreabilidade total da cadeia produtiva.

4. Quais são as empresas de frigoríficos que ainda têm problemas com fornecedores indiretos?
Resposta: Todas as dezenas de companhias auditadas pelo MPF ainda têm problemas com fornecedores indiretos.

5. Como as empresas de frigoríficos podem melhorar seu desempenho na conformidade ambiental e social?
Resposta: As empresas de frigoríficos podem adotar ferramentas de inteligência artificial, aprofundar a análise de informações públicas e investir em monitoramento geoespacial para melhorar seu desempenho na conformidade ambiental e social.

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