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Pampa: integração de lavoura e pecuária

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Experimento na Fazenda Espinilho em Lavras do Sul

Desenvolvendo Sistemas Integrados Sustentáveis

Parceria com Universidades em Busca de Soluções

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Sumário

1. Experimento na Fazenda Espinilho

1.1 Objetivos do experimento

1.2 Resultados do modelo de produção

1.3 Parcerias e pesquisas

2. Sistema Integrado de Produção 365 dias

2.1 Modelo de integração de lavoura e pecuária

2.2 Impactos positivos e resultados

2.3 Avaliação do modelo sustentável

3. Importância do sistema Pasto sobre Pasto

3.1 Técnicas aplicadas

3.2 Resultados e potencialidade do sistema

3.3 Oferta de forragem durante todo o ano

4. Desenvolvimento de sistemas altamente produtivos e rentáveis

4.1 Diversificação e práticas conservacionistas

4.2 Integração de campos nativos e melhorados

4.3 Simulação de uma visão de futuro sustentável

Experimento, mantido na Fazenda Espinilho, em Lavras do Sul (RS), em parceria com universidades, tem como objetivo aprimorar os sistemas integrados, visando torná-los cada vez mais sustentáveis. Os sistemas de produção, que integram soja, sorgo e pecuária de corte a pasto (aveia, azevém, capim-sudão e campo nativo) conservam recursos naturais, como água e solo. O objetivo do modelo é mostrar que é possível manter alta produtividade de grãos e pecuária de corte, aliando ganhos econômicos, sociais e ambientais. Outro resultado positivo é a produção de forragens durante o ano todo, sobretudo na transição entre as estações quentes e frias, quando ocorrem os problemas de vazios forrageiros. Está sendo aplicado também o sistema Pasto sobre Pasto, desenvolvido pela Embrapa, para tornar a produção animal mais sustentável na região Sul. A expectativa é que a Unidade Demonstrativa simule uma visão de futuro, com o planejamento de todo o sistema de produção – Sistema Integrado de Produção 365 dias. Um modelo que integra lavoura e pecuária (ILP), mantido pela Embrapa Pecuária Sul (RS) no município de Lavras do Sul (RS), vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte. Os dados foram coletados na Unidade Demonstrativa instalada na Fazenda Espinilho, e os trabalhos têm como objetivo aprimorar os sistemas integrados com base na conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo. No caso da pecuária, o modelo busca ter forragens pastejadas durante todo o ano, ou o “pasto pastado 365 dias do ano”, como um dos pilares de melhoria do sistema, visando à redução e eliminação dos vazios forrageiros, especialmente nas transições entre as estações quente e fria do ano e durante o verão, quando a lavoura de grãos ocupa grande parte da área útil da propriedade. O trabalho é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (Nita), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, e a Fazenda Espinilho. Segundo o pesquisador Danilo Sant’Anna, da Embrapa Pecuária Sul, os experimentos realizados buscam desenvolver sistemas integrados mais diversos e sustentáveis. São desenhos que visam reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência, diminuir riscos, tanto produtivos como econômicos e ambientais, e que possam proporcionar maior renda e segurança aos produtores ao longo do tempo. “Os arranjos testados têm como base aumentar, ao mesmo tempo, a produtividade e a renda do produtor, tanto na parte agrícola como na pecuária, sob bases sustentáveis, conservando e melhorando os recursos naturais utilizados, como solos e água, entre outros”, ressalta o pesquisador. O solo é um dos recursos mais impactados por esse trabalho, com o aumento rápido e progressivo da fertilidade, a partir da aplicação dos processos e tecnologias do sistema integrado proposto, em que a fase pecuária cumpre um importante papel nesse sentido. O Sistema Plantio Direto e o Sistema Pasto sobre Pasto estão na base desses processos. Apesar do pouco tempo de início e das fortes estiagens que ocorreram nos últimos anos na região, os resultados que estão sendo obtidos na Fazenda Espinilho são promissores. De acordo com Sant’Anna, a produção pecuária obtida com o sistema proposto, principalmente durante o verão, tem sido muito importante para dar sustentação à propriedade. “O sistema Pasto sobre Pasto se mostrou muito robusto e produtivo, em especial durante o verão, com o uso do capim-sudão BRS Estribo, que nos últimos dois anos manteve a produção elevada mesmo com as estiagens ocorridas, o que se justifica pelo sistema radicular profundo dessas plantas, principalmente quando submetidas ao pastejo adequado.” Já nas culturas de grãos, que foram muito afetadas pelas estiagens, as lavouras implantadas após o sistema das pastagens, produziram mais que as áreas do sistema convencional da propriedade. No último verão (2022/2023), quando a estiagem foi a mais severa, a área de soja, implantada após o sistema de Pasto sobre Pasto com capim-sudão no verão anterior, produziu quatro sacas a mais por hectare em relação às áreas convencionais que não fizeram essa rotação. “Em anos normais, em outras áreas acompanhadas com esse sistema, as produtividades das lavouras subsequentes podem aumentar de 10% a 20%, ou até mais”, enfatiza o pesquisador. O trabalho pretende oferecer ao setor produtivo alternativas mais sustentáveis em relação aos modelos convencionais de produção de grãos, em especial da soja e do sorgo, e dos sistemas de produção pecuária, normalmente baseados somente em pastagens de inverno no Sul do País. Nesse sentido, um dos pressupostos dos sistemas avaliados é a presença do componente pecuário rodando no sistema com pastagens tanto de inverno como de verão, utilizando o Sistema Pasto sobre Pasto, visando não somente aumentar a estabilidade e a renda, mas também o impacto positivo na produção de grãos. Segundo Sant’Anna, isso se dá com a aceleração da melhoria da fertilidade dos solos, o aprofundamento de raízes e a maior retenção e infiltração de água nos solos, representando redução dos custos de produção das lavouras e incrementos na produtividade, entre outros benefícios. Ele pontua ainda que está sendo avaliado, em comparação com o modelo convencional de produção da região, um sistema biodiverso de produção no qual três componentes principais rotacionam entre si ao longo dos anos. São eles: lavoura de soja no verão e aveia e azevém no inverno; lavoura de sorgo grão no verão e aveia e azevém no inverno, e pecuária de corte com pastagens de verão (capim-sudão) e inverno (aveia e azevém) com uso do sistema Pasto sobre Pasto. “A maior diversidade de plantas e raízes vivas, convivendo na mesma área e ao mesmo tempo associadas ao uso adequado de diferentes práticas e processos agrícolas, como o plantio direto, não revolvimento do solo, e, principalmente, a presença do componente animal em pastagens adequadamente manejadas, não somente no inverno, mas também no verão, rotacionando também com áreas de lavoura, permitem melhor estruturação do solo, incremento da capacidade de captação de água e nutrientes, aumento da fixação de carbono, e potencialização dos organismos vivos que habitam no solo, entre outras melhorias”, aponta Sant’Anna. Para o pesquisador, o trabalho visa também simular e criar uma visão de futuro com o planejamento de todo o sistema de produção funcionando com os conceitos implementados e avaliados na área experimental. Além do sistema de soja, sorgo e pastagens de inverno e de verão, a fazenda conta com mais de 50% da área utilizada com campos nativos e campos nativos melhorados, nos quais um dos objetivos é intensificar o uso e manejo desse sistema pastoril natural, integrando-o como base forrageira perene no planejamento de todo o sistema de produção. “Com a diversificação e práticas conservacionistas é possível desenvolver sistemas altamente produtivos e rentáveis, mas que mantenham a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais”, finaliza. Oferta de forragem o ano todo Uma das técnicas que está sendo avaliada é o sistema Pasto sobre Pasto (foto acima), um conjunto de práticas e processos aplicados na alimentação animal com pastagens, concebido por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul. Esse sistema pressupõe mesclar diferentes plantas forrageiras na mesma área, iniciando novos ciclos de crescimento de pastos, uns sobre os outros, sem remover as diferentes forrageiras em produção. Com isso é possível manter maior estabilidade na oferta de forragem ao longo do ano, principalmente nos períodos críticos de transição entre as estações frias e quentes, quando ocorrem os conhecidos vazios forrageiros. O sistema baseia-se no aumento da diversidade forrageira e na sobreposição de plantas forrageiras com características que se complementam ao longo do tempo e no mesmo espaço. “A ideia é ter, ao mesmo tempo, mais de uma forrageira na mesma área, sobrepondo, no caso do Sul do Brasil, espécies da estação fria com outras da estação quente e vice-versa”, explica a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Márcia Silveira. Com as estações do ano bem definidas, a Região Sul do Brasil é privilegiada por possibilitar grande diversidade forrageira nas estações frias e também nas estações quentes do ano. Se, por um lado, essa grande diversidade de plantas e também de ambientes produtivos, solos e até mesmo uma grande variabilidade nas condições ambientais como temperaturas e chuvas impõe desafios e grande complexidade aos sistemas, também oferecem um elevado número de alternativas para se compor sistemas mais sustentáveis de produção. E é justamente essa diversidade que o sistema Pasto sobre Pasto utiliza para poder proporcionar sistemas mais rentáveis, produtivos e resilientes. Segundo Sant’Anna, essas pastagens e o componente animal associado a elas representam uma das principais bases para, de fato, compor sistemas realmente mais sustentáveis de produção, juntamente às diferentes alternativas de culturas de grãos possíveis no Sul do País. Dessa forma, pode-se produzir diversos alimentos todos os dias do ano em um sistema integrado de produção que funciona em todas as áreas da propriedade, que está sendo chamado de Sistema Integrado 365. O Pasto sobre Pasto não é um modelo pronto. Demanda planejamento, monitoramento e adequação. É um sistema de princípios, práticas e processos agropecuários que deve ser ajustado a cada propriedade e região, respeitando as especificidades de cada propriedade e sistema de produção. Cabe ao produtor, assessorado por um técnico capacitado, decidir quais as melhores opções para suprir as necessidades de forragem do rebanho no seu sistema de produção e de que forma o sistema pastoril vai rotacionar e interagir com a produção de grãos, quando houver. “Principalmente nas áreas de integração lavoura-pecuária, onde a complexidade dos sistemas aumenta, o produtor deve buscar entender as características de seu sistema e pensá-lo integralmente, com uma visão sistêmica da propriedade, adequando os arranjos de rotação, escolhendo os processos e também as mesclas forrageiras mais adequadas para cumprir os diferentes objetivos do sistema de produção. Nesse sentido, o sistema pode ser aplicado, com as devidas adequações, a qualquer propriedade no Brasil”, reforça Sant’Anna Fotos da matéria: Danilo Sant`Anna

Foto: Danilo Sant`Anna

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Danilo Sant`Anna - Área de pastagem com capim-sudão e lavoura de soja

Área de pastagem com capim-sudão e lavoura de soja

 

Um modelo que integra lavoura e pecuária (ILP), mantido pela Embrapa Pecuária Sul (RS) no município de Lavras do Sul (RS), vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte. Os dados foram coletados na Unidade Demonstrativa instalada na Fazenda Espinilho, e os trabalhos têm como objetivo aprimorar os sistemas integrados com base na conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

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No caso da pecuária, o modelo busca ter forragens pastejadas durante todo o ano, ou o “pasto pastado 365 dias do ano”, como um dos pilares de melhoria do sistema, visando à redução e eliminação dos vazios forrageiros, especialmente nas transições entre as estações quente e fria do ano e durante o verão, quando a lavoura de grãos ocupa grande parte da área útil da propriedade.

O trabalho é desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Núcleo de Inovação Tecnológica em Agropecuária (Nita), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, e a Fazenda Espinilho.

Segundo o pesquisador Danilo Sant’Anna, da Embrapa Pecuária Sul, os experimentos realizados buscam desenvolver sistemas integrados mais diversos e sustentáveis. São desenhos que visam reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência, diminuir riscos, tanto produtivos como econômicos e ambientais, e que possam proporcionar maior renda e segurança aos produtores ao longo do tempo.

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“Os arranjos testados têm como base aumentar, ao mesmo tempo, a produtividade e a renda do produtor, tanto na parte agrícola como na pecuária, sob bases sustentáveis, conservando e melhorando os recursos naturais utilizados, como solos e água, entre outros”, ressalta o pesquisador.

O solo é um dos recursos mais impactados por esse trabalho, com o aumento rápido e progressivo da fertilidade, a partir da aplicação dos processos e tecnologias do sistema integrado proposto, em que a fase pecuária cumpre um importante papel nesse sentido. O Sistema Plantio Direto e o Sistema Pasto sobre Pasto estão na base desses processos.

Apesar do pouco tempo de início e das fortes estiagens que ocorreram nos últimos anos na região, os resultados que estão sendo obtidos na Fazenda Espinilho são promissores. De acordo com Sant’Anna, a produção pecuária obtida com o sistema proposto, principalmente durante o verão, tem sido muito importante para dar sustentação à propriedade.

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“O sistema Pasto sobre Pasto se mostrou muito robusto e produtivo, em especial durante o verão, com o uso do capim-sudão BRS Estribo, que nos últimos dois anos manteve a produção elevada mesmo com as estiagens ocorridas, o que se justifica pelo sistema radicular profundo dessas plantas, principalmente quando submetidas ao pastejo adequado.”

Já nas culturas de grãos, que foram muito afetadas pelas estiagens, as lavouras implantadas após o sistema das pastagens, produziram mais que as áreas do sistema convencional da propriedade. No último verão (2022/2023), quando a estiagem foi a mais severa, a área de soja, implantada após o sistema de Pasto sobre Pasto com capim-sudão no verão anterior, produziu quatro sacas a mais por hectare em relação às áreas convencionais que não fizeram essa rotação. “Em anos normais, em outras áreas acompanhadas com esse sistema, as produtividades das lavouras subsequentes podem aumentar de 10% a 20%, ou até mais”, enfatiza o pesquisador.

O trabalho pretende oferecer ao setor produtivo alternativas mais sustentáveis em relação aos modelos convencionais de produção de grãos, em especial da soja e do sorgo, e dos sistemas de produção pecuária, normalmente baseados somente em pastagens de inverno no Sul do País.

Nesse sentido, um dos pressupostos dos sistemas avaliados é a presença do componente pecuário rodando no sistema com pastagens tanto de inverno como de verão, utilizando o Sistema Pasto sobre Pasto, visando não somente aumentar a estabilidade e a renda, mas também o impacto positivo na produção de grãos.

Segundo Sant’Anna, isso se dá com a aceleração da melhoria da fertilidade dos solos, o aprofundamento de raízes e a maior retenção e infiltração de água nos solos, representando redução dos custos de produção das lavouras e incrementos na produtividade, entre outros benefícios.

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Ele pontua ainda que está sendo avaliado, em comparação com o modelo convencional de produção da região, um sistema biodiverso de produção no qual três componentes principais rotacionam entre si ao longo dos anos. São eles: lavoura de soja no verão e aveia e azevém no inverno; lavoura de sorgo grão no verão e aveia e azevém no inverno, e pecuária de corte com pastagens de verão (capim-sudão) e inverno (aveia e azevém) com uso do sistema Pasto sobre Pasto.

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“A maior diversidade de plantas e raízes vivas, convivendo na mesma área e ao mesmo tempo associadas ao uso adequado de diferentes práticas e processos agrícolas, como o plantio direto, não revolvimento do solo, e, principalmente, a presença do componente animal em pastagens adequadamente manejadas, não somente no inverno, mas também no verão, rotacionando também com áreas de lavoura, permitem melhor estruturação do solo, incremento da capacidade de captação de água e nutrientes, aumento da fixação de carbono, e potencialização dos organismos vivos que habitam no solo, entre outras melhorias”, aponta Sant’Anna.

Para o pesquisador, o trabalho visa também simular e criar uma visão de futuro com o planejamento de todo o sistema de produção funcionando com os conceitos implementados e avaliados na área experimental. Além do sistema de soja, sorgo e pastagens de inverno e de verão, a fazenda conta com mais de 50% da área utilizada com campos nativos e campos nativos melhorados, nos quais um dos objetivos é intensificar o uso e manejo desse sistema pastoril natural, integrando-o como base forrageira perene no planejamento de todo o sistema de produção. “Com a diversificação e práticas conservacionistas é possível desenvolver sistemas altamente produtivos e rentáveis, mas que mantenham a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais”, finaliza. 

 

bc9a8d2d 2f45 eeb3 4e88 7cefb0b498aa?t=1695073151103Oferta de forragem o ano todo

Uma das técnicas que está sendo avaliada é o sistema Pasto sobre Pasto (foto acima), um conjunto de práticas e processos aplicados na alimentação animal com pastagens, concebido por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sul. Esse sistema pressupõe mesclar diferentes plantas forrageiras na mesma área, iniciando novos ciclos de crescimento de pastos, uns sobre os outros, sem remover as diferentes forrageiras em produção. Com isso é possível manter maior estabilidade na oferta de forragem ao longo do ano, principalmente nos períodos críticos de transição entre as estações frias e quentes, quando ocorrem os conhecidos vazios forrageiros.

O sistema baseia-se no aumento da diversidade forrageira e na sobreposição de plantas forrageiras com características que se complementam ao longo do tempo e no mesmo espaço. “A ideia é ter, ao mesmo tempo, mais de uma forrageira na mesma área, sobrepondo, no caso do Sul do Brasil, espécies da estação fria com outras da estação quente e vice-versa”, explica a pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul Márcia Silveira.

Com as estações do ano bem definidas, a Região Sul do Brasil é privilegiada por possibilitar grande diversidade forrageira nas estações frias e também nas estações quentes do ano. Se, por um lado, essa grande diversidade de plantas e também de ambientes produtivos, solos e até mesmo uma grande variabilidade nas condições ambientais como temperaturas e chuvas impõe desafios e grande complexidade aos sistemas, também oferecem um elevado número de alternativas para se compor sistemas mais sustentáveis de produção.

E é justamente essa diversidade que o sistema Pasto sobre Pasto utiliza para poder proporcionar sistemas mais rentáveis, produtivos e resilientes. Segundo Sant’Anna, essas pastagens e o componente animal associado a elas representam uma das principais bases para, de fato, compor sistemas realmente mais sustentáveis de produção, juntamente às diferentes alternativas de culturas de grãos possíveis no Sul do País. Dessa forma, pode-se produzir diversos alimentos todos os dias do ano em um sistema integrado de produção que funciona em todas as áreas da propriedade, que está sendo chamado de Sistema Integrado 365.

O Pasto sobre Pasto não é um modelo pronto. Demanda planejamento, monitoramento e adequação. É um sistema de princípios, práticas e processos agropecuários que deve ser ajustado a cada propriedade e região, respeitando as especificidades de cada propriedade e sistema de produção.

Cabe ao produtor, assessorado por um técnico capacitado, decidir quais as melhores opções para suprir as necessidades de forragem do rebanho no seu sistema de produção e de que forma o sistema pastoril vai rotacionar e interagir com a produção de grãos, quando houver.

“Principalmente nas áreas de integração lavoura-pecuária, onde a complexidade dos sistemas aumenta, o produtor deve buscar entender as características de seu sistema e pensá-lo integralmente, com uma visão sistêmica da propriedade, adequando os arranjos de rotação, escolhendo os processos e também as mesclas forrageiras mais adequadas para cumprir os diferentes objetivos do sistema de produção. Nesse sentido, o sistema pode ser aplicado, com as devidas adequações, a qualquer propriedade no Brasil”, reforça Sant’Anna

 

Fotos da matéria: Danilo Sant`Anna

 

Fernando Goss (MTb 1.065/SC)
Embrapa Pecuária Sul

Contatos para a imprensa

Telefone: (53) 3240-4749

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

Experimento Integrado na Fazenda Espinil em busca de Sustentabilidade

Objetivo do Experimento na Fazenda Espinil

O experimento realizado na Fazenda Espinil, em Lavras do Sul (RS), em parceria com universidades, tem como principal objetivo aprimorar os sistemas integrados, visando torná-los cada vez mais sustentáveis. Os sistemas de produção, que integram soja, sorgo e pecuária de corte a pasto conservam recursos naturais, como água e solo. A ideia é mostrar que é possível manter alta produtividade de grãos e pecuária de corte, aliando ganhos econômicos, sociais e ambientais.

Resultados Positivos da implementação do Modelo de Produção Integrada

Um dos resultados positivos observados é a produção de forragens durante o ano todo, sobretudo na transição entre as estações quentes e frias, quando ocorrem os problemas de vazios forrageiros. Está sendo aplicado também o sistema Pasto sobre Pasto, desenvolvido pela Embrapa, para tornar a produção animal mais sustentável na região Sul. A expectativa é que a Unidade Demonstrativa simule uma visão de futuro, com o planejamento de todo o sistema de produção – Sistema Integrado de Produção 365 dias.

Resultados Positivos na Produção de Grãos e Pecuária de Corte

Um modelo que integra lavoura e pecuária (ILP), mantido pela Embrapa Pecuária Sul (RS) no município de Lavras do Sul (RS), vem mostrando bons resultados na produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e na pecuária de corte. Os dados foram coletados na Unidade Demonstrativa instalada na Fazenda Espinil, e os trabalhos têm como objetivo aprimorar os sistemas integrados com base na conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

Desenvolvimento de Sistemas Integrados mais Diversos e Sustentáveis

Segundo o pesquisador Danilo Sant’Anna, da Embrapa Pecuária Sul, os experimentos realizados visam desenvolver sistemas integrados mais diversos e sustentáveis. São desenhos que visam reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência e diminuir riscos, tanto produtivos como econômicos e ambientais. O solo é um dos recursos mais impactados por esse trabalho, com o aumento rápido e progressivo da fertilidade.

Resultados Promissores da Implementação do Sistema

Apesar do pouco tempo de início e das fortes estiagens que ocorreram nos últimos anos na região, os resultados que estão sendo obtidos na Fazenda Espinil são promissores. Em anos normais, as produtividades das lavouras subsequentes podem aumentar de 10% a 20%, ou até mais. O sistema Pasto sobre Pasto se mostrou muito robusto e produtivo, em especial durante o verão.

Importância da Diversificação e Práticas Conservacionistas

Com a diversificação e práticas conservacionistas, é possível desenvolver sistemas altamente produtivos e rentáveis, mas que mantenham a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais. A ideia é criar uma visão de futuro com o planejamento de todo o sistema de produção funcionando com os conceitos implementados e avaliados na área experimental.

*O conteúdo foi reescrito para atender às regras de SEO, mantendo os títulos HTML h2, h3, h4. O conteúdo foi expandido para fornecer informações mais detalhadas sobre o experimento na Fazenda Espinil, em busca de sustentabilidade.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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## Título h2: Conclusão

O artigo acima elucida a importância dos sistemas integrados de produção na agricultura e pecuária, destacando os benefícios econômicos, sociais e ambientais trazidos por esses modelos sustentáveis.

### Título h3: Por que a integração de lavoura e pecuária é fundamental?

A integração de lavoura e pecuária é fundamental para promover a diversificação e sustentabilidade dos sistemas produtivos, gerando renda e segurança aos produtores ao longo do tempo.

#### Título h4: Como o sistema Pasto sobre Pasto influencia a oferta de forragem?

O sistema Pasto sobre Pasto ajuda a manter a oferta de forragem ao longo do ano, especialmente nos períodos críticos de transição entre estações frias e quentes, garantindo maior estabilidade na produção animal.

## Título h2: Principais resultados e benefícios

Os sistemas integrados têm proporcionado resultados positivos na produção de grãos e pecuária de corte, contribuindo para a conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

### Título h3: Qual a importância da diversidade forrageira para os sistemas de produção?

A diversidade forrageira permite a composição de sistemas produtivos mais sustentáveis e oferece um elevado número de alternativas para aumentar a eficiência e a rentabilidade nos sistemas de produção.

#### Título h4: Como a integração de lavoura e pecuária contribui para a conservação dos recursos naturais?

A integração de lavoura e pecuária contribui para a melhoria da fertilidade do solo, a retenção e infiltração de água, a fixação de carbono e a potencialização dos organismos vivos que habitam no solo.

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