LONDRES (Reuters) – A Clarence House confirmou nesta quinta-feira que o novo monarca do Reino Unido será conhecido como Rei Carlos III após a morte da rainha Elizabeth, informou a PA Media nesta quinta-feira.
(Reportagem de William James)
Veja declaração de Charles, novo rei do Reino Unido
LONDRES (Reuters) – Charles, o novo rei da Inglaterra, divulgou o seguinte comunicado nesta quinta-feira após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth.
“A morte da minha amada Mãe, Sua Majestade a Rainha, é um momento de grande tristeza para mim e para todos os meus familiares.
“Lamentamos profundamente a morte de uma querida Soberana e uma Mãe muito amada. Eu sei que sua perda será profundamente sentida em todo o país, nos reinos, na Comunidade Britânica e por inúmeras pessoas ao redor do mundo.
“Durante este período de luto e mudança, minha família e eu seremos confortados e sustentados por nosso conhecimento do respeito e profundo afeto com que a rainha era amplamente considerada”.
(Reportagem de Kate Holton)
O processo pelo qual a ascensão de Charles ao trono britânico é formalizada
LONDRES (Reuters) – A rainha Elizabeth, a monarca mais longeva da história do Reino Unido, morreu nesta quinta-feira aos 96 anos, com seu filho Charles a sucedendo como rei.
Aqui está uma explicação do protocolo em torno da ascensão de um novo monarca no Reino Unido.
Charles assume o trono imediatamente após a morte do monarca. Um Conselho de Ascensão é convocado o mais rápido possível, geralmente dentro de 24 horas, e realizado no Palácio de São Tiago, residência oficial do soberano, para proclamar o sucessor.
O conselho é composto por conselheiros privados que aconselham monarcas britânicos desde a era normanda. Atualmente, compreende cerca de 670 políticos de alto escalão, incluindo a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss.
Também estão presentes os Lordes Espirituais e Temporais – bispos da Igreja da Inglaterra que se sentam na Câmara dos Lordes, incluindo o Arcebispo de Canterbury, juntamente com os pares seculares do reino.
O Lord Mayor de Londres, altos funcionários e altos comissários dos outros 14 reinos que têm o monarca britânico como seu chefe de Estado também fazem parte do Conselho, cujo presidente é atualmente a deputada Penny Mordaunt.
Todos os Conselheiros Privados serão convidados, mas nem todos poderão comparecer a curto prazo. Em 1952, após a morte de George Sixth, 191 membros participaram do Conselho de Ascensão de Elizabeth.
O Conselho de Ascensão é dividido em duas partes:
PARTE 1
O Senhor Presidente anuncia a morte do monarca e o escriba do conselho, Richard Tilbrook, lê em voz alta o texto da Proclamação da Ascensão.
A chamada festa de plataforma, que inclui membros da família real presentes, o primeiro-ministro, o arcebispo de Canterbury e o conde marechal – o duque de Norfolk, Edward Fitzalan-Howard, um dos principais membros da nobreza que é responsável por organizando as cerimônias de estado – assina a proclamação.
Uma vez assinado, o Lorde Presidente pede silêncio e o Conselho aborda os assuntos restantes, como a liberação da proclamação e instruções para disparar armas de artilharia no Hyde Park de Londres e na Torre de Londres.
Após a Parte 1 do Concílio, a proclamação é lida da Galeria da Proclamação, uma varanda do Palácio de St James, pelo Rei da Jarreteira, atualmente David White, o arauto principal na Inglaterra, cujo papel cerimonial exige uma salário anual de 49 libras, fixado na década de 1830.
Ele é acompanhado pelo Conde Marechal e outros oficiais em trajes tradicionais.
A proclamação é acompanhada por saudações de armas e viagens dos arautos à Mansion House na cidade de Londres, onde é lida no Royal Exchange. A proclamação é lida publicamente nas outras capitais do Reino Unido – Edimburgo, Belfast e Cardiff – e em outros lugares.
PARTE 2
A Parte 2 do Conselho de Ascensão é realizada pelo novo soberano, mas nem sempre segue imediatamente a Parte 1. Apenas os Conselheiros Privados participam e começa com uma declaração pessoal de Charles sobre a morte da Rainha.
Ele então faz um juramento sobre a segurança da Igreja da Escócia, conforme exigido pelo ato de 1707 pelo qual a Escócia se juntou à Inglaterra e ao País de Gales para formar o Reino Unido. Isso foi feito por todos os soberanos ascendentes desde 1714.
Supondo que Carlos decida governar sob seu nome, o juramento diz: “Eu, Carlos 3, pela graça de Deus do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e de meus outros Reinos e Territórios Rei, Defensor da Fé, prometo e juro que manterei fielmente e preservarei inviolavelmente o acordo da verdadeira religião protestante, conforme estabelecido pelas leis feitas na Escócia em conformidade com a Reivindicação de Direito e particularmente por uma lei intitulada ‘Lei para Garantir a Religião Protestante e o Governo do Presbiteriano Igreja’ e as leis aprovadas no Parlamento de ambos os Reinos para a união dos dois Reinos, juntamente com o Governo, Adoração, Disciplina, Direitos e Privilégios da Igreja da Escócia. E Deus me ajude”.
O novo monarca então assina duas cópias do juramento.
