Cepea, 18 jul. deflacionado pelo IGP-DI de junho/23).
Esse cenário preocupa os cafeicultores brasileiros. Muitos deles afirmam que os atuais preços pagos pelo café da safra 2023/24 estão reduzindo suas margens de lucro e limitando os investimentos na atividade.
Levantamentos do Cepea mostram que o volume comercializado antecipado tem sido menor do que em anos anteriores, e muitos produtores estão mais vulneráveis às oscilações de preços no mercado físico. Além disso, os insumos utilizados na produção eram adquiridos a preços elevados, principalmente fertilizantes. Com as desvalorizações do arábica, os agricultores agora estão focados na colheita, ficando afastados do mercado.
ROBUSTA – Quanto ao café robusta, os compradores pressionaram as cotações nas últimas semanas. Embora os preços estivessem próximos de R$ 700/saca, essa variedade não estava sendo comercializada no mercado brasileiro. No entanto, nos últimos dias, ligeiras desvalorizações levaram alguns produtores a vender robusta, temendo que os preços caíssem mais acentuadamente.
É importante destacar que as desvalorizações do arábica dificultam a manutenção dos preços do robusta em patamares elevados, embora a participação dessa variedade nos blends de café seja superior à do arábica.
MERCADO – No exterior, o futuro do arábica oscila na ICE Futures (NY), mas prevalecem as quedas. As cotações estão sendo influenciadas por correções e recuperações técnicas, oscilações cambiais e clima no Brasil.
No mercado brasileiro, o Índice CEPEA/ESALQ para o café arábica tipo 6, entregue na cidade de São Paulo, fechou a R$ 821,75 (US$ 171,41) a saca de 60 quilos no dia 14 de julho, leve queda de 0,47% em relação ao dia 30 de junho. Para o café robusta, o Índice CEPEA/ESALQ (Espírito Santo) para o tipo 6, tela 13, fechou em R$ 651,59 (US$ 135,92)/saca, alta de 1,1% na mesma comparação.
(Cepea-Brasil)
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