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analistas destacam momento favorável à compra do insumo • Portal DBO

    analistas destacam momento favorável à compra do insumo • Portal DBO

    Para os pecuaristas brasileiros, pensando na segunda rodada de confinamento, o momento é propício para comprar milho no país. A opinião é da zootecnista e veterinária Ana Paula Oliveira, analista de mercado da Scot Consultoria.

    Em Campinas-SP, segundo levantamento da Scot Consultoria, a saca de milho de 60 kg está cotada a R$ 55,78, na média de julho/23 (até 13/7), o que representa uma queda de 34% sobre o valor registrado ano, de R$ 84,29/saca.

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    Na comparação mensal, o valor do cereal apresenta alta de 1% na parcial de julho/23, acrescenta Ana Paula.

    Já em São Paulo, a média no valor parcial de julho/23 da arroba do boi gordo é de R$ 245,28 (até 13/7), com alta de 2,5% na comparação mensal.

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    Em relação ao valor de 12 meses atrás, porém, o boi gordo paulista apresenta queda de 20,5% (em jul/22, a arroba chegou a R$ 308,50, lembra o analista.

    Porém, mesmo com a queda do preço do boi gordo na comparação anual, a quantidade de sacas de milho compradas com a venda de uma arroba de boi gordo é de 4,4 unidades, alta de 1,5% em relação ao mês anterior e alta de 20,1% na comparação anual.

    “A combinação entre a variação negativa mais expressiva no preço do milho e leves aumentos no preço da arroba do boi gordo é indicativa da melhora do poder aquisitivo do pecuarista”aponta Ana Paula.

    No curto prazo, diz ela, a expectativa é de uma patinação na demanda interna (pela carne bovina), o que tende a soltar os preços da arroba no mercado do boi gordo.

    Porém, continua o analista escocês, nos próximos dias, a menor oferta de boi gordo pode evitar quedas significativas nas cotações do boi gordo.

    Na última semana, o mercado doméstico de milho registrou tendência de queda nas cotações, em decorrência do anúncio do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) de aumento da área norte-americana do grão, em relação ao que já havia sido previsto, e o avanço da colheita do milho safrinha, que já atingiu 28,9% da área semeada, observa Ana Paula.

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    Dados do USDA – De acordo com a nova estimativa do departamento americano, divulgada em 12/07, a expectativa de produção para a safra 2023/24 de milho nos Estados Unidos passou de 387,75 para 389,15 milhões de toneladas, um aumento de 0,36%.

    Por sua vez, a estimativa de produtividade da safra norte-americana caiu de 189,86 para 185,67 sacas por hectare, uma queda de 2,21%. A área semeada, porém, aumentou e ficou em 38,08 milhões de hectares.

    Neste novo relatório, o USDA manteve as estimativas para as safras brasileira e argentina, projetadas em 129 milhões e 54 milhões de toneladas, respectivamente.

    Na Ucrânia, a estimativa da safra aumentou, passando para 25 milhões de toneladas.

    Com isso, globalmente, a estimativa de produção de milho foi elevada para 1.224,47 milhões de toneladas, assim como o volume dos estoques globais para a safra 2023/24, que foram para 314,72 milhões de toneladas.

    **Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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