Sumário:
1. Introdução
2. Aquisição da Morro Verde pela Ore Investments
2.1. A Morro Verde e suas reservas de fosfato
2.2. Plano de expansão da produção
2.3. Mercado de fertilizantes e perspectivas de crescimento
2.4. Benefícios dos fertilizantes naturais e biofertilizantes
3. Investimento da Ore e financiamento da transação
3.1. Valor do investimento e participação dos co-investidores
3.2. Componentes primário e secundário da transação
4. Perspectivas futuras da Morro Verde
4.1. Investimentos planejados
4.2. Lançamento de novos produtos
4.3. Expectativas de faturamento e crescimento
5. Potenciais saídas para o investimento na Morro Verde
5.1. Possibilidade de M&A com produtores de fertilizantes químicos
5.2. Vertizontalização do negócio com grandes consumidores
5.3. Opção de IPO
Introdução:
A Ore Investments, uma gestora de private equity focada em mineração, adquiriu o controle da Morro Verde, uma das principais produtoras de fertilizantes fosfatados do Brasil. Essa aquisição representa uma oportunidade estratégica para a Ore, pois a Morro Verde possui uma mina com reservas de fosfato acima da média brasileira, além de operar em um mercado em crescimento e com demanda por fertilizantes mais sustentáveis.
A Ore Investments — uma gestora de private equity focada em mineração — acaba de comprar o controle da Morro Verde, uma das principais produtoras de fertilizantes fosfatados do Brasil.
A Morro Verde é dona de uma mina em Pratápolis, Minas Gerais, que tem reservas comprovadas de 50 milhões de toneladas de fosfato com um teor de concentração médio de 10%, um patamar 2x maior que a média do Brasil.
Hoje, a Morro Verde está produzindo 400 mil toneladas de fosfato por ano, mas o plano é levar essa produção para 1,5 milhão/ano com o investimento da Ore.
Com esse ritmo, a vida útil da mina é de cerca de 60 anos.
Mauro Barros, o CEO da Ore, disse ao Brazil Journal que a gestora fez um mapeamento de todos os ativos capazes de produzir fosfato no Brasil, e que a Morro Verde era de longe o melhor. “Ela é a que tem mais volume de toneladas e o maior teor médio de concentração da jazida,” disse o gestor.
Além disso, segundo ele, a Morro Verde opera num mercado que cresce mais de 30% ao ano e vem ganhando share dos fertilizantes químicos e dos produtos importados, que hoje representam 85% do consumo de fertilizantes no Brasil.
“Estamos na interseção de duas pautas muito grandes: a insegurança alimentar e dependência das importações; e a descarbonização,” disse Felipe Holzhacker, o fundador da Morro Verde. “Desenvolvemos fertilizantes adequados ao clima tropical e a uma agricultura regenerativa, que é um mercado que cresce 30% ao ano em comparação aos 2% a 4% do mercado de fertilizantes químicos.”
Diferente dos fertilizantes químicos – que têm a adição de amônio, ácido sulfúrico ou cloro em seu processo produtivo – os fertilizantes naturais e biofertilizantes não tem nenhuma adição de químicos, sendo misturados apenas com microrganismos, matéria orgânica ou agentes biológicos.
“Além de serem ambientalmente mais corretos, do ponto de vista de custo de produção eles também são mais eficazes, porque você não usa esses insumos que são complexos, e ele não é intensivo em energia,” disse Mauro.
Para fazer o investimento, a Ore está levantando um fundo exclusivo para a transação. Parte dos recursos — cerca de US$ 15 milhões — está vindo do fundo I da gestora, que já captou US$ 60 milhões, e o restante de co-investidores, principalmente family offices.
A gestora não abriu o valor do aporte, mas disse que os US$ 15 milhões do primeiro fundo são uma parcela pequena (menos de 25%) do montante total.
A transação é principalmente primária, mas tem também um componente secundário que dará liquidez ao fundador e a outros investidores-anjo que entraram no início do negócio.
Descoberta em 2013, a mina de Pratápolis começou a operar três anos depois. O investimento na jazida foi feito pelo Grupo Fronteira, a holding de Felipe que tem outros ativos no setor de mineração.
Após o investimento da Ore, Felipe vai continuar como CEO da companhia e o principal acionista individual por meio de sua holding.
O empresário disse que o plano da Morro Verde é investir mais de R$ 500 milhões nos próximos cinco anos para aumentar a produção da mina e para lançar novos produtos – parte virá do aporte da Ore, parte da geração de caixa da própria empresa.
Hoje a Morro Verde tem dois produtos: o fosfato natural reativo e o calcário dolomítico, que são usados principalmente para a plantação de cana de açúcar. O plano é lançar um biofertilizante (o BioRocha), um potássio natural e um polinutriente; todos são mais adequados para as culturas de soja e milho.
A Morro Verde faturou R$ 150 milhões no ano passado, com margem EBITDA de 50%. Este ano, o top line deve crescer na casa de 30-40%, segundo Felipe.
A expectativa é que o crescimento do faturamento supere o da produção nos próximos anos, já que os novos produtos que serão lançados tem um maior valor agregado.
Mauro disse que a Morro Verde é um ativo “que gostaríamos de ‘buy and hold’, porque o Brasil é deficitário estruturalmente do produto e, no Triângulo Mineiro, você está na cara do gol para vender para o Sudeste e Centro-Oeste.”
“Mas como saída, vemos a possibilidade de M&A com grandes produtores de fertilizantes químicos que queiram diversificar, ou com grandes consumidores do produto, que queiram verticalizar o negócio,” disse ele. “Outra possibilidade é um IPO.”
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Aquisição da Morro Verde pela Ore Investments
A Ore Investments, uma gestora de private equity especializada em mineração, adquiriu o controle da Morro Verde, uma das principais produtoras de fertilizantes fosfatados do Brasil.
A Morro Verde e suas reservas de fosfato
A Morro Verde possui uma mina localizada em Pratápolis, Minas Gerais, com reservas comprovadas de 50 milhões de toneladas de fosfato, com uma concentração média de 10%, o que é duas vezes maior que a média do Brasil.
Expansão da produção de fosfato
Atualmente, a Morro Verde produz 400 mil toneladas de fosfato por ano, mas a Ore Investments planeja aumentar essa produção para 1,5 milhão de toneladas por ano com seu investimento.
Vida útil da mina
A mina de Pratápolis tem uma vida útil de cerca de 60 anos, de acordo com o ritmo de produção planejado.
Análise da Ore Investments sobre a Morro Verde
Mauro Barros, CEO da Ore Investments, afirmou que a gestora mapeou todos os ativos capazes de produzir fosfato no Brasil e considerou a Morro Verde como a melhor opção devido ao seu volume de toneladas e maior teor médio de concentração na jazida.
Mercado de fertilizantes no Brasil
Além disso, Mauro destacou que a Morro Verde opera em um mercado que cresce mais de 30% ao ano e vem ganhando participação de mercado dos fertilizantes químicos e importados, que representam atualmente 85% do consumo de fertilizantes no país.
Fertilizantes naturais e biofertilizantes
Os fertilizantes naturais e biofertilizantes, diferentemente dos químicos, não possuem adição de amônio, ácido sulfúrico ou cloro em seu processo produtivo. Eles são misturados apenas com microrganismos, matéria orgânica ou agentes biológicos. Além de serem mais ambientalmente corretos, esses fertilizantes também são mais eficazes em termos de custo de produção e consumo de energia.
Investimento da Ore na Morro Verde
Para viabilizar o investimento na Morro Verde, a Ore Investments está levantando um fundo exclusivo para essa transação. Parte dos recursos, cerca de US$ 15 milhões, está vindo do primeiro fundo da gestora, que já captou US$ 60 milhões, e o restante virá de co-investidores, principalmente family offices. O valor total do investimento não foi divulgado.
Estrutura da transação
A transação é principalmente primária, mas também inclui um componente secundário que oferecerá liquidez ao fundador e a outros investidores-anjo que entraram no início do negócio.
Planos de investimento e novos produtos da Morro Verde
O fundador da Morro Verde, Felipe Holzhacker, revelou que a empresa planeja investir mais de R$ 500 milhões nos próximos cinco anos para aumentar a produção da mina e lançar novos produtos. Parte desse investimento virá da Ore Investments e parte será gerada pela própria empresa.
Produtos atuais e lançamentos
Atualmente, a Morro Verde possui dois produtos: o fosfato natural reativo e o calcário dolomítico, utilizados principalmente na plantação de cana de açúcar. A empresa planeja lançar um biofertilizante chamado BioRocha, um potássio natural e um polinutriente, que são mais adequados para as culturas de soja e milho.
Desempenho financeiro e expectativas de crescimento da Morro Verde
No ano passado, a Morro Verde registrou um faturamento de R$ 150 milhões, com margem EBITDA de 50%. Para este ano, a expectativa é que o faturamento cresça entre 30% e 40%, impulsionado pelos novos lançamentos de produtos, que possuem um maior valor agregado.
Perspectivas futuras para a Morro Verde
Mauro Barros ressaltou que a Morro Verde é um ativo que a Ore Investments pretende manter a longo prazo, devido ao déficit estrutural do produto no Brasil e à localização estratégica da mina no Triângulo Mineiro, próximo aos principais mercados consumidores do Sudeste e Centro-Oeste do país. No entanto, a empresa também vê a possibilidade de fusões e aquisições com grandes produtores de fertilizantes químicos ou com grandes consumidores do produto, além da opção de um IPO como saída para o investimento.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Conclusão
A aquisição do controle da Morro Verde pela Ore Investments destaca a estratégia da gestora de private equity em investir no setor de mineração. Com reservas comprovadas de fosfato acima da média nacional, a Morro Verde está bem posicionada para atender a demanda crescente por fertilizantes naturais e biofertilizantes. A expectativa é que o investimento da Ore contribua para aumentar a produção da mina e impulsionar o lançamento de novos produtos, resultando em um crescimento significativo do faturamento.
Perguntas e Respostas
1. Qual é a atividade principal da Ore Investments?
A Ore Investments é uma gestora de private equity focada em mineração.
2. O que a Morro Verde produz?
A Morro Verde é uma das principais produtoras de fertilizantes fosfatados do Brasil.
3. Quais são as reservas da mina da Morro Verde?
A mina da Morro Verde possui reservas comprovadas de 50 milhões de toneladas de fosfato.
4. Qual é a expectativa de crescimento do faturamento da Morro Verde?
A expectativa é que o faturamento da Morro Verde cresça na casa de 30-40% este ano.
5. Quais são os planos futuros da Morro Verde?
A Morro Verde planeja investir mais de R$ 500 milhões nos próximos cinco anos para aumentar a produção da mina e lançar novos produtos, como biofertilizantes, potássio natural e polinutrientes.
