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Mercado de boi gordo dá sinais de firmeza, aponta Scot Consultoria • Portal DBO

Nos oito primeiros dias de fevereiro, no mercado paulista, o preço do boi “comum” (destinado ao mercado interno) subiu R$ 10/@ e do “boi China” (abatido mais jovem, com até 30 meses ) registrou um aumento de R$ 10/@ R$ 5/@, informa a agrônoma Jéssica Olivier, analista da Scot Consultoria.

“A queda de braço entre o produtor e o frigorífico tem resultado na alta do preço da arroba”relata Jéssica.

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Com a boa qualidade das pastagens, o produtor tem mantido seus animais na fazenda por mais dias, em busca de melhores preços, acrescenta.

Por sua vez, as indústrias frigoríficas, precisando cobrir seus horários de abate, têm cedido, até certo ponto, no preço, continua Jéssica.

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Foto: Reprodução/YouTube

“Alguns negócios são vistos acima do benchmark, mas por enquanto são esporádicos e não refletem todo o mercado”pondera o analista.

Quanto à exportação de carne bovina, após um volume recorde (para o mês em questão) registrado em janeiro/23, a expectativa é de mais avanços para os próximos meses.

“Já há relatos de bons volumes sendo embarcados pelo nosso principal comprador, a China”informa o analista.

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No entanto, diz ela, ao que tudo indica, o preço pago por tonelada não melhorou nas últimas negociações.

Na avaliação de Jéssica, o feriado de Carnaval deve trazer alguma sustentação para os preços do boi gordo, com boas expectativas para as vendas de carne bovina no atacado.

“No entanto, percebemos aquele movimento típico do segundo semestre de desaceleração das vendas (devido ao menor poder aquisitivo da população) e, portanto, menor ímpeto de compra por parte das indústrias”observa o analista.

O “boi-China”, diz ela, pode recuar se o preço da tonelada da carne exportada continuar nos patamares atuais.

“No entanto, a oferta de gado nesse padrão (abatido com até 30 meses) e o dólar subindo novamente podem limitar possíveis quedas, já que nem todo “gado a pasto” atende as exigências padronizadas”diz Jéssica.

Nova rodada de altas – Nesta sexta-feira, 10 de fevereiro, o preço do novilho gordo subiu nos mercados paulistas, apesar de parte dos frigoríficos estarem sem compras, com escalas de abate confortáveis, informou Scot.

O preço da novilha teve aumento diário de R$ 3/@, chegando a R$ 270/@ (preço bruto, na hora) nas feiras do interior paulista.

Já o boi gordo continua cotado a R$ 280/@ em São Paulo, enquanto o boi gordo é negociado a R$ 261/@, segundo a Scot.

O “boi-China” fechou a sexta-feira cotado a R$ 290/@ (preço bruto e futuro, base SP).

Segundo a S&P Global, a semana terminou marcada por melhora na liquidez dos negócios em meio à maior volatilidade de preços no mercado físico de boi gordo

“Existe uma grande diferença de preços da arroba praticada entre os pólos pecuários localizados na região Centro-Sul em relação às regiões Norte/Nordeste do país”observa a consultoria.

Segundo analistas, o aquecimento da demanda externa pela carne brasileira fez com que muitos frigoríficos voltassem a comprar gado gordo, mas a inconsistência do mercado interno ainda limita o desempenho em algumas áreas.

Nesta sexta-feira, nova rodada de altas de preços foi observada nas principais praças do Centro-Sul, notadamente SP, GO, MG e MS, segundo a S&P Global.

Nesses Estados, o volume de gado disponível é mais magro, principalmente em relação aos lotes de animais com padrão exportação (abatidos mais jovens, até 30 meses).

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Em São Paulo, o boi gordo subiu de R$ 282/@ para R$ 286/@, e há relatos de animais negociados com cotações brutas voltando para cerca de R$ 300/@, informa a S&P Global.

No entanto, tais negociações (a R$ 300/@) são esporádicas e só ocorrem envolvendo classes com terminações diferenciadas e gado de elite, diz a consultoria.

Segundo a S&P Global, os volumes significativos de chuvas que ocorrem no Estado de São Paulo e em outras regiões do país favorecem a retenção de animais nas propriedades, devido às boas condições dos pastos.

“Dessa forma, muitos pecuaristas aguardam cotações superiores às vigentes para fazer novos negócios”aponta a S&P Global.

Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, há certo descompasso entre a oferta de animais para abate e a necessidade de compra pelas indústrias.

Nessas duas regiões, os preços do boi sofreram novos ajustes negativos, pois a oferta de animais dessa categoria avançou significativamente.

“A maioria dos frigoríficos instalados no Norte e Nordeste tem sua produção de carne bovina destinada basicamente ao mercado interno, e o fluxo atual não está sendo suficiente para esgotar os estoques das câmaras frigoríficas”justifica a S&P Global, referindo-se à dificuldade de repassar a mercadoria até a ponta da cadeia (consumidores).

Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 10/02
(Fonte: S&P Global)

SP-Noroeste:

carne bovina a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)

MS-Gold:

carne bovina a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (dinheiro)

MS-C.Grande:

carne bovina a R$ 266/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MT-Cáceres:

carne bovina a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-Tangará:

carne bovina a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-B. Garças:

carne bovina a R$ 245/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 234/@ (dinheiro)

MT-Collider:

carne bovina a R$ 241/@ (dinheiro)
vaca a R$ 231/@ (dinheiro)

GO-Goiânia:

carne bovina a R$ 269/@ (prazo)
vaca R$ 23/@ (prazo)

Vá para o sul:

carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 241/@ (prazo)

PR-Maringá:

carne bovina a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (dinheiro)

MG-Triângulo:

carne bovina a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MG-BH:

carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

BA-F. Santana:

carne bovina a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (dinheiro)

RS-Porto Alegre:

carne bovina a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)

RS-Fronteira:

carne bovina a R$ 270/@ (à vista)

vaca a R$ 240/@ (prazo)

PA-Marabá:

carne bovina a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 224/@ (prazo)

PA-Resgate:

carne bovina a R$ 224/@ (prazo)
vaca a R$ 214/@ (prazo)

PA-Paragominas:

carne bovina a R$ 247/@ (prazo)
vaca a R$ 240/@ (prazo)

TO-Araguaína:

carne bovina a R$ 227/@ (prazo)
vaca a R$ 212/@ (prazo)

TO-Gurupi:

carne bovina a R$ 231/@ (dinheiro)
vaca a R$ 221/@ (dinheiro)

RO-Cacoal:

carne bovina a R$ 231/@ (dinheiro)
vaca a R$ 212/@ (dinheiro)

RJ-Campos:

carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)

MA-Açailândia:

carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 222/@ (dinheiro)

Fonte: Portal DBO

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