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Melhores práticas para o desempenho do rebanho

    saiba como manter o desempenho do rebanho

    A importância do planejamento forrageiro na produção de forrageiras ao longo do ano

    A produção de forrageiras ao longo de um ano não é uniforme, e um dos maiores desafios para os produtores é o período de seca. Durante esse período, ocorre uma queda na produção e qualidade das forragens, devido à redução do volume de chuvas, temperaturas mais baixas e menor luminosidade.

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    Diante dessa certeza, é fundamental contornar e se preparar para garantir a disponibilidade de forragem e atender às necessidades nutricionais do rebanho. Para isso, é essencial realizar um planejamento forrageiro adequado.

    O planejamento forrageiro consiste em organizar a propriedade para garantir a disponibilização de forragens de alta qualidade ao longo do ano, levando em consideração a capacidade de produção do pasto, a taxa de lotação da propriedade e visando maximizar a produtividade por área.

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    Para realizar o planejamento, é necessário avaliar as áreas disponíveis na propriedade, analisar as condições das pastagens já existentes, a fertilidade e qualidade do solo, dimensionar e estruturar um rebanho compatível com os objetivos do produtor e com a capacidade da área e da produção das forrageiras.

    Além disso, existem estratégias que podem ser adotadas para garantir a disponibilidade de forragem durante o período de seca, como o diferimento de pastagem, que consiste em suspender a utilização de uma parte da área de pasto durante a época de chuvas para acumular forragem para ser utilizada na seca, e o pastejo rotacionado ou lotação rotacionada, que consiste na utilização de piquetes submetidos a períodos de descanso e ocupação.

    É importante ressaltar também a necessidade de suplementação volumosa para os animais durante o período de seca, devido à redução da produção de matéria seca das forrageiras. Uma opção de suplementação volumosa é a capineira, que consiste no cultivo de gramíneas de alta produtividade e pode ser fornecida in natura no cocho ou conservada por meio do processo de ensilagem.

    Em resumo, o planejamento forrageiro é essencial para garantir a disponibilidade de forragem ao longo do ano e atender às necessidades nutricionais do rebanho. Estratégias como o diferimento de pastagem, o pastejo rotacionado e a suplementação volumosa são importantes ferramentas para contornar os desafios do período de seca.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

    Sumário

    1. Introdução

    1.1. Variação na produtividade do pasto devido aos fatores ambientais

    1.2. Desafios do período de seca

    2. Principais estratégias para disponibilidade de forrageiras

    2.1. Papel da lignina na qualidade nutricional das forragens

    2.2. Medidas para evitar perda de qualidade na seca

    3. Planejamento forrageiro

    3.1. Avaliação das áreas disponíveis na propriedade

    3.2. Análise das condições das pastagens e do solo

    3.3. Dimensionamento e estruturação do rebanho

    3.4. Escolha da forrageira adequada

    4. Estratégias de manejo para o período de seca

    4.1. Diferimento de pastagem

    4.2. Pastejo rotacionado ou lotação rotacionada

    4.3. Suplementação com volumoso

    A produção de forrageiras ao longo de um ano não é uniforme, existe uma variação na produtividade do pasto devido aos fatores ambientais, como o clima. E esse é um dos maiores desafios para o produtor: o período de seca.

    Ele ocorre todos os anos e representa uma queda na produção e qualidade das forragens, pois nesse período de meses do ano ocorre queda do volume de chuvas, temperaturas mais baixas e menor luminosidade.

    Diante da certeza desse período, como podemos contornar e nos preparar?

    Fonte: Demarchi, 2002.

     

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    Principais estratégias para disponibilidade de forrageiras

    As plantas forrageiras precisam de disponibilidade de água, luminosidade e temperatura adequadas para garantir o seu crescimento, condições essas que durante o período da seca não são atendidas, fazendo com que o capim entre em um período de “senescência”.

    Ou seja, o capim envelhece e fica mais lignificado ou ocorre o florescimento e produção de sementes das forrageiras, perdendo qualidade nutricional.

    As forragens apresentam naturalmente a lignina em sua composição, independente se o volumoso está em forma de pasto, silagem, feno ou resíduos agroindustriais e ela atua como uma barreira física de proteção à parede celular vegetal.

    Quando relacionamos a lignina com a nutrição dos animais, ela pode ser apresentada como uma substância “anti nutricional” pelo fato de que sua ligação com carboidratos e proteínas presentes na parede celular vegetal resulta em menor degradabilidade da fibra, menor valor nutritivo do alimento e por isso, menor aproveitamento pelo animal.

    Sabe-se que é por meio da fermentação ruminal de carboidratos fibrosos que as principais fontes proteicas e energéticas são disponibilizadas para a sobrevivência e produção dos animais.

    Entretanto, a lignina consegue influenciar na qualidade final da dieta e na eficiência alimentar do ruminante por reduzir o acesso microbiano e enzimático e consequentemente a fermentação ruminal dos carboidratos fibrosos.

    Por isso que quanto maior for a maturação do capim, ou seja, mais velho, maior será o teor de lignina e maior o impacto negativo no ponto de vista nutricional.

    Então, sabendo dessas alterações nesse período do ano, existem medidas para evitar que o pasto perca tanta qualidade na seca, garantindo que as necessidades nutricionais das vacas sejam atendidas e a produção de leite seja mantida.

    Como realizar o planejamento forrageiro?

    O planejamento forrageiro é um instrumento para planejar a alimentação dos animais visando organizar a propriedade.

    O intuito é conseguir disponibilizar forragens de alta qualidade e em quantidade adequada para atender as demandas do rebanho durante todo o ano dentro da capacidade de produção do pasto, da taxa de lotação da propriedade e visando maximizar a produtividade por área.

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    Para a realização do planejamento devem ser seguidas algumas etapas:

    Avaliar as áreas disponíveis na propriedade

    É importante avaliar a declividade do terreno, a disponibilidade de água, a localização da propriedade e a drenagem.

    Mapeamento de propriedade para implantação de pastoFonte: Satélite GeoEye. (Embrapa, 2015).

    Analisar as condições das pastagens já existentes, a fertilidade e qualidade do solo

    A avaliação da fertilidade do solo é um processo importante pois a partir disso é possível determinar a sua qualidade e capacidade de fornecer nutrientes necessários para que as plantas cresçam saudáveis.

    Dentre as técnicas mais comuns de solo temos:

    • Análise química do solo: a partir da coleta de amostras do solo é possível avaliar os principais nutrientes (nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre), além de medir parâmetros como pH, capacidade de troca catiônica (CTC) e o teor de matéria orgânica. Dessa forma, a partir da referência ou recomendação para a planta cultivada é possível determinar a disponibilidade de nutrientes no solo e identificar possíveis deficiências ou excessos e traçar ajustes na adubação para correção de desequilíbrios nutricionais.

    Homem realizando coleta de amostra para realização de análise de soloFonte: Embrapa.

    • Dimensionar e estruturar um rebanho compatível com os objetivos do produtor, com a capacidade da área e da produção das forrageiras: importante ter estruturado o tipo de gado que a fazenda possui, se o negócio está crescendo ou irá crescer nos próximos anos, qual a produção da forrageira e a partir disso determinar a área necessária para alimentar todos os animais de forma ideal.
    • Dimensionar áreas de implantação de pastos, escolher a forrageira adequada para a fazenda: importante ter o planejamento do tipo de forrageira que será utilizada levando em conta se haverá manejo de adubação ou uso de irrigação, o dimensionamento da área dos pastos ou piquetes e o período de descanso dos mesmos.

    Diferimento de Pastagem

    Estratégia que relativamente envolve baixo custo e de fácil aplicação nas fazendas, é também conhecido como “feno em pé”.

    Consiste em suspender a utilização de uma parte da área de pasto da propriedade durante parte da época de chuvas, dessa forma, a forragem fica acumulada naquele pasto para ser utilizada durante a seca.

    No entanto, devemos nos atentar a alguns cuidados para a realização dessa estratégia:

    • Deve ser um pasto bem manejado durante as águas, para garantir a qualidade da forrageira;
    • Avaliar a massa de forragem: quantidade de forragem existente por área;
    • Se o tipo de forrageira utilizada é adequada para esse processo, dando preferência a plantas com baixo acúmulo de colmos e boa retenção de folhas verdes, resultando em menores reduções no valor nutritivo ao longo do tempo;
    • A altura do pasto no início do diferimento;
    • A adubação e suplementação do pasto.

    A utilização do diferimento é uma estratégia muito interessante para garantir uma massa de forragem maior na época da seca, disponibilidade de volumoso aos animais e qualidade nutricional da forragem, no entanto para garantir que o animal mantenha um desempenho satisfatório na produção leiteira devemos pensar também na suplementação desses animais.

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    Pastejo rotacionado ou lotação rotacionada

    O pastejo rotacionado consiste na utilização de pelo menos dois piquetes submetidos a sucessivos períodos de descanso e de ocupação.

    No descanso do piquete a forrageira faz a rebrota, já que na ausência dos animais não há pressão de pastejo e no período de ocupação os animais realizam o consumo do pasto juntamente com o crescimento da forragem.

    Existem várias modalidades de lotação rotacionada como:

    • Convencional;
    • Alternada;
    • Com diferimento,
    • Em faixas;
    • Tipo pizza;
    • Módulo com corredor.

    Para a escolha da modalidade devemos avaliar as características da fazenda, qual modelo melhor se adequa a sua propriedade, as possibilidades de implantação da fazenda, a disponibilidade de mão de obra, quantos piquetes é possível dividir a fazenda, quantos animais ficam em cada pasto, as categorias de animais: multíparas, primíparas, novilhas, por exemplo e as exigências nutricionais de cada uma dessas categorias.

    Pastejo rotacionado convencional

    Figura demonstrando o pastejo rotacionado do tipo convencional, onde os animais pastejam alternando os piquetes de pasto como demonstra a direção da seta.

    Pastejo rotacionado em faixa

    Figura demonstrando o pastejo rotacionado em faixa, onde os animais tem acesso restrito dentro do piquete e com a utilização de cercas o animal pasteja em faixas restritas.

    Pastejo rotacionado diferido

    Figura ilustrando o pastejo rotacionado diferido, onde uma das áreas foi escolhida para diferimento, a qual não será utilizada na época das águas, acumulando assim uma massa de forragem para a época da seca.

    Pastejo rotacionado em módulos do tipo corredor e pizza

    Figura da esquerda demonstrando um sistema de pastejo rotacionado com a presença de um corredor central, o qual dá acesso a área de descanso e ao bebedouro.

    Já a figura da direita demonstra um sistema de pastejo rotacionado no formato de pizza, onde ao centro se localiza a área de descanso e o bebedouro.

    O manejo da lotação rotacionada é mais complexo, exige um bom manejo das gramíneas, adubação, suplementação e irrigação do pasto, manejo do solo e também uma boa escolha da espécie forrageira.

    No entanto, é uma ótima opção para assegurar a disponibilidade de forragem para os animais durante todo o ano devido a setorização do terreno da propriedade que permite que em algumas áreas da fazenda o pasto descanse e se recupere para os períodos de seca.

    Suplementação com volumoso para os animais no período de seca

    Como no período de seca a produção de matéria seca das forrageiras diminui significativamente, torna-se necessária a suplementação volumosa ou o uso de concentrado para manter a nutrição adequada dos animais e amenizar o déficit nutricional do rebanho e evitar prejuízos reprodutivos, produtivos e de condição corporal das vacas.

    Como opção de suplementação volumosa podemos utilizar a capineira que é uma forma de produção de forragem em que utilizamos de um pasto com área cultivada com uma gramínea de alta produtividade, onde ao atingir seu ponto ótimo de produção e valor nutritivo realizamos o corte de forma específica para cada espécie forrageira.

    Pode ser fornecida in natura no cocho para os animais ou realizar a conservação da forragem por meio do processo de ensilagem, no entanto para a realização desses métodos devemos realizar o manejo e planejamento no período das águas para que estas opções sejam utilizadas na época de seca.

    Capim cortado para processo de ensilagem

    Capim sendo direcionado ao processo de ensilagem

    Fonte: Acervo pessoal Rehagro

    O oferecimento de material volumoso na forma de silagem é uma alternativa para suplementação na época da seca, evitando uma queda na produtividade.

    É uma técnica relativamente simples e acessível, no entanto deve ser realizada tomando os devidos cuidados com o plantio e corte da forrageira, com o processo de compactação e fechamento do silo e com a umidade com o objetivo de garantir um processo de fermentação adequada e evitar a contaminação da silagem.

    Conclusão

    Sabendo então que o período de seca continuará existindo e que a escassez de chuvas pode causar sérios impactos na produção de alimentos, na qualidade dos pastos, no desempenho e saúde dos animais e na lucratividade da fazenda, ter um planejamento antecipado e estar preparado de forma adequada é extremamente importante para garantir a sustentabilidade e produtividade da atividade leiteira.

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    A produção de forrageiras ao longo de um ano não é uniforme, uma vez que está sujeita a variações de produtividade devido a fatores ambientais, como o clima. O período de seca é um desafio para os produtores, pois ocorre todos os anos e resulta em uma redução na produção e qualidade das forragens. Durante esse período, há uma diminuição na quantidade de chuvas, temperaturas mais baixas e menor luminosidade. Para contornar e se preparar para esse período, é importante adotar estratégias adequadas.

    As plantas forrageiras requerem condições adequadas de água, luminosidade e temperatura para garantir seu crescimento. No entanto, durante o período de seca, essas condições não são atendidas, levando o capim a entrar em um estágio de “senescência”. Isso significa que o capim envelhece e se torna mais lignificado, ou ocorre o florescimento e produção de sementes das forrageiras, resultando em perda de qualidade nutricional.

    A lignina está presente naturalmente na composição das forragens, independentemente da forma em que são apresentadas, seja como pasto, silagem, feno ou resíduos agroindustriais. Ela atua como uma barreira física de proteção da parede celular vegetal. No entanto, quando se trata de nutrição animal, a lignina pode ser considerada uma substância “anti nutricional”, pois sua ligação com carboidratos e proteínas resulta em menor degradabilidade da fibra, menor valor nutritivo do alimento e menor aproveitamento pelo animal.

    É por meio da fermentação ruminal de carboidratos fibrosos que as principais fontes de proteína e energia são disponibilizadas para a sobrevivência e produção dos animais. No entanto, a lignina pode influenciar negativamente na qualidade final da dieta e na eficiência alimentar do ruminante, reduzindo o acesso microbiano e enzimático e, consequentemente, a fermentação ruminal dos carboidratos fibrosos. Portanto, quanto mais maduro o capim, maior será o teor de lignina e maior será o impacto negativo em termos nutricionais.

    Diante das alterações que ocorrem durante o período de seca, existem medidas que podem ser tomadas para evitar a perda de qualidade do pasto, garantindo a atendimento das necessidades nutricionais das vacas e a manutenção da produção de leite.

    O planejamento forrageiro é uma ferramenta que visa organizar a alimentação dos animais para garantir a disponibilidade de forragens de alta qualidade ao longo do ano, levando em consideração a capacidade de produção do pasto, a taxa de lotação da propriedade e o objetivo de maximizar a produtividade por área.

    Para realizar o planejamento forrageiro, é necessário seguir algumas etapas. Primeiro, é importante avaliar as áreas disponíveis na propriedade, levando em consideração a declividade do terreno, a disponibilidade de água, a localização da propriedade e a drenagem. Em seguida, é necessário analisar as condições das pastagens já existentes, bem como a fertilidade e qualidade do solo. A avaliação da fertilidade do solo é essencial para determinar sua capacidade de fornecer os nutrientes necessários para o crescimento saudável das plantas.

    Outro aspecto importante do planejamento forrageiro é dimensionar e estruturar um rebanho compatível com os objetivos do produtor, a capacidade da área e a produção das forrageiras. É necessário determinar o tipo de gado que a propriedade possui, se o negócio está em crescimento ou planeja crescer nos próximos anos, a produção das forrageiras e, a partir dessas informações, determinar a área necessária para alimentar todos os animais de forma adequada.

    Além disso, é fundamental dimensionar as áreas de implantação de pastos e escolher as forrageiras adequadas para a propriedade. É importante considerar se será necessário realizar manejo de adubação ou uso de irrigação, dimensionar a área dos pastos ou piquetes e determinar o período de descanso necessário.

    Um método para contornar a falta de forragem durante a seca é o diferimento de pastagem. Essa estratégia envolve a suspensão da utilização de parte da área de pasto durante uma parte da época de chuvas, acumulando forragem para ser utilizada durante a seca. No entanto, é necessário tomar alguns cuidados, como garantir que o pasto seja bem manejado durante a época de chuvas para garantir a qualidade da forragem, avaliar a quantidade de forragem existente por área, escolher forrageiras com baixo acúmulo de colmos e boa retenção de folhas verdes e realizar a adubação e suplementação adequadas.

    Outra estratégia é o pastejo rotacionado ou lotação rotacionada, que consiste na utilização de pelo menos dois piquetes sujeitos a períodos alternados de descanso e ocupação pelos animais. Existem várias modalidades de lotação rotacionada, como a convencional, alternada, com diferimento, em faixas, tipo pizza e com corredor. A escolha da modalidade adequada depende das características da fazenda, das possibilidades de implantação, da disponibilidade de mão de obra, do número de piquetes e das exigências nutricionais dos animais.

    A suplementação volumosa também é uma opção durante o período de seca, uma vez que a produção de matéria seca das forrageiras diminui significativamente. O uso de capineiras, que são áreas cultivadas com gramíneas de alta produtividade, é uma opção para fornecer forragem de qualidade aos animais. Essa forragem pode ser fornecida in natura no cocho ou ser conservada por meio de ensilagem.

    Em conclusão, a produção de forrageiras ao longo do ano está sujeita a variações devido a fatores ambientais, como o clima. O período de seca é um desafio para os produtores, mas estratégias como o planejamento forrageiro, o diferimento de pastagem, o pastejo rotacionado e a suplementação volumosa podem ajudar a garantir a disponibilidade de forragem de qualidade para os animais. É importante avaliar as condições da propriedade, como a topografia e a fertilidade do solo, para tomar decisões adequadas e maximizar a produção de leite.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Parágrafo de Conclusão:
    O período de seca representa um desafio para os produtores de forragem, pois ocorre uma queda na produção e qualidade dos pastos devido à redução da chuva, temperaturas mais baixas e menor luminosidade. No entanto, é possível contornar essas dificuldades por meio de estratégias como o planejamento forrageiro, o diferimento de pastagem, o pastejo rotacionado e a suplementação com volumoso. Essas medidas visam garantir que as necessidades nutricionais do rebanho sejam atendidas e a produção de leite seja mantida.

    Perguntas com Respostas:

    1. Como realizar o planejamento forrageiro?

    R: O planejamento forrageiro envolve avaliar as áreas disponíveis na propriedade, analisar as condições das pastagens existentes, dimensionar e estruturar um rebanho compatível com os objetivos do produtor e dimensionar áreas de implantação de pastos.

    2. O que é o diferimento de pastagem?

    R: O diferimento de pastagem é uma estratégia em que se suspende a utilização de uma parte da área de pasto durante parte da época de chuvas, acumulando forragem para ser utilizada durante a seca.

    3. O que é o pastejo rotacionado?

    R: O pastejo rotacionado consiste em utilizar pelo menos dois piquetes de pasto, submetidos a sucessivos períodos de descanso e ocupação pelos animais.

    4. Quais são os tipos de pastejo rotacionado?

    R: Os tipos de pastejo rotacionado incluem o convencional, o alternado, o com diferimento, em faixas, tipo pizza e módulo com corredor.

    5. Por que é necessária a suplementação com volumoso no período de seca?

    R: A suplementação com volumoso é necessária no período de seca devido à redução na produção de matéria seca das forrageiras. Ela permite manter a nutrição adequada dos animais e evitar prejuízos reprodutivos, produtivos e de condição corporal das vacas.

    Fonte: Demarchi, 2002.

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