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Máxima qualidade: bem-estar animal na produção

Impactos da Produção de Leite no Bem-Estar Animal

A Importância da Produção Leiteira no Brasil

Desafios enfrentados pela pecuária leiteira

No primeiro trimestre de 2023, a produção de leite no Brasil apresentou números expressivos, porém, também enfrentou desafios significativos. Com a perspectiva de crescimento nos próximos 10 anos, é fundamental compreender os impactos da produção de leite no bem-estar animal. Além disso, a importância econômica e social da atividade leiteira no Brasil não pode ser subestimada, mas a crise vivenciada em 2023 trouxe à tona desafios que demandam soluções inovadoras e tecnológicas. Este artigo explora a relação entre a produção de leite e o bem-estar das vacas leiteiras, destacando os desafios enfrentados e os sistemas de produção que buscam conciliar produtividade e qualidade de vida dos animais. Confira a seguir um panorama completo sobre a produção leiteira e seus impactos.

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Sumário

Produção de Leite no Brasil

Produção de Leite no Primeiro Trimestre de 2023

Impacto da Produção de Leite na Economia Brasileira

Bem-Estar das Vacas Leiteiras

Importância do Bem-Estar Animal na Produção de Leite

Estresse Térmico e seus Efeitos na Produção de Leite

Sistemas de Produção

Compost Barn

Free Stall

Silvipastoril




Patrocinadores

A produção de leite no primeiro trimestre de 2023 foi de 5,9 bilhões de litros, demonstrando uma queda de 1,2% em relação ao primeiro trimestre de 2022 (MINISTÉRIO DA FAZENDA, 2023). Nos próximos 10 anos a produção de leite deverá crescer a uma taxa entre 1,7% e 2,7%. Essas taxas correspondem a passar de uma produção de 34,1 bilhões de litros em 2023 para 40,5 bilhões no final do período das projeções (COMPRE RURAL, 2023).


O aumento significativo da produção de leite gera muitos impactos no bem-estar e na qualidade de vida dos animais e como isso influencia na produtividade. Em uma propriedade leiteira, para garantir um bem-estar animal, deve existir um ambiente saudável e confortável, aonde esses animais poderão expressar seu potencial genético em sua totalidade na produção. Compreender as necessidades e os comportamentos se torna fundamental na busca por uma qualidade de vida melhor, garantindo o bem-estar em todas as suas fases (DOS SANTOS et al., 2021).


Patrocinadores

No Brasil, o leite está entre os produtos mais importantes para a nossa economia, com uma produção que está à frente de produtos tradicionais como café e arroz. O rebanho leiteiro brasileiro é o segundo maior do mundo. Com produtores em 98% dos municípios brasileiros, a cadeia produtiva do leite emprega cerca de 4 milhões de pessoas (PORTAL E-FOOD, 2023).


Porém, em 2023 o leite passou por uma grande crise. Diante da situação do mercado brasileiro muitos produtores de leite de Santa Catarina tiveram que abandonar a atividade leiteira, pois houve um elevado número de importações de leite, causando uma queda da remuneração. As importações dos lácteos tiveram um crescimento de 212% nos meses de janeiro a maio em relação ao ano de 2022, da Argentina e do Uruguai, o Brasil já importou 850 milhões de leite (SISTEMA FAESC, 2023).


Contudo, mesmo com esse cenário desvantajoso aqueles que ainda estão dentro da atividade leiteira estão sempre procurando formas para contornar momentos difíceis, por meio de novas tecnologia e inovações. A produção leiteira pode ser uma atividade complexa que depende de vários fatores, principalmente, dos elementos de um sistema produtivo bem estruturado e planejado (LUCCA; AREND, 2020)


Bem-estar das vacas leiteiras


Nas cadeias produtivas do leite, há um desafio maior, pois, os animais são criados geralmente em sistemas intensivos de produção e passam boa parte do tempo tendo contato com humanos, portanto é importante garantir boas condições de bem-estar, principalmente quando submetidos a ordenha. O manejo diário feito de forma incorreta pode resultar em situações que prejudicam o animal e seu bem-estar. Entretanto, quando bem feito, resulta em uma maior proximidade entre humanos e animais que permitem a redução do estresse e uma maior facilidade para realizar o manejo e principalmente a facilidade em detectar problemas de saúde (ANDRIOLI, 2020).


Em todas as fases de vida do animal o bem-estar deve ser garantido, visando sempre a qualidade de vida do mesmo. O estresse é um dos fatores negativos que influenciam o bem-estar animal, principalmente o estresse térmico.  Vacas com estresse térmico comem menos, a ingestão de matéria seca tende a cair em torno de 6 a 30%, tendo como resultado a redução de leite de 15 a 20% (CRUZ, 2021).


O animal precisa ter acesso a conforto para que possa suprir suas necessidades. Para isso é preciso que esteja livre de fome, dores, medo, estresse e outros estados desconfortáveis, é fundamental também que haja o manejo correto para evitar má nutrição e doenças. O bem-estar dos animais só é garantido quando o produtor proporciona para seu rebanho uma boa qualidade de vida.  (AMARAL et al., 2018).


Quando há diminuição do ganho de peso, atraso na reprodução, mortalidade e a diminuição da qualidade do produto final, são reflexos que indicam que algo não está indo bem na produção, ou seja, quando o bem-estar não está adequado. Sistemas que oferecem um maior bem-estar, evitam a perda de produção em um rebanho e melhora a qualidade de vida dos animais, como o uso de sistemas silvipastoris (uso de sistemas integras, árvores, pastagem e animais), desmama natural ou controlada, instalações que não sejam escorregadias e muitos outros manejos que propiciem benefícios para os animais (MODESTO, 2018).


Estresse térmico


Quando a temperatura ambiente excede a zona de conforto térmico, também chamada de zona termoneutro, a vaca estará sofrendo de estresse causado pelo excesso de calor. Na faixa de temperatura adequada a vaca não precisa lançar mão de nenhum mecanismo para eliminar calor, dispondo toda a sua atenção para a produção de leite. Assim, o estresse calórico muda o status fisiológico da vaca, o que afeta a produção de leite e também a reprodução (FUNDAÇÃO ROGE, 2020).


Segundo Viana (2020) as vacas, quando estão sofrendo com o calor, mostram alguns sintomas, como: o aumento da frequência respiratória acima de 80 movimentos por minuto, apresentam boca aberta e língua para fora, na tentativa de trocar calor com o ambiente; temperatura retal maior que 32,9°C; aumento da ingestão de água; redução do consumo de alimentos e consequente queda na produção.


Vacas com alta produção de leite são mais sensíveis ao calor do que vacas com menor produção de leite, devido ao alto incremento calórico, porém, quando diminuem a ingestão de alimentos há uma queda de produção, pois sua atenção se volta na tentativa de diminuir a produção entérica de calor, sendo assim passam a não ter suas necessidades nutricionais atendidas (DIAS, 2013).


Na tentativa de diminuir esses fatores negativos para a produção leiteira, principalmente o estresse calórico, os sistemas de produção mais tecnificados podem ser uma escolha inteligente. Contudo, muitos fatores devem ser levados em conta no momento de escolha das instalações utilizadas para alojamento de vacas leiteiras, dentre eles: potencial genético do rebanho, disponibilidade de capital a ser investido, capacidade de produção de alimentos para os animais e disponibilidade de terra para estes. A rentabilidade da propriedade está totalmente ligada a qualidade do leite produzido, então todos esses fatores devem ser avaliados cuidadosamente, pois eles afetam diretamente a viabilidade, produtividade e sanidade do rebanho (RIBEIRO et al., 2018).


Independente do sistema de produção, e do nível tecnológico adotado pela propriedade, a produção leiteira está em evolução constante, com o objetivo de elevar a produtividade preconizando o bem-estar e qualidade de vida dos animais. Em regiões de clima quente as modificações no ambiente natural podem ser benéficas para aumento nos desempenhos produtivos adequados, refletindo positivamente e diretamente no lucro da atividade (DE OLIVEIRA, 2020).


Sistemas de produção


Por meio dos sistemas de produção animal, a pecuária leiteira, vem se intensificando e se especializando, com o intuito de atender a demanda populacional. Um processo que foi necessário para acompanhar o crescimento econômico, os investimentos em pesquisa, o aumento da renda, a difusão da urbanização e o aumento populacional. Essa intensificação trouxe grandes vantagens para a bovinocultura de leite, pois aumentou a produção e a produtividade dos alimentos (DA SILVA; GAMEIRO, 2021)


Dentre os vários tipos de sistemas de criação para a bovinocultura de leite, o compost barn é um deles, onde o animal permanece em uma área coberta e em repouso coletivo, essa área deve ser seca, segura e bem arejada, possibilitando que esses animais usufruem do conforto e de uma ambiência adequada (MAZOCCO, 2019), já o sistema de free stall é composto por uma área livre destinada a alimentação, porém, também faz parte do sistema baias individuais que impedem grandes movimentações dos animais e limitam a expressão do seu comportamento natural (ZAIN et al., 2015).


Outro sistema muito importante é o silvipastoril, uma variação dos sistemas agroflorestais, apresentando um conjunto do pasto, com árvores e com a presença do rebanho em uma mesma área. A relação desses três componentes pode trazer vários benefícios relacionados a conservação ambiental como um adicional no aumento produtivo e reprodutivo dos animais (DE OLIVEIRA CAETANO; JÚNIOR, 2015).


Dentro das opções de sistemas de produção, vale ressaltar que é importante fazer a escolha adequada do sistema para que o produtor tenha sucesso na pecuária leiteira. Isso se dá pela procura de um maior aproveitamento dos recursos, que coexiste com o manejo nutricional, sanitário e reprodutivos das propriedades (VIANA, 2021).


Compost Barn


O compost barn é uma estrutura em que a cama dos animais é constituída pelos seus dejetos, misturados ao material orgânico, em constante processo de compostagem. Dentre os principais materiais utilizados, estão: maravalha, serragem, casca de café, casca de amendoim e palha de arroz (DAMASCENO et al., 2020).


Esse sistema, assim como todo sistema de confinamento para bovinos leiteiros, é necessário que tenha observação, orientação técnica e alguns cuidados para a obtenção de resultados positivos do ponto de vista produtivo e econômico. Para produtores que não possuem grandes áreas disponíveis para o desenvolvimento da atividade leiteira pode ser uma boa opção, especialmente onde a agricultura familiar é predominante (BRIGATT, 2014).


De acordo com COSTA (2021), as principais medidas de manejo que devem ser adotadas no interior do galpão são:


  • utilização de compostagem correta;
  • escolha correta do local da instalação;
  • dimensionamento adequado do sistema de ventilação;
  • boa circulação de ar e presença de luz natural;
  • boa drenagem de água em dias chuvosos;
  • revolvimento adequado da cama objetivando manter seca a parte de cima;
  • espaço disponível por animal de aproximadamente 10 m2, com intuito de evitar superlotação.


As vantagens do compost barn são inúmeras, dentre elas estão: o aumento da produção de leite, em média, de 4 a 18 litros; 1 lactação adicionada na longevidade das vacas, em média; fácil implementação de manejos que diminuem o retrabalho; redução de CCS e CBT do rebanho; diminuição dos problemas de casco; redução de 60% com custo de farmácia na fazenda; menos problemas nas glândulas mamárias; menor rotatividade de mão de obra (BERNARDES, 2020).


Em um estudo sobre interações entre índices de conforto, características fisiológicas, escore de higiene e claudicação, mostrou que não houve estresse térmico nos animais alojados no confinamento no modelo compost barn na estação de verão e do inverno. Os parâmetros fisiológicos de temperatura retal, frequência respiratória e temperatura superficial da pele, se encontram dentro dos parâmetros de conforto animal (MOTA, 2020).


O compost barn ao possibilitar maiores ganhos produtivos também gera maior rentabilidade no bolso do produtor. A produção desse sistema explora o bom uso das atribuições que o animal pode oferecer, preconizando o bem-estar das vacas, caminhando com as boas práticas de manejo para uma estrutura e uma produção de respeito, que juntas vão ser fundamentais para um vantajoso resultado. Em virtude disso, o bom funcionamento do sistema se enquadra nas exigências do bem-estar direcionando a boa rentabilidade e melhores ganhos na atividade (MAZOCCO, 2019).


Compost barn


 


Free stall


No free stall os animais permanecem lado a lado em baias individuais que devem ser bem dimensionadas, com largura suficiente para o conforto animal, sem, entretanto, permitir que o mesmo se vire. O acesso às baias se dá na parte posterior, permitindo aos animais entrarem e saírem livremente (CAMPOS et al., 2016).


Neste complexo existem diversas variações que podem se encaixar de acordo com a realidade de cada produtor. Existem sistemas cujas laterais do galpão são abertas e fazem uso de ventilação natural que podem estar associados ou não a ventilação mecânica. Também há sistemas que fazem uso das laterais do galpão fechadas e por isso é necessário à utilização de ventilação mecânica, visto que a climatização se baseia no controle, direcionamento e refrigeração do ar (GARCIA, 2017).


Por isso uma das funções mais interessantes de instalações do tipo free stall é barrar a entrada da radiação solar como intuito de diminuir a carga térmica do animal permitindo o manejo adequado para auxiliá-lo a manter sua temperatura corporal constante e, portanto, permitir que o animal tenha conforto para que o consumo de alimentos seja potencializado. As instalações quando corretas permitem manter animais saudáveis e com o mínimo de estresse (MOTA et al., 2017).


Além disso, vale ressaltar que devido ao manejo das vacas quando não estão sendo ordenhadas onde elas podem ficar andando livremente em um grande espaço aberto com o acesso a comida com facilidade, o sistema free stall foi bastante recomendado e se tornou uma prática popular entre os produtores (MOTA et al., 2017).


Free stall


Silvipastoril


O silvipastoril fundamenta-se na combinação promissora de árvores, pastagem e rebanho em uma mesma área e ao mesmo tempo, manejados de forma integral, onde a finalidade é de aumentar a produtividade por unidade de área, buscando trazer mais lucratividade, menos mão de obra e mais recursos naturais, preconizando a diminuição da degradação do solo para recuperar sua capacidade produtiva (GEHRKE et al., 2022).


Devido as melhoras na pastagem, vai haver um aumento da matéria seca, da energia e dos minerais, o que leva ao acréscimo de duas a cinco vezes na produção de carne e principalmente na produção de leite (RIVERA-HERRERA 2017). O conforto térmico no sistema silvipastoril pode caracteriza-se pela presença da pastagem, dos arbustos com folhas comestíveis e das árvores com a mesma característica.


Em decorrência disso, o conforto térmico é proporcionado pelo bloqueio da incidência de radiação solar, além da melhoria nutricional, da condição corporal e da saúde dos animais, e por último e não menos importante, o aumento de predadores de ectoparasitas e endoparasitas (Broom, 2017).


O fornecimento de sombreamento e conforto térmico para os animais de produção deste sistema, tem sido fatores que tornam ele uma alternativa viável para os produtores de leite. As vacas em lactação têm grande sensibilidade às altas temperaturas do ambiente e quando estão sob estresse diminuem a quantidade e qualidade do leite. Dessa forma, o sombreamento oferecido pelos sistemas silvipastoris favorece o conforto e reduz o estresse térmico de vacas leiteiras, influenciando positivamente nos ganhos da produção (DE SOUSA REIS et al., 2021).


Em resumo, das vantagens que esse sistema oferece, destaca-se: uma melhor capacidade de produção dos animais e, principalmente, das pastagens; o aumento da fertilidade do solo; diminuição da compactação e de erosões do solo; o aumento do consumo de forragem; aumento da fertilidade e do ganho de peso dos animais (SANSON; DOS SANTOS, 2010).


ILPF


 


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Referências


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CAMPOS, A. T.; KLOSOWSKI, E. S. Construções para gado de leite: Instalações para novilhas. Artigo em Hypertexto. Disponível em:< infobibos. com/artigos/zootecnia/constleite/index. htm>. Acesso em: 18 ago. 2023.


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COMPRE RURAL. Produção de leite deverá crescer nos próximos 10 anos. São Paulo, 21 julho 2023. Disponível em: <comprerural.com/producao-de-leite-devera-crescer-nos-proximos-10-anos/>. Acesso em: 08 ago. 2023.


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CRUZ, D. Como prover conforto, bem-estar animal e produtividade na propriedade leiteira. Portal CheckMilk, 02 setembro 2021. Disponível em: checkmilk.com.br/post/como-promover-conforto-bem-estar-animal-e-produtividade-na-propriedade-leiteira/. Acesso em: 09 ago. 2023.


DA SILVA, M. F.; GAMEIRO, A. H. indicadores de sustentabilidade para produção de leite: uma revisão de literatura. Revista Livre de Sustentabilidade e Empreendedorismo, v. 6, n. 5, p. 208-237, set-out, 2021. Disponível em: < relise.eco.br/index.php/relise/article/view/547/550>. Acesso em: 24 ago. 2023.


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MAZZOCO, C. C. Compost-Barn na atividade leiteira. 15 abril 2019. Disponível em: < >. Acesso em: 20 ago. 2023.


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VIANA, E. Sistemas de produção na pecuária leiteira. Viçosa, 18 agosto 2023. Disponível em: < Acesso em: 24 ago. 2023.


ZANIN, A.; FAVRETTO, J.; POSSA, A.; MAZZIONI, S.; ZONATTO, V. C. S. Apuração de Custos e resultado econômico no manejo da produção leiteira: uma análise comparativa entre o sistema tradicional e o sistema free stall. 2015. Revista Organizações Rurais & Agroindustriais on-line, v. 17, n. 4, p. 431-444. Disponível em:< revista.dae.ufla.br/index.php/ora/article/view/1085/503>. Acesso em: 24 ago. 2023.


 


Produção de leite no Brasil: Impactos econômicos, bem-estar animal e sistemas de produção

O cenário da produção de leite no Brasil passou por mudanças significativas nos últimos anos, com previsões de crescimento e desafios relacionados ao bem-estar dos animais e a escolha dos sistemas de produção adequados. Neste artigo, abordaremos as principais questões relacionadas a este setor e como elas impactam a economia e o meio ambiente.

**Produção de leite no Brasil: Um panorama atual**

Segundo dados do Ministério da Fazenda, a produção de leite no primeiro trimestre de 2023 foi de 5,9 bilhões de litros, registrando uma queda de 1,2% em relação ao mesmo período de 2022. Essa redução levanta questões sobre os desafios enfrentados pelos produtores de leite no país, especialmente diante das projeções de crescimento para os próximos 10 anos.

De acordo com o portal Compre Rural, as projeções apontam para um aumento na produção de leite a uma taxa entre 1,7% e 2,7% nos próximos 10 anos, passando dos atuais 34,1 bilhões de litros para 40,5 bilhões no final do período das projeções. Esses números evidenciam a importância de buscar estratégias que garantam o aumento da produção de forma sustentável e em consonância com as necessidades dos animais e do meio ambiente.

**O impacto do aumento da produção de leite no bem-estar animal**

O aumento na produção de leite gera impactos significativos no bem-estar e na qualidade de vida dos animais. Em uma propriedade leiteira, é essencial garantir um ambiente saudável e confortável para que os animais possam expressar seu potencial genético de forma plena. Compreender as necessidades e comportamentos dos animais é fundamental para assegurar o bem-estar em todas as fases da produção, conforme destacado por dos Santos et al. (2021).

É importante ressaltar que, no Brasil, o leite é um dos produtos mais importantes para a economia, com um rebanho leiteiro que figura como o segundo maior do mundo. A cadeia produtiva do leite emprega aproximadamente 4 milhões de pessoas, com produtores presentes em 98% dos municípios brasileiros, conforme informações do portal E-food (2023). Esses números reforçam a relevância do setor leiteiro para a economia do país e a importância de promover estratégias que garantam o seu crescimento sustentável.

**Desafios e perspectivas para a produção de leite no Brasil**

No entanto, o setor de produção de leite no Brasil enfrentou desafios significativos em 2023, com uma grande crise que levou muitos produtores de leite de Santa Catarina a abandonarem a atividade devido a um elevado número de importações de leite. As importações dos lácteos tiveram um crescimento de 212% nos primeiros meses do ano em relação a 2022, o que representou um impacto negativo na remuneração dos produtores, como destacado pelo Sistema Faesc (2023).

Apesar desse cenário desafiador, os produtores que permaneceram na atividade leiteira têm buscado formas de contornar os momentos difíceis por meio de novas tecnologias e inovações. A produção de leite é uma atividade complexa que depende de diversos fatores, incluindo um sistema produtivo bem estruturado e planejado, como ressaltam Lucca e Arend (2020). É essencial encontrar soluções que permitam o crescimento da produção de leite de forma sustentável, garantindo o bem-estar dos animais e a rentabilidade dos produtores.

**Bem-estar das vacas leiteiras: Impactos na produção**

Nas cadeias produtivas do leite, a garantia do bem-estar animal é um desafio importante, especialmente devido aos sistemas intensivos de produção usados em muitas propriedades. O manejo diário inadequado pode resultar em situações que prejudicam os animais, afetando a produção e a qualidade do leite. Por outro lado, um manejo correto pode reduzir o estresse e facilitar a detecção de problemas de saúde, como destacado por Andrioli (2020).

O estresse é um fator negativo que influencia significativamente o bem-estar animal, especialmente o estresse térmico. Vacas submetidas ao estresse térmico apresentam uma redução na ingestão de matéria seca, o que resulta em uma diminuição na produção de leite, conforme apontado por Cruz (2021). Garantir um ambiente confortável e livre de estresse para as vacas é fundamental para preservar o bem-estar e a qualidade de vida desses animais, como destacado por Amaral et al. (2018).

**Desafios do estresse térmico na produção de leite**

Quando a temperatura ambiente excede a zona de conforto térmico, as vacas sofrem estresse calórico, o que afeta diretamente a produção de leite e a reprodução. Vacas com alta produção de leite são mais sensíveis ao calor, o que pode resultar em uma queda significativa na ingestão de alimentos e, consequentemente, na produção de leite, como apontado por Dias (2013). A busca por estratégias que minimizem o estresse térmico é essencial para garantir a produtividade e o bem-estar das vacas leiteiras.

**Sistemas de produção: Escolhas e impactos na pecuária leiteira**

A escolha do sistema de produção é um aspecto crucial na pecuária leiteira, pois impacta diretamente na produtividade, no bem-estar dos animais e na rentabilidade dos produtores. Diferentes sistemas, como compost barn, free stall e silvipastoril, oferecem vantagens e desafios específicos, e a escolha adequada depende das características da propriedade e do rebanho, conforme ressaltado por Da Silva e Gameiro (2021).

Os sistemas de produção de leite estão em constante evolução, com o objetivo de elevar a produtividade e garantir o bem-estar dos animais. Em regiões de clima quente, as modificações no ambiente natural podem ser benéficas para ampliar os desempenhos produtivos, refletindo positivamente no lucro da atividade, como destacado por Oliveira (2020). A busca por sistemas que ofereçam um maior bem-estar para as vacas leiteiras é essencial para garantir a sustentabilidade e viabilidade da pecuária leiteira.

**Conclusão**

A produção de leite no Brasil enfrenta desafios e oportunidades únicas, com impactos significativos na economia, no meio ambiente e no bem-estar dos animais. A busca por estratégias que garantam o crescimento sustentável da produção, aliado ao bem-estar animal e à escolha adequada dos sistemas de produção, é essencial para garantir a viabilidade e rentabilidade desse setor tão importante para o país. A pecuária leiteira deve continuar evoluindo e se adaptando às demandas do mercado e às necessidades dos animais, a fim de garantir um futuro promissor para este segmento.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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Concluindo, a produção leiteira é de extrema importância para a economia brasileira e para a vida de milhões de pessoas. No entanto, os desafios cada vez maiores, como a crise enfrentada em 2023 e a questão do bem-estar animal, exigem atenção e inovação por parte dos produtores. A busca por sistemas produtivos melhores e que garantam o bem-estar dos animais é essencial para garantir a sustentabilidade e a qualidade da produção.

**Perguntas com Respostas:**

## Como o estresse térmico afeta a produção de leite das vacas?

O estresse térmico pode causar uma redução significativa na produção de leite das vacas, diminuindo a ingestão de matéria seca e a produção de leite em até 20%.

### Quais são os impactos da produção leiteira na economia brasileira?

A produção leiteira está entre as atividades mais importantes para a economia do Brasil, empregando cerca de 4 milhões de pessoas e estando presente em 98% dos municípios do país.

#### Quais são os sistemas de produção leiteira mais utilizados?

Alguns dos sistemas de produção leiteira mais utilizados incluem o compost barn, free stall e silvipastoril, cada um com características e benefícios específicos.

##### Como garantir o bem-estar das vacas leiteiras?

Garantir o bem-estar das vacas leiteiras envolve proporcionar um ambiente saudável e confortável, manejo diário adequado e sistemas que permitam uma maior proximidade entre humanos e animais.

###### Qual a projeção de crescimento da produção de leite nos próximos 10 anos?

A projeção indica que a produção de leite deverá crescer a uma taxa entre 1,7% e 2,7% nos próximos 10 anos, passando de 34,1 bilhões de litros em 2023 para 40,5 bilhões no final do período das projeções.

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