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Nutrição bovina: a chave do sucesso

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    Na introdução acima, é estabelecido o tom e a importância do conteúdo do post, que trata do manejo nutricional na pecuária de corte. É mencionado que a eficiência produtiva nessa área é obtida por meio da associação entre genética, sanidade, manejo nutricional e gestão eficiente dos recursos financeiros e humanos. É ressaltado que o manejo nutricional deve ser fundamentado em conhecimentos técnicos e práticas eficientes, visando melhorar a eficiência alimentar dos animais e a eficiência econômica do sistema. Também é mencionado que, devido às diferenças nos sistemas de produção, especialmente no Brasil, é importante considerar diferentes variáveis, como raças de animais, condições climáticas, composição nutricional da dieta, entre outras. Em seguida, são explorados cinco pilares importantes para obter sucesso no manejo nutricional de bovinos de corte: definição do objetivo, planejamento da nutrição, suplementação alimentar, análise econômica e monitoramento.

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    Sumário:

    – Identificação das seções principais
    1. Introdução
    2. Tripé da pecuária de corte: genética, sanidade e manejo nutricional
    3. Importância do manejo nutricional para a eficiência produtiva
    4. Variações na pecuária de corte brasileira
    5. Princípios do manejo nutricional
    6. Pilares para obter sucesso no manejo nutricional dos bovinos de corte:
    6.1. Definição do objetivo do sistema de acordo com a categoria animal
    6.2. Planejamento da nutrição dos bovinos com estimativas da necessidade e disponibilidade
    6.3. Suplementação alimentar para bovinos de corte
    6.4. Manejo nutricional e análise econômica
    6.5. Monitoramento do manejo nutricional

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    Na pecuária de corte, existe um tripé que sustenta e confere dinamismo quando se fala em produção de bovinos, que consiste em genética, sanidade e manejo nutricional. 

    A associação da eficiência desse tripé somada à uma gestão eficiente dos recursos financeiros e das pessoas envolvidas no processo proporciona grande capacidade de obtenção de uma margem de lucratividade satisfatória.

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    Para se obter boa eficiência produtiva é importante que o manejo nutricional de bovinos de corte seja fundamentado em conhecimentos técnicos e aprofundados, revertidos em práticas eficientes de manejo nutricional. Isso permite que sejam adotadas estratégias para melhorar a eficiência alimentar dos animais e também a eficiência econômica do sistema.

     

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    Alimentação combinada com manejo nutricional de gado de corte pode ser considerado um assunto complexo, pois são diferentes variáveis que podem influenciar no sucesso deste manejo. Pensando em pecuária de corte brasileira, o dinamismo na atividade é ainda maior.

    As diferenças nos sistemas de produção variam de região para região, e mesmo de forma regional podem variar muito em função de quantidade de raças de animais utilizadas, condições climáticas e ambientais que mudam ao longo do território nacional, variedade da composição nutricional da dieta utilizada para os animais nos diferentes sistemas, diversidade de forrageiras disponíveis, entre outras variações observadas.

    Os níveis de intensificação de cada sistema, também interferem muito nesse dinamismo. O país apresenta uma diversidade muito grande em tipo e níveis de intensificação dos sistemas, onde é possível observar desde sistemas altamente extensivos, de criações a pasto, como sistemas de ciclo completo com 100% dos animais confinados, recebendo a dieta no cocho.

    Embora todas estas variações citadas, existem alguns princípios que devem ser levados em consideração para se fazer um bom manejo nutricional de bovinos de corte, independente das variáveis como raça, condições climáticas e espécies forrageiras disponíveis. 

    Aqui, vamos explorar 5 pilares importantes para obter sucesso no manejo nutricional dos bovinos de corte.

    1. Definição do objetivo do sistema de acordo com a categoria animal

    O manejo nutricional adotado no sistema deve estar alinhado com os objetivos almejados para cada categoria. Os requerimentos nutricionais dos animais quanto aos nutrientes como proteína, energia, minerais e vitaminas variam conforme a categoria animal e também quanto a meta de desempenho produtivo.

    Os bezerros, por exemplo, estão em uma fase onde o tipo de ganho é predominantemente o desenvolvimento dos tecidos musculares e ósseos, necessitando de uma dieta com níveis de proteína e minerais superiores às dietas dos animais mais erados, que por sua vez precisam de uma dieta mais energética, por estarem em uma fase onde o crescimento do esqueleto e desenvolvimento dos músculos já estão mais estabilizados e o aumento de deposição de tecido adiposo (gordura) torna-se mais acentuado.

    Isso implica em planejar uma alimentação com os níveis adequados de nutrientes para garantir a efetividade do bom desempenho dos animais, sem contudo, perder eficiência econômica, seja pela falta de fornecimento de nutrientes, o que impossibilita o ganho de peso desejado, ou pelo excesso de nutrientes na alimentação, provocando aumento no custo de produção e desperdício de dinheiro.

    Além dos objetivos traçados por exigências específicas de cada categoria, estabelecer o objetivo de ganho da categoria também é fundamental, desmamar bezerros com 240 kg, por exemplo, ou obter ganhos de 1,2 Kg por dia na engorda, são objetivos importantes de serem traçados em cada categoria.

    2. Planejamento da nutrição dos bovinos com estimativas da necessidade e disponibilidade

    Quando se fala em bovinos mantidos a pasto, a qualidade e a quantidade da forragem estão entre os principais fatores que influenciam a produtividade animal. As plantas forrageiras são responsáveis por fornecerem energia, proteína, minerais e vitaminas aos animais em pastejo com um baixo custo alimentar.

    Contudo, estas estão sujeitas à estacionalidade de produção, apresentando boa qualidade e produtividade durante o período das chuvas, mas com perdas quantitativas e qualitativas durante os períodos secos do ano, como ilustrado na imagem.

    Produção forrageira ao longo do anoA imagem representa a sazonalidade de produção forrageira em algumas regiões do Brasil, acompanhando as estações de seca e chuva.

    Quando os bovinos não têm disponibilidade de pastagens com níveis mínimos de fibra e nutrientes, o desempenho produtivo destes animais é comprometido. Neste cenário, a probabilidade de que ao final do ciclo produtivo os animais não tenham apresentado o desempenho satisfatório é alta, o que provoca impacto negativo sobre a rentabilidade do sistema.

    Para que isso não aconteça, é fundamental o planejamento nutricional antes do início do ciclo produtivo, para garantir que os níveis mínimos de nutrientes alimentares sejam oferecidos aos animais para atender suas exigências e o animal continue ganhando peso durante o período estabelecido.

    Dessa forma, permite-se que os animais possam apresentar o desempenho satisfatório para que os objetivos produtivos e econômicos do sistema sejam alcançados.

    Em um bom manejo nutricional, busca-se em geral maximizar a produção biológica e/ou econômica para determinado cenário socioeconômico, minimizar custos produtivos e garantir a sustentabilidade do sistema.

    Manejo nutricional de gado de corteFonte: acervo pessoal de Paulo Eugênio, coordenador de consultoria do Rehagro. 

    Durante o período de maior disponibilidade de forragem, podemos utilizar de suplementação também, diferente do período seco, onde além de corrigir as deficiências nutricionais das pastagens, aumentamos o consumo do capim mais seco.

    Durante as águas, o pensamento é em maximizar os ganhos, ganhar ainda mais desempenho no período onde as pastagens são favoráveis, a conta não é simples, e não devemos simplesmente suplementar para ganhar mais, a estratégia deve compor um planejamento global e ser rentável economicamente.

    3. Suplementação alimentar para bovinos de corte

    Em função da estacionalidade produtiva das pastagens, estratégias alimentares que ajudem a sanar este problema devem ser adotadas, entre elas está a suplementação.

    Bons resultados produtivos podem ser obtidos com a utilização da suplementação quando ela é realizada com um bom planejamento e apresenta coerência com a categoria animal e com o ganho desejado. É preciso estar atento, pois este cenário pode mudar em função de alguns fatores, como:

    • Disponibilidade e qualidade de forragem;
    • Categoria animal;
    • Mercado (para compra de insumos, animais e valor pago pela arroba vendida do animal);
    • Custo dessa suplementação.

    Critérios que devem ser observados para suplementar:

    • Objetivo produtivo;
    • Raça e categoria animal;
    • Disponibilidade e qualidade de pastagens;
    • Quantidade e valor nutricional do suplemento;
    • Tempo de suplementação;
    • Preço pago pela arroba;
    • Custo x benefício do suplemento. Além de recursos físicos, como cochos e disponibilidade de mão de obra capacitada;
    • Logística da propriedade;
    • Infraestrutura, cocho, galpão, fábrica, etc.

    Manejo nutricional de gado de corteFonte: acervo pessoal do Esp. Cristiano Rossoni, consultor e coordenador de cursos do Rehagro.

    É importante ressaltar que independente do tipo e nível de suplementação adotado, o objetivo desta estratégia deve ser sempre garantir a utilização eficaz da forragem e seus nutrientes pelos animais, potencializando o desempenho individual e aumentando a produção por hectare.

    Ao se analisar o fator custo alimentar, os nutrientes obtidos através das forrageiras é consideravelmente inferior ao da suplementação, o que ressalta a importância da boa eficiência do pastejo.

    Utilize estratégias de suplementação, também, para garantir sucesso em estratégias pontuais, como preparar novilhas para a estação de monta, desmamar bezerros, dentre outros.

    Webinar Suplementação a pasto

    4. Manejo nutricional e análise econômica

    Outro fator importante para se estabelecer o manejo nutricional dos animais, é a realização de uma análise sobre a viabilidade econômica. Não adianta fornecer alimentação diferenciada aos animais, garantindo bom desempenho, se ela não apresentar custo benefício favorável ao sistema. Em outras palavras, a produtividade animal tem que pagar o investimento realizado com a suplementação.

    Por exemplo, em um sistema de cria onde a disponibilidade de forragens não atende aos requerimentos nutricionais das vacas em determinado período do ano, elas precisarão ser suplementadas.

    Antes de qualquer decisão, deve-se realizar a análise da viabilidade econômica e o custo benefício da adoção desta estratégia. Isso pode ser realizado de diferentes maneiras, dentre elas, uma análise onde são levados em conta parâmetros como custo do suplemento, o tempo de suplementação e as taxas de desmame conseguidas (kg de bezerro desmamado/vaca/ano).

    Somente através dessa análise e planejamento será possível garantir que o sistema apresente índices produtivos adequados com rentabilidade satisfatória.

    Ressalva importante é que não devemos levar em conta somente os custos diretos com o suplemento, seja ele concentrado ou volumoso, os cálculos devem ser amplos levando em consideração, toda a logística e a operação envolvida no programa nutricional.

    5. Monitoramento do manejo nutricional

    Sabe-se que produzir, entender, monitorar e controlar dados em uma empresa é fundamental para o sucesso do negócio. Na bovinocultura de corte isso não é diferente, principalmente quando se observa as margens de lucro, cada vez mais reduzidas na atividade.

    Gado comendo no cochoFonte: acervo pessoal de Paulo Eugênio, coordenador de consultoria do Rehagro.

    Sendo assim, após um bom planejamento nutricional com a realização de estudos e análises que demonstram a viabilidade da estratégia, é fundamental o monitoramento da mesma ao longo de sua execução.

    Isso permitirá que durante a execução desse manejo, caso aconteça algum desvio como, por exemplo, desempenho produtivo insatisfatório, seja possível avaliar a causa do problema e também uma intervenção que o sane e possibilita que se tenha sucesso no final do ciclo produtivo.

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    Na pecuária de corte, existem alguns aspectos fundamentais que contribuem para a produção de bovinos e garantem a eficiência do sistema. Esses aspectos são a genética, a sanidade e o manejo nutricional. Quando combinados de forma eficiente e aliados a uma gestão financeira e de recursos humanos eficiente, eles têm o potencial de gerar uma margem de lucro satisfatória.

    Para garantir uma boa eficiência produtiva, é essencial que o manejo nutricional dos bovinos de corte seja baseado em conhecimentos técnicos aprofundados, que sejam convertidos em práticas eficientes. Isso permite a adoção de estratégias que melhorem a eficiência alimentar dos animais e também a eficiência econômica do sistema como um todo.

    A pecuária de corte no Brasil é bastante dinâmica, apresentando diferenças nos sistemas de produção de uma região para outra. Além disso, há variações dentro de uma mesma região devido à quantidade de raças de animais utilizadas, às condições climáticas e ambientais, à composição nutricional da dieta e à diversidade de forrageiras disponíveis. Além disso, os níveis de intensificação de cada sistema também influenciam essa dinâmica.

    Apesar dessas variações, existem alguns princípios fundamentais que devem ser considerados no manejo nutricional de bovinos de corte, independentemente das variáveis mencionadas anteriormente. A seguir, exploraremos 5 pilares importantes para obter sucesso nesse manejo.

    1. Definição do objetivo do sistema de acordo com a categoria animal: O manejo nutricional deve ser adequado aos objetivos específicos de cada categoria animal. Os requerimentos nutricionais variam de acordo com a fase de vida do animal e também com a meta de desempenho produtivo. Por exemplo, os bezerros têm necessidades nutricionais diferentes dos animais adultos, portanto, a dieta deve ser adequada a cada categoria.

    2. Planejamento da nutrição dos bovinos com estimativas da necessidade e disponibilidade: Para animais mantidos a pasto, a qualidade e quantidade de forragem são fatores determinantes para a produtividade. Durante o período de chuvas, a disponibilidade de forragem é maior, mas durante os períodos secos do ano, essa disponibilidade é reduzida. Portanto, é necessário um planejamento nutricional para garantir que os animais recebam os nutrientes adequados durante todo o ciclo produtivo.

    3. Suplementação alimentar para bovinos de corte: Devido à sazonalidade produtiva das pastagens, é importante adotar estratégias de suplementação alimentar. No entanto, isso deve ser feito com planejamento e coerência com a categoria animal e com os objetivos de ganho de peso. Além disso, é necessário considerar fatores como a disponibilidade e qualidade de pastagens, o mercado e o custo da suplementação.

    4. Manejo nutricional e análise econômica: Antes de adotar qualquer estratégia de manejo nutricional, é importante realizar uma análise da viabilidade econômica. Deve-se avaliar se o investimento realizado na suplementação será compensado pelo desempenho produtivo dos animais. Isso envolve considerar o custo do suplemento, o tempo de suplementação e a taxa de desmame obtida.

    5. Monitoramento do manejo nutricional: Para garantir o sucesso do manejo nutricional, é essencial realizar um monitoramento constante dos dados e informações da produção. Isso é fundamental para tomar decisões assertivas e garantir a eficiência do sistema como um todo, especialmente quando se leva em consideração as margens de lucro cada vez mais reduzidas na pecuária de corte.

    Seguindo esses pilares e adotando as estratégias adequadas, é possível obter um manejo nutricional eficiente na pecuária de corte. Isso proporcionará um melhor desempenho dos animais, redução de custos e maior lucratividade para o produtor. É importante ressaltar que cada sistema de produção tem suas particularidades e é necessário adaptar as estratégias de manejo nutricional de acordo com as características específicas de cada propriedade.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Conclusão:

    A pecuária de corte é uma atividade que exige um trabalho completo e bem planejado, especialmente quando falamos sobre o manejo nutricional dos bovinos. Para obter sucesso nesse aspecto, é essencial considerar cinco pilares importantes: definição do objetivo do sistema de acordo com a categoria animal, planejamento da nutrição dos bovinos com estimativas da necessidade e disponibilidade, suplementação alimentar, análise econômica e monitoramento constante.

    Perguntas e Respostas:

    1. Por que é importante definir o objetivo do sistema de acordo com a categoria animal?

    É importante definir o objetivo do sistema de acordo com a categoria animal para garantir que as necessidades nutricionais de cada animal sejam atendidas de forma adequada. Os requerimentos nutricionais variam de acordo com a fase de vida do animal e com os objetivos de desempenho produtivo.

    2. Qual a importância do planejamento da nutrição dos bovinos com estimativas da necessidade e disponibilidade?

    O planejamento da nutrição dos bovinos com estimativas da necessidade e disponibilidade é fundamental para garantir que os animais recebam os nutrientes necessários para um bom desempenho produtivo. Além disso, o planejamento permite antecipar possíveis deficiências nutricionais durante períodos de menor disponibilidade de forragem.

    3. Como a suplementação alimentar pode auxiliar no manejo nutricional dos bovinos de corte?

    A suplementação alimentar é uma estratégia que pode ser adotada para suprir as deficiências nutricionais das pastagens, especialmente durante períodos de menor disponibilidade de forragem. A suplementação deve ser planejada de acordo com a categoria animal e com os objetivos de desempenho produtivo, levando em consideração a disponibilidade e qualidade das pastagens, o mercado e o custo benefício da suplementação.

    4. Qual a importância da análise econômica no manejo nutricional dos bovinos de corte?

    A análise econômica é importante para garantir que o investimento realizado com o manejo nutricional seja viável e apresente um retorno favorável ao sistema. É essencial considerar não apenas os custos diretos com a suplementação, mas também a logística e a operação envolvidas no programa nutricional.

    5. Por que o monitoramento do manejo nutricional é fundamental?

    O monitoramento do manejo nutricional permite avaliar o desempenho dos animais e identificar possíveis desvios em relação aos objetivos estabelecidos. O controle e análise de dados são essenciais para garantir a eficiência e a rentabilidade do sistema de produção de bovinos de corte.

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