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Manter o milho secando no campo gera prejuízos

    Manter o milho secando no campo gera prejuizos

    Um dos momentos mais delicados da cultura do milho, a colheita deve ser planejada com antecedência e feita o quanto antes, pois manter a planta no campo deixa os grãos desprotegidos e expostos a condições ambientais adversas. A próxima etapa, a secagem, é necessária para reduzir a umidade do milho, que deve ficar entre 12% e 14% (bu), sem umidade e gradiente de temperatura, percentual ideal para armazenamento.

    A secagem dos grãos pode ser feita de duas maneiras. A secagem no campo, ainda a mais utilizada, ocorre naturalmente e depende da radiação solar. Porém, o prolongamento desse período também deixa a planta vulnerável a condições climáticas indesejáveis, ao ataque de insetos, fungos e perda de matéria seca, que reduzem a qualidade dos grãos e levam a perdas na produtividade.

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    Além disso, essas condições e a leitura da umidade média do milho não são eficientes o suficiente para obter a umidade ideal, pois não verifica as extremidades inferior e externa do grão. Arci Mendes, consultor de agronegócio, explica que há variações dentro do grão. “Existe uma falsa verdade no mercado, que umidade de 12% a 14% é alcançada naturalmente no campo. O grão é um ser vivo que respira e libera não só carbono, mas também nutrientes no ar, por isso o milho seco naturalmente, no campo, é impróprio para algumas finalidades e desinteressante para a indústria alimentícia”. O especialista afirma que não há um período definido para a secagem das espigas no campo. “Esse tempo depende de fatores como variedade, massa vegetal, clima e até mesmo a pressão para limpar o campo para o plantio da próxima safra”.

    A outra prática de secagem é a utilização de secadores artificiais de grãos, que aceleram o processo de perda de água, conservando o produto por até mais de um ano em perfeitas condições. De 20% a 30% da produção nacional de milho é submetida a equipamentos de secagem artificial, segundo estimativa da Embrapa, de 2015, e vem ganhando cada vez mais espaço. Com experiência na área, Mendes considera que os secadores convencionais, em geral, não fazem um bom trabalho. “Na maioria dos equipamentos há uma demora na secagem, quando o grão é aquecido por muito tempo pode queimar e perder nutrientes, como amido e proteínas”.

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    Uma alternativa que vem conquistando o setor produtivo são os secadores tecnológicos de alta performance da Dryeration, que conseguem retirar rapidamente a umidade dos grãos, permitindo uma secagem uniforme e preservando a qualidade original dos grãos. Mendes faz uma comparação com uma queimadura na pele, que deve ser resfriada para evitar que atinja camadas mais profundas e cause menos danos. “A tecnologia de secagem aquece o grão tão rapidamente que a umidade interna é retirada antes que o interior aqueça ou queime. A água é retirada e o grão logo esfria, promovendo uma migração de dentro para fora para curar o exterior e trazer equilíbrio.”

    Para atingir esse diferencial de excelência, o especialista em sistemas de secagem de grãos e fundador da Dryeration, Otalício Pacheco da Cunha explica que a tecnologia utilizada torna a velocidade de secagem até cinco vezes mais rápida que os equipamentos convencionais. “Conseguimos reduzir até 10 pontos percentuais de umidade por hora, além de oferecer eficiência térmica e energética”, resume.

    Estudado para entender como funciona o grão atacado pelo calor, Cunha lidera o desenvolvimento de um portfólio de opções que garantem um sistema moderno e eficiente de processamento de grãos, produzidos com tecnologia 100% nacional. Com capacidade de produção de 10 ton/h a 300 ton/h, possuem como diferencial, um eficiente Estabilizador de Gás Quente (EGQ). “O secador equilibra o volume e a pressão do ar, proporcionando uma alimentação uniforme e eficiente na câmara de secagem. Com isso, a secagem dos grãos é uniforme. Além disso, um sistema de circulação utiliza o calor do próprio secador para retroalimentar todo o processo. O equipamento também possui um sistema de filtragem dos filmes gerados na secagem, que são encaminhados para queima na forma de reciclagem, como combustível”, detalha Cunha. Projetado para trabalhar ao ar livre, o equipamento também pode ser utilizado com sementes, cereais e oleaginosas.

    Outro diferencial é o Homogeneizador de Massa de Grãos, que elimina a autoclassificação no carregamento de silos ou armazéns de grãos. O equipamento recebe o fluxo de grãos de elevadores ou esteiras transportadoras e fraciona, por gravidade, em várias partes iguais e homogêneas, sem consumir energia elétrica.

    Além disso, atendendo às exigências dos órgãos ambientais, um Sistema de Despoeiramento (DRY-SP), dinâmico e autolimpante, reduz a emissão de particulados em mais de 90%. O equipamento conta ainda com abafador de ruídos, incômodo comumente presente na rotina dos trabalhadores das Unidades de Beneficiamento e Armazenamento de Grãos (UBAG).

    Todos os produtos da Dryeration, empresa de 43 anos com sede em Cachoeirinha (RS), são fabricados em chapa de aço galvanizada e perfurada, o que ajuda a reduzir o tempo de secagem. O equipamento é de fácil instalação e operação, atendendo indústrias, cooperativas, lavouras e fábricas que trabalham com processos de pós-colheita, obtendo excelentes resultados, inclusive, com soja, arroz e feijão in natura da roça.



    Fonte: Agro