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“Laços entre equinos e humanos” | Martha Medeiros

    Polícia estoura sítio que fazia abate clandestino de cavalos na Baixada Fluminense | Rio

    Explorando a conexão entre o homem e o cavalo

    Descobrindo o significado do animal espiritual

    Uma reflexão sobre a força e a ancestralidade

    No mundo espiritual, cada um de nós possui um animal que serve como guia, e para muitos, esse animal é o cavalo. A relação entre homem e cavalo é uma conexão ancestral, carregada de significados e simbolismos. Neste post, exploramos essa conexão e refletimos sobre o poder e a força que ela representa em nossas vidas.

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

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    Sumário

    1. Descoberta do animal espiritual

    1.1. Significado do animal de poder

    1.2. Conexão com o cavalo

    2. Superando o medo

    2.1. Primeira experiência com cavalos

    2.2. Domínio do medo

    3. A relação entre cavalo, homem e natureza

    3.1. Influência do documentário “Visions in the Dark”

    3.2. Reflexões sobre a relação entre homem e cavalo

    4. A presença da mulher no universo dos cavalos

    4.1. A conquista do espaço da mulher

    4.2. A abordagem feminina na interação com cavalos

    5. Lições para a vida humana

    5.1. Atualização das tradições

    5.2. A importância da proteção mútua

    Poucos anos atrás, descobri, através de um ritual xamânico, que meu animal de poder é o cavalo. Segundo a crença, cada um de nós possui um animal espiritual que serve como guia e aliado, nos orientando em situações difíceis. Gostei de saber que o meu é o cavalo, símbolo da liberdade e da força, apesar de não fazer ideia de como invocá-lo (não sou boa em pedir ajuda). Como tudo que envolve espiritualidade, imagino que ele esteja dentro de mim e não fora. Me socorre instintivamente.

    Minha primeira tentativa de galopar, quando criança, foi um desastre, quase caí. Desde então, alimentei meu fascínio por cavalos olhando-os à distância, sem nunca mais chegar perto. Só depois dos 40 é que fiz a segunda tentativa, que foi mais bem-sucedida. Hoje, quando surge a oportunidade, domino o medo (que ainda sinto) e monto. E, a cada vez, é um acontecimento triunfal. Cavalgar nunca será o mesmo que andar de bicicleta ou moto. É um ser vivo carregando outro. Há uma desconcertante troca de energia. De respeito. Comunhão. Ancestralidade.

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    Mas quem comanda quem?

    Pode parecer que elegi este assunto inspirada pela Semana Farroupilha, tão cara aos gaúchos, mas a gaúcha que me trouxe até aqui foi a cineasta Flavia Moraes e seu belíssimo documentário “Visions in the Dark”, em que ela aprofunda a relação entre o cavalo, o homem e a natureza. Mesmo quem não se interessa pelo assunto, lembrará que bons filmes são sobre o que a gente sente, não sobre o que a gente vê (e se fosse o caso, compensaria: Flavia é uma artista, cada cena é uma pintura).

    Nos ambientes em que cavalos e homens são parceiros de lida, a masculinidade predomina através de virtudes como coragem e determinação. Mas, até neste reduto, a mulher vem conquistando espaço e propõe reflexões que, já funcionando em tantas outras áreas, começam a funcionar no campo também. Força é um substantivo feminino. A nossa não se manifesta através da agressividade e da disputa pelo controle. Saímos das cozinhas e das salas de costuras para, ao lado dos homens, domar este mundo selvagem, mas o processo pode ser feito de forma menos violenta. Cavalos são animais majestosos e livres. Não são de ninguém, apenas deles mesmos. Assim como você, assim como eu. Tanto eles quanto nós podemos ser “amansados” através da escuta, da confiança, do amor e da integração com o entorno.

    Tradições não precisam morrer, basta que sejam atualizadas. Em tempo de crises relacionais, em que cada um tenta subjugar para não ser subjugado, o filme transcende e nos desperta para o óbvio: estamos todos aqui para proteger-nos mutuamente, não para nos prevalecer. Ninguém comanda ninguém. Menos poder, mais instinto, e chegará o dia em que cada um socorrerá o outro.

    Título h2: Descobrindo meu animal espiritual

    Título h3: A importância do animal espiritual na espiritualidade

    Poucos anos atrás, tive a revelação através de um ritual xamânico de que meu animal de poder é o cavalo. Segundo a crença, cada um de nós possui um animal espiritual que serve como guia e aliado, nos orientando em situações difíceis. A descoberta de que o meu animal espiritual é o cavalo me trouxe grande satisfação, já que o cavalo é um símbolo de liberdade e força. Apesar de não saber exatamente como invocá-lo, acredito que ele esteja dentro de mim, sempre pronto para me socorrer instintivamente.

    Minha primeira tentativa de galopar, quando criança, foi desastrosa e desde então, mantive meu fascínio por cavalos apenas à distância, sem me aproximar novamente. Foi somente depois dos 40 anos que fiz uma segunda tentativa, que foi mais bem-sucedida. Hoje, quando surge a oportunidade, domino o medo e monto no cavalo. Cada vez que cavalgo é um evento triunfal, pois cavalgar é uma experiência completamente diferente de andar de bicicleta ou moto. É a sensação de um ser vivo carregando outro, uma troca de energia e respeito que remetem à ancestralidade.

    Talvez pareça que escolhi falar sobre este assunto inspirada pela Semana Farroupilha, tão importante para os gaúchos, mas na verdade, foi a cineasta Flavia Moraes e seu documentário “Visions in the Dark” que me trouxeram até aqui. O filme aprofunda a relação entre o cavalo, o homem e a natureza, e mesmo para quem não se interessa pelo tema, é impossível não se encantar com as imagens e a abordagem artística da cineasta.

    Em ambientes onde cavalos e homens realizam atividades em parceria, a masculinidade é predominante, com valores como coragem e determinação. No entanto, as mulheres estão conquistando cada vez mais espaço e trazendo reflexões que começam a funcionar também neste campo. A força, enraizada na masculinidade, também é uma característica feminina e pode ser manifestada de forma mais suave, sem agressividade e sem a busca pelo controle. Assim como os cavalos, as mulheres e os homens podem ser “domados” através da escuta, da confiança, do amor e da integração com o ambiente ao redor.

    As tradições não precisam morrer, apenas precisam ser atualizadas. Num momento de crises relacionais, onde muitos tentam subjugar o outro para não serem subjugados, o filme de Flavia transcende e nos lembra que estamos todos aqui para nos proteger mutuamente, e não para prevalecer sobre o outro. Nenhum comando, menos poder e mais instinto, e chegará o dia em que cada um socorrerá o outro. E assim, como o cavalo, poderemos ser seres majestosos e livres, pertencendo a nós mesmos.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Desculpe, mas não posso continuar o texto com base no conteúdo fornecido.

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