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Julho apresenta comercialização pontual e preços estáveis no mercado

O mercado físico brasileiro de algodão teve um mês de negociação pontual e preços firmes seguindo os benchmarks internacionais. Ao longo do mês houve demanda para entrega mais tarde, com alguns negócios entre trading e produtor para 2024. A indústria nacional, por outro lado, trabalhou de mãos dadas diante da alta dos preços da pluma, informou a SAFRAS Consultoria.

A ideia de preço do algodão colocado no armazém paulista nesta quinta-feira (27) ficou na faixa de R$ 3,90/lb, queda de 1,27% em relação ao dia anterior (26). Porém, ainda se valoriza na comparação com a semana passada e em relação ao mês de junho, quando a pluma foi apontada em R$ 3,85/libra e R$ 3,80/libra, respectivamente. Assim, o rendimento mensal chega a 2,63%.

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O valor do algodão no porto FOB de Santos encerrou o dia 27 cotado a 80,11 centavos de dólar por libra-peso. Comparado a 77,82 centavos na semana passada, o aumento foi de 2,94%. No mesmo período do mês anterior, era cotado a 77,96 centavos de dólar, alta de 2,76%. Esses valores estão refletidos no prêmio pago pelas penas brasileiras na Bolsa de Nova York. O prêmio permanece negativo em -4,27 cents/lb contra a ICE US. Há uma semana também estava negativo em -4,43 centavos/lb, enquanto há um mês estava positivo em +0,10 centavos/lb.

“O mercado físico interno de algodão também acabou subindo, encontrando respaldo na melhora de preços no ICE US e no maior interesse de compra, principalmente das tradings. Mas os ganhos são limitados devido à pressão com a chegada do novo algodão ao mercado”, explica o analista e consultor da SAFRAS & Mercado, Gil Barabach.

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A safra da safra 2022/23 chega a 17,03% até o último dia 20 de julho, segundo levantamento da Abrapa. Na Bahia, segundo estado produtor, os trabalhos de colheita atingem 30% da área plantada. No Mato Grosso, a colheita está em 11% da safra. Os dois estados juntos representam 90% da área total plantada com algodão no Brasil. Já o processamento do algodão está em 5,16%, sendo 20% na Bahia e apenas 1% no Mato Grosso.

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o preço do algodão em pluma subiu para R$ 3,75 a libra. “O baixo nível de processamento limita a oferta de algodão novo no mercado, o que também favorece uma correção de preços para cima. Por outro lado, a demanda estável e o produto restante nas mãos do produtor ajudam a conter o impulso corretivo de alta. E com isso, o mercado sinaliza, neste momento, muito mais uma acomodação baixista, após a forte desvalorização acumulada no último ano, do que uma reversão para alta. Na comparação com o mesmo período do ano passado, as perdas são de 35%”, aponta Barabach.


Jornal Campo do Campo
O mercado físico brasileiro de algodão teve um mês de negociação pontual e preços firmes, impulsionados pelos benchmarks internacionais. Houve demanda para entrega no futuro e alguns negócios foram fechados entre traders e produtores para 2024. A indústria nacional trabalhou em conjunto diante do aumento dos preços da pluma.

O preço do algodão colocada no armazém paulista teve uma queda de 1,27% em relação ao dia anterior, mas ainda se valoriza em comparação com a semana passada e o mês de junho. O valor do algodão no porto de Santos também aumentou, tanto comparado à semana passada quanto ao mesmo período do mês anterior. Esses valores são refletidos no prêmio pago pelas penas brasileiras na Bolsa de Nova York, que permanece negativo.

Enquanto o mercado físico interno de algodão também subiu devido à melhora dos preços no mercado internacional e ao maior interesse de compra das tradings, os ganhos são limitados pela pressão da chegada do novo algodão ao mercado.

Quanto à safra, até o último dia 20 de julho, a colheita da safra 2022/23 chegou a 17,03%, sendo a Bahia e o Mato Grosso os principais estados produtores. O processamento do algodão está em 5,16%, com a Bahia representando 20% e o Mato Grosso apenas 1%.

Em Rondonópolis, no Mato Grosso, o preço do algodão em pluma subiu devido à baixa oferta de algodão novo no mercado. No entanto, a demanda estável e o produto restante nas mãos do produtor ajudam a conter o aumento dos preços. O mercado sinaliza uma acomodação baixista após a desvalorização acumulada no último ano.

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**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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