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José Vitor Leme tem liderança do ranking PBR Team Series ameaçada

    Jose Vitor Leme tem lideranca do ranking PBR Team Series

    Com o sucesso de competidores brasileiros no PBR e PRCA Rodeos nos Estados Unidos, muitos atletas do Brasil têm em mente a realização de um sonho: competir em solo americano. No entanto, para atingir esse objetivo, é preciso percorrer um longo caminho desde a parte burocrática do visto até encontrar um lugar para ficar e, finalmente, concorrer.

    Visto

    O primeiro passo para poder competir nos Estados Unidos é tirar o passaporte na Polícia Federal mais próxima e depois a parte mais complexa: tirar o visto.

    Patrocinadores

    Existem diferentes tipos de vistos, pensados ​​para os mais variados fins de viagem: B1 e B2 – destinados a turismo e negócios e P1 – para atletas.

    Os vistos B1 e B2 são válidos por 10 anos, mas o passageiro pode permanecer no destino por apenas 6 meses, com obrigação de retorno. Nesse modelo de visto, o passageiro pode até competir em competições internacionais, mas não pode ter ganho financeiro, pois isso deve ser declarado.

    Patrocinadores

    Segundo Monica Bedani Amá, da agência Mônica Viagensrecomenda-se que o atleta obtenha primeiro o visto B1 ou B2 e, após estar nos Estados Unidos, altere o status de seu visto para P1.

    Como tirar o visto?

    O processo para obtenção do visto é complexo e, no momento, muitos atletas acabam tendo sua entrada nos EUA barrada. Para obter o visto, você precisa comprovar, por meio de documentos, que possui vínculo com o Brasil e, como tal, pretende retornar em data específica.

    Essa comprovação ocorre por meio do registro na Carteira de Trabalho – comprovando que você tem um emprego fixo, um bom salário e uma casa ou carro em seu nome. “Esse é o principal erro dos atletas que querem competir no exterior e estão em busca de visto. Muitos não têm emprego fixo, salário e por serem de origem humilde, não possuem nenhum patrimônio em seu nome. Diante dessa realidade, a possibilidade de ter o visto negado é iminente”, explica Mônica.

    Ainda de acordo com Mônica, todos os detalhes são analisados, por isso é necessária a ajuda de um assessor, para que você não esqueça nenhuma informação ou até mesmo cometa algum erro bobo, o que pode resultar em negação. Se o atleta teve um negativo, ele pode tentar novamente no dia seguinte, corrigindo os erros que o levaram a receber o não.

    Passaporte P1 para atletas

    O segundo passo após a obtenção do passaporte B1 ou B2 é a obtenção do P1, destinado aos atletas que participarão de competições com remuneração financeira. Nessa modalidade, Mônica explica que é necessário contratar um advogado de imigração. “Essa contratação é necessária, pois o atleta deve comprovar toda a sua vida atlética por meio de documentos. Não é possível obter este visto sem a ajuda deste profissional”.

    Essa comprovação é realizada por meio de documentos que atestam a carreira do atleta, como posição no ranking de uma associação, títulos, ganhos financeiros com vitórias, assuntos que ele possa ter participado, enfim, tudo que possa comprovar que o peão realmente compete .

    “Esta é uma fase que precisa ser feita com muito cuidado. O atleta precisa documentar desde o início da carreira e nada pode ficar para trás. Além disso, o atleta precisa de um patrocinador, uma empresa jurídica que terá sua logomarca estampada na camisa do atleta”, enfatiza. Essa é uma parte muito importante, pois, segundo Mônica, a empresa precisa ter toda a documentação em dia, regularizada, para que possa ter validade na embaixada.

    Outro documento necessário é uma carta de um atleta de renome, que já está participando de competições nos Estados Unidos, atestando que o candidato é atleta, possui rendimentos e é filiado a uma associação. “Esse atleta também precisa ser uma pessoa de renome, para que a carta seja válida”, diz Mônica.

    ficar nos Estados Unidos

    Não basta comprar a passagem, tirar o visto e viajar, é preciso ter em mente onde vai ficar, treinar e, principalmente, com quais animais vai treinar. Em Burleson, Texas, o brasileiro Frederico Werneck possui um imóvel projetado especificamente para isso, para abrigar atletas brasileiros que queiram competir nos EUA.

    O Werneck Ranch foi lançado em 2006, e a ideia surgiu depois que o looper encontrou uma grande lacuna no mercado. Os competidores que queriam vir aos Estados Unidos para participar das corridas não encontravam animais competitivos. “Aqui não é igual ao Brasil, onde criamos vários animais. Aqui dois, três são criados e são tratados como membros da família”, comenta.

    Diante dessa lacuna no mercado, Werneck decidiu adquirir alguns animais para competições, com exemplares de diferentes categorias e para diversas modalidades, para oferecer aos brasileiros que quisessem ir aos EUA competir. “Busquei bons animais, porque aqui, culturalmente, o dono dos cavalos ganha uma porcentagem do prêmio”. Assim nasceu o Werneck Ranch, uma propriedade que abriga concorrentes estrangeiros que querem “ganhar a vida” em solo americano.

    Ao longo dos anos, a propriedade recebeu nomes de destaque no cenário nacional e internacional, e atualmente recebe em média 10 alunos por mês, oferecendo moradia e animais para treinamento e competição.

    grande pesquisa competir em solo americano

    É grande o número de brasileiros que buscam “um lugar ao sol” nas competições americanas. Segundo Mônica, por dia, ela recebe cerca de 10 atletas que querem competir nos Estados Unidos e destes, entre 3 e 4 só conseguem.

    “É preciso estar atento a todos os detalhes para conseguir o visto e ter a chance de realizar seu grande sonho de competir nos Estados Unidos”, conclui.

    Por Camila Pedroso. Escrita de Cavalus

    Fotos: arquivo pessoal

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    Fonte: Agro