Pular para o conteúdo

Inserção de novas tecnologias imprime mais produtividade e sustentabilidade no agronegócio

Patrocinadores

O agronegócio brasileiro torna-se mais produtivo com a inserção de novas tecnologias nos diferentes elos da cadeia e criadas na indústria, por produtores rurais, universidades, institutos de pesquisa ou oriundos de startups. Essas inovações também contribuem para aumentar a conservação ambiental e reduzir o impacto das mudanças climáticas.

“Estamos vivenciando uma integração de duas áreas do conhecimento: telecomunicações e ciências agrárias e agrícolas. E, com certeza, a soma desses dois saberes está criando algo muito maior”, disse Ana Helena de Andrade, presidente da ConectarAGRO, durante o painel Agribusiness: Technology and Integration, do 21º Congresso Brasileiro de Agronegócios, organizado pela ABAG – Associação Brasileira fazer Agronegócio. Agronegócios, em parceria com a B3 – bolsa de valores brasileira, que acontece nesta segunda-feira, 1º de agosto, em formato híbrido, e discute o tema Integrar para Fortalecer. Acompanhe a transmissão em tempo real, via Internet, através do site oficial.

Patrocinadores

Ela explicou que as áreas rurais têm cobertura de telecomunicações inferior a 15%, enquanto nas cidades a cobertura é de 98%. “Muitas vezes, a fazenda tem internet na sede, mas a produção não acontece perto desse local”, avaliou. Para ela, a tecnologia 5G será revolucionária na agricultura, pois tornará o 4G viável para todos os agricultores.

No painel moderado por Celso Moretti, presidente da Embrapa, Renato Ribeiro Rodrigues, assessor da Rede ILPF, destacou que a agricultura tem o poder de reverter as mudanças climáticas. Para exemplificar essa afirmação, ele disse que se metade da área de pastagens, com algum nível de degradação, aplicasse a Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) seria possível gerar entre US$ 10 a US$ 20 bilhões por ano em créditos de carbono. . E, se a totalidade fosse convertida, seria possível neutralizar as emissões de todo o país.

Para ele, o Brasil tem muita tecnologia de produção, condições climáticas favoráveis ​​e uma importante política ambiental, que é o Plano ABC+. Ele explicou sobre o mercado regulado de carbono e o mercado voluntário, e disse que o agro não tem sido fortemente considerado em ambos os mercados, porque há uma complexidade de medição, diferentemente da indústria, onde o ambiente é controlado.

Patrocinadores

Luis Pogetti, presidente do Conselho de Administração do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), citou dois grandes desafios para a humanidade: conter o aquecimento global e seus impactos e lidar com a crescente demanda por alimentos no mundo, especialmente nas regiões mais carentes de salário. “Esta é uma grande oportunidade para o Brasil ser protagonista de uma agenda construtiva. A agricultura, com a aplicação da tecnologia, é capaz de produzir energia limpa e desenvolver a produtividade agrícola sem impactar o aquecimento global, mas para isso a agricultura brasileira precisa ganhar produtividade em velocidade cada vez maior”, afirmou.

No caso da cana-de-açúcar, Pogetti destacou que o objetivo é dobrar a produtividade dos canaviais até 2035. “É absolutamente necessário participar como protagonista dessa agenda de combate ao aquecimento global”. Para isso, o Centro vem trabalhando em três frentes de pesquisa, como a criação de sementes sintéticas de cana-de-açúcar e a realização de cruzamentos de milhares de espécies.

Sobre mobilidade, ele analisou que não haverá uma receita única de bolo para todos. “Será necessário explorar as características específicas e vantagens competitivas de cada região”, ponderou. O etanol, por exemplo, hoje tem a mesma intensidade de carbono de um carro movido a bateria se for abastecido com energia limpa. Se alimentado com energia fóssil, o etanol brasileiro emite 50% menos carbono.

Patrocinadores
Prêmio Norman Borlaug – Sustentabilidade foi entregue a Mariangela Hungria da Cunha

Homenagens ABAG

A ABAG entregou o Prêmio Ney Bittencourt de Araújo – Personalidade do Agronegócio a Arnaldo Jardim, Deputado Federal e idealizador do Fundo de Investimentos do Setor Agropecuário – Fiagro. “Recebo este prêmio com muita alegria e compartilho com os demais parlamentares que se dedicaram no Congresso Nacional a, com orgulho e determinação, defender o setor agropecuário, motor do Brasil. Temos novos desafios pela frente, o que nos move é a certeza de que somos capazes, podemos responder a uma necessidade que é manter o desenvolvimento. Tudo o que a agricultura precisa é de boa política, respeito para que tenhamos segurança jurídica, leis que favoreçam a inovação”.

O Prêmio Norman Borlaug – Sustentabilidade foi concedido a Mariangela Hungria da Cunha, pesquisadora da Embrapa Soja, que destacou o papel da mulher no setor e que lutar de forma justa pela sustentabilidade na agricultura não é fácil. “Desde criança luto pela preservação de rios, oceanos e solos, pelos quais me apaixonei desde criança. A sustentabilidade dá retornos sociais e econômicos, mas exige um investimento de tempo. Agora temos que continuar em outra direção, a microrrevolução verde com o uso de microrganismos e preservação do meio ambiente. Temos vocação e capacidade para produzir mais com cada vez menos. Sem dúvida, o solo representa o ponto de partida do caminho para a segurança alimentar a que todos aspiramos”.

Patrocinadores

Fonte: Conexão Agro

Patrocinadores
Autor