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Índice CEAGESP sobe 5,26% em novembro

    Indice CEAGESP sobe 526 em novembro

    O índice de preços CEAGESP encerrou novembro com alta de 5,26% em relação ao mês anterior. Embora o período tenha encerrado em percentual elevado, o índice de novembro recuou 0,11% em relação a outubro, quando registrou alta de 5,37%. No mesmo período do ano passado, o Índice CEAGESP caiu 0,02%. O indicador registra acumulado de 19,14% no ano e 20,91% em 12 meses. O destaque do período foi o setor de VEGETAIS, que foi o único a apresentar redução média de preços, no acumulado do ano (2022) o setor está em 3,33%, o menor entre todos os setores, e 6. 66 % em 12 meses.

    Em um contexto geral, as variações diárias das condições atmosféricas (sol e chuvas intensas) na capital paulista e a ocorrência de chuvas de granizo em algumas regiões produtoras levaram ao aparecimento de doenças e prejuízos na produção, comprometendo o abastecimento e a qualidade de alguns produtos vendidos no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP).

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    Setorização

    O setor de FRUTAS apresentou um aumento de preços de 5,68%. Dos 38 itens cotados nessa cesta de produtos, 73,68% apresentaram aumento de preços em relação ao mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços da ACEROLA (+37,88%), MARACUJÁ AZEDO (+37,60%), MARACUJÁ DOCE (+33,94%), CARAMBOLA (+24,26%) e CAJU (+17,94%). As principais quedas ocorreram nos preços da MANGA TOMMY ATKINS (-15,94%), JACA (-13,97%), AMEIXA ESPANHOLA IMPORTADA (-9,92%), GOIABA BRANCA (-9,11%) e UVA NIÁGARA (-5,14%).

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    DESTAQUES: A redução na quantidade ofertada de alguns itens do setor, concomitante ao calor nos centros urbanos, culminou no aumento do consumo e pressionou os preços para cima. Dos itens destacados acima, o maracujá azedo, importante item do setor, sofreu redução de 22,9% na quantidade ofertada, impactando os preços praticados. Por outro lado, a redução do preço médio da manga Tommy Atkins, outro item importante do setor, deixou o índice em patamares mais baixos.

    O setor de VEGETAIS apresentou redução de preços de 2,03%. Dos 33 itens cotados nessa cesta de produtos, 51,52% apresentaram redução de preço em relação ao mês anterior. As principais reduções ocorreram nos preços da MASSA DE PERNAS (-41,46%), PEPINO CONGELANTE (-35,49%), PIMENTA AMARELA (-24,98%), Abobrinha BRASILEIRA (-24,08%) e Abobrinha ITALIANA (-24,08%). -20,66%). As principais altas ocorreram nos preços do TOMATE CEREJA (+50,48%), CARÁ (+41,87%), PIMENTA VERDE (+20,45%), PIZZAD’ORO DE TOMATE (+20,18%) e inhame (+19,91%).

    DESTAQUES: Contribuiu para a queda de preços do setor o aumento no volume de vendas dos itens listados acima, com destaque para pepino caipira (67,7%), macarrão em vagem (29,2%) e abobrinha italiana (21,4%). No entanto, as fortes chuvas de granizo que atingiram principalmente a produção de tomate e pimentão acabaram limitando a queda dos preços no setor.

    O setor de VEGETAIS apresentou um aumento de preços de 8,49%. Dos 38 itens cotados nessa cesta de produtos, 76,32% sofreram aumento de preço em relação ao mês anterior. Os principais aumentos ocorreram nos preços da REPOLHO LINHA (+39,48%), SALSA (+34,76%), RAMOS DE BROCOLI (+31,34%), cebolinha (+22,75%) e Alho-poró (+18,30%). As principais reduções ocorreram nos preços do RABANETE (-16,72%), SALSÃO BRANCA/VERDE (-14,60%), MANJERICÃO (-13,17%), MILHO VERDE (-9,81%) e COUVE-FLOR (-2,36%).

    DESTAQUES: Após seis meses consecutivos de queda, o setor de VEGETAIS apresentou alta de preços em novembro. No acompanhamento mensal da variação de preços dos itens acima, salsinha e brócolis estiveram entre os produtos mais voláteis. No entanto, apesar do aumento no mês, o preço médio desses produtos manteve-se abaixo da média anual. A salsa encerrou o período custando em média R$ 3,96/kg enquanto o brócolis fechou com preço médio de R$ 4,87/kg.

    O setor de DE VÁRIAS apresentou um aumento de preços de 13,69%. Dos 11 itens cotados nessa cesta de produtos, 63,64% tiveram aumento de preço em relação ao mês anterior. As principais altas ocorreram nos preços da CEBOLA DOMÉSTICA (+44,42%), BATATA LAVADA (+24,58%), BATATA ASTERIX (+20,94%), AMENDOIM COM PELE (+5,75%) e ALHO NACIONAL (+4,00%). As principais reduções ocorreram nos preços dos OVOS VERMELHOS (-0,29%) e COCO SECO (-0,12%).

    DESTAQUES: O aumento do custo de produção da cebola fez com que os produtores decidissem reduzir o tamanho da área plantada. Essa decisão, por si só, já teria impacto nos preços do produto devido ao menor volume ofertado. No entanto, as chuvas ocorridas no período de replantio dos bulbos trouxeram prejuízos adicionais à produção, impactando ainda mais o volume de fornecimento do produto. Mesmo a contribuição da cebola importada não foi suficiente para esfriar os preços médios praticados em novembro, mantendo a curva de variação dos preços da cebola doméstica estável, porém, em patamares acima da média. Assim, a cebola nacional encerrou o período custando, em média, R$ 6,87/kg.

    O setor de PEIXE apresentou alta de preços de 6,36%. Dos 28 itens cotados nessa cesta de produtos, 46,43% apresentaram aumento de preços em relação ao mês anterior. As principais subidas ocorreram nos preços do ATUM (+22,82%), CAVALINHA (+19,95%), POLVO (+19,35%), PESCADA URSO-MAGA (+13,39%) e SALMÃO IMPORTADO (+10,65%). As principais reduções ocorreram nos preços das ANCHOVAS (-36,63%), CATHI DE ÁGUA SALGADA (-21,07%), LULAS CONGELADAS (-20,87%), Tainha (-15,18%) e ROBALO (-8,38%).

    DESTAQUES: O mercado de pescado na ETSP é fortemente modulado pela demanda por itens ditos de “nicho” ou por preparos específicos, como polvo, atum e salmão, inviabilizando a reposição em uma eventual redução da oferta. O período de fechamento da pesca de alguns itens da cesta reduz ainda mais a possibilidade de substituição, o que leva a aumentos de preços no setor.

    Tendência do Índice CEAGESP para o próximo mês

    As fortes chuvas da última semana de novembro, que atingiram os estados de Santa Catarina, Paraná, Bahia e Espírito Santo, causaram prejuízos aos produtores e danos à infraestrutura de escoamento da produção. A tendência é que os produtos dessas regiões (principalmente mamão, manga, coco verde, maçã, chuchu, cebola e batata) sofram redução na quantidade ofertada, o que pode levar a aumentos de preços caso a oferta desses itens não seja normalizada em o mês atual ou outros eventos climáticos semelhantes, já que em dezembro começam os ciclos de chuva e isso pode afetar as culturas mais sensíveis.

    O aumento do volume das frutas mais associadas ao Natal, como pêssegos, uvas, ameixas, nectarinas e melões, levará alguns consumidores a optar por elas em substituição das habituais, como maçãs, papaias e bananas, reduzindo a pressão sobre estes, que têm preços acima da média. Com isso, podem ocorrer reduções de preços no setor para esses itens.



    Fonte: Noticias Agricolas