O Troféu Mulheres de Atitude é uma das inovações.
Os produtores associados a cooperativas e associações da Região do Cerrado Mineiro e credenciados pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado podem inscrever suas amostras, a partir de 1º de agosto, na 10ª edição do Prêmio Região do Cerrado Mineiro. A iniciativa, apoiada pelo Sebrae Minas, é da Federação dos Cafeicultores do Cerrado e visa valorizar o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de alta qualidade, com responsabilidade e rastreabilidade, além de celebrar a colheita.
O Prêmio é dividido em três categorias: Café Natural, Cereja Descascada e Fermentação Induzida, que foi incluída na última edição, podendo o produtor inscrever até duas amostras, uma na categoria Cereja Natural ou Descascada, somando outra amostra na categoria Induzida. Categoria de fermentação. .
Notícia
A 10ª edição do Prêmio também reconhecerá as mulheres, cada vez mais atuantes no segmento cafeeiro. Entre as amostras cadastradas, as três melhores produzidas por mulheres ou as três melhores produtoras serão reconhecidas com o Troféu Mulher de Atitude, que é um reconhecimento às mulheres cafeicultoras.
O modelo de negócios do Prêmio se mantém com as inovações apresentadas na última edição, com três modalidades: reserva de mercado brasileiro, leilão e safra premiada.
O Safra Premiada é um modelo de negócio que valoriza os cafés que se qualificaram e não entraram no leilão. O leilão acontece, novamente ao vivo nesta edição, trazendo compradores cadastrados que receberam amostras dos lotes classificados, com 1º a 5º lugar na categoria Natural, 1º a 2º na categoria Cereja Descascada e 1º a 3º na categoria Fermentação Induzida. A Reserva de Mercado é a modalidade que consiste na realização de vendas antecipadas de sacas de café para microtorrefadores e cafeterias brasileiras com o objetivo de promover o desenvolvimento do mercado interno de cafés especiais.
Segundo o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, o leilão também dá valor financeiro aos cafés. Na 9ª edição do Prêmio, o leilão alcançou cerca de R$ 1 milhão em vendas, com recorde de R$ 55 mil por saca. “O valor médio por saca foi de aproximadamente R$ 14 mil. Nesta edição serão dez lotes: cinco cafés naturais, três cafés com fermentação induzida e dois cafés com cereja descascada. O preço inicial das sacas é de R$ 5.000 para o primeiro lugar, R$ 3.000 para o segundo, R$ 2.000 para o terceiro e para o quarto lugar o preço de saída é de R$ 1.800”, explica.
Outra inovação desta edição está relacionada ao aspecto social. Cerca de 10% do valor arrecadado com o leilão, 70% será destinado ao Troféu Escola de Atitude e 30% às obras do primeiro Hospital de Amor de Minas Gerais, iniciado pelo Hospital do Câncer de Patrocínio “Dr. José Figueiredo”.
prêmio
Os produtores do primeiro ao terceiro lugar serão premiados em cada uma das categorias, tendo como concorrentes os melhores cafés finalistas de cada cooperativa. Os organizadores esperam superar as 346 amostras recebidas na edição anterior.
Os vencedores receberão R$ 5.000 para o primeiro lugar, R$ 3.000 para o segundo lugar e R$ 2.000 para o terceiro lugar em cerimônia que será realizada no dia 30 de novembro, em Uberlândia. A seleção das amostras será realizada por uma banca de jurados com elevada experiência e profissionalismo, garantindo transparência e credibilidade ao Prêmio, sendo coordenado pela Savassi Agronegócio e auditado pela Safe Trace.
O Prêmio Região do Cerrado Mineiro é apoiado pelas cooperativas Carmocer, Carpec, Coagril, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocaccer e MonteCCer, além das seis associações: ACARPA, ACA, Assogotardo, Assocafé, Amoca e Appcer.
Segundo o superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal, esta é uma edição especial que completa dez anos e também comemora os 50 anos do Cerrado Mineiro. “Temos vários motivos para comemorar. São 50 anos de cafeicultura no Cerrado Mineiro, são 30 anos da Federação, entidade que representa, controla e promove a cafeicultura na região, e dez anos do Prêmio”, aponta Fora.
Para o gerente regional do Sebrae Minas, Marcos Alves, o Prêmio cumpre o que foi proposto: criar as condições para um reconhecimento legítimo do produtor. “Isso atesta a capacidade que os produtores têm e todo o esforço feito com uma plataforma incrível para espalhar a palavra para o resto do mundo. É muito bom ver mais produtores participando a cada ano”, enfatiza Marcos.
As inscrições acontecem via cooperativa, a partir de 1º de agosto e o regulamento pode ser acessado a partir dessa data pelo endereço eletrônico: www.cerradomineiro.org/premio.
Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos
Em 2022, a Região do Cerrado Mineiro completa 50 anos. Uma história que começou na década de 1970, por meio da experiência no cultivo de café de pessoas de outras regiões que se juntaram às gentes da terra, souberam superar obstáculos e criaram oportunidades para o cultivo do café em uma região única. Com o passar dos anos, o que surgiu como Café do Cerrado se transformou na Região do Cerrado Mineiro, uma região com atitude, histórias, raízes e território. Após 50 anos, a RCM conta com 4.500 cafeicultores espalhados por 55 municípios que se reinventam a cada nova safra, a cada nova geração.
A RCM possui área de produção de 255 mil hectares e é responsável por 12,7% da produção brasileira de café e 25,4% da produção mineira. A perfeita definição das estações climáticas, com verões quentes e úmidos e invernos amenos e secos, é uma característica da região. Os cafeeiros são cultivados em áreas com altitudes que variam entre 800 e 1.300 metros e o resultado são cafés com identidade única e alta qualidade. Os cafés da região caracterizam-se por um aroma intenso, com notas que vão do caramelo aos frutos secos; acidez delicadamente cítrica; médio a encorpado; sabor adocicado com aspecto chocolate e final de longa duração.
