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Ibovespa avança e fecha supra de 119 milénio pontos em um dia com Fed e S&P

    Ibovespa ignora protestos nas estradas e fecha 2o pregao consecutivo scaled

    Por Paula Arend Laier

    SÃO PAULO (Reuters) – O Ibovespa fechou em subida nesta quarta-feira, supra de 119 milénio pontos pela primeira vez em quase oito meses, depois que o Federalista Reserve confirmou as expectativas do mercado e manteve os juros dos EUA em 5,00% a 5,25% ao ano, embora tenha saído da portas abertas para novos aumentos até o final do ano.

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    A melhora na perspectiva da classificação de risco Brasil para “positiva” pela Standard & Poor’s fez o Ibovespa correr sua subida e renovar a subida da sessão na última meia hora de negociação. Apesar de hesitar, reagiu nos ajustes para confirmar uma subida de fechamento desde outubro do ano pretérito.

    Índice de referência do mercado de ações brasiliano, o Ibovespa subiu 1,99%, a 119.068,77 pontos. No supremo, atingiu 119.084,5 pontos. O volume financeiro totalizou 71,9 bilhões de reais, em sessão marcada pelo vencimento das opções do Ibovespa.

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    O banco mediano dos EUA sinalizou em novas projeções econômicas que as taxas de juros americanas devem subir mais 0,5 ponto percentual em 2023, em meio a uma atividade econômica mais potente do que o esperado e uma lenta desaceleração da inflação.

    “A decisão pode ser considerada hawkish em nossa avaliação, dadas as mudanças observadas nos dots (projeções de taxas de juros), um tanto que consideramos estratégico para evitar cenários de cortes antecipados”, avaliou o economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, em glosa para clientes.

    Para ele, o Fed “ganhou tempo” para calcular o curso da economia, e o fez descartando cenários de cortes antecipados, pelo menos no início do ano que vem.

    Embora essa decisão fosse amplamente esperada, houve volatilidade em praticamente todos os mercados.

    O Ibovespa atingiu a mínima de 117.484,70 pontos em seguida a decisão do Fed, de 118.439,77 pontos pouco antes do proclamação, mas recuperou qualquer fôlego quando o presidente do BC americano, Jerome Powell, disse que as projeções da domínio monetária não são um projecto ou decisão e que não há decisão sobre a reunião de julho.

    Para o gestor de ações da Ace Capital, Tiago Cunha, a reação da bolsa brasileira está mais ligada à fala de Powell, que deixou a próxima decisão mais dependente de dados econômicos, sinalizando que o “dotz” não deve ser pensado isoladamente.

    “Aliás, uma vez que a próxima reunião tem um prazo relativamente limitado, a percepção é de que os números da economia americana ainda devem ser marginalmente positivos, o que não justificaria uma retomada dos aumentos por enquanto”, acrescentou.

    DESTAQUES

    – PETROBRAS PN avançou 4,3%, para 30,1 reais, apesar da queda do preço do petróleo no exterior. A empresa também informou à Braskem que não há decisão da diretoria executiva ou do Juízo de Governo em relação ao processo de desinvestimento ou aumento de participação na petroquímica. Mas também afirmou que atuar no setor petroquímico é um dos elementos estratégicos do Projecto Estratégico 2024-2028. O presidente da estatal disse ainda que a empresa analisa “tudo o que está acontecendo” sobre a verosímil venda da participação da Novonor na Braskem. O PNA BRASKEM subiu 3,59%.

    – O VALE ON ganhou 1,75%, a 69,02 reais, com os contratos futuros de minério de ferro em Dalian, na China, ampliando os ganhos na quarta-feira, impulsionados pela perspectiva de mais estímulos monetários e medidas de escora para sustentar uma recuperação pós-pandemia estagnada na segunda maior economia do mundo economia.

    – UNIDADE SANTANDER BRASIL caiu 0,23%, para R$ 30,23, ainda impactada pela decisão do STF envolvendo o recolhimento de tributos federais por instituições financeiras e possíveis efeitos nas provisões do banco. No setor, ITAÚ UNIBANCO PN subiu 1,37%, BRADESCO PN encerrou com variação positiva de 0,66% e BANCO DO BRASIL ON encerrou 0,49%, reagindo ao proclamação da S&P. Analistas do Bradesco BBI, no entanto, disseram anteriormente que ainda estão cautelosos com o setor, citando preocupações com a qualidade do crédito.

    – GOL PN subiu 11,8%, a R$ 11,18, e AZUL PN avançou 8,66%, a R$ 19,95. Os analistas do JPMorgan avaliaram em um relatório para clientes que as companhias aéreas latino-americanas continuam a se beneficiar de um envolvente de demanda saudável e impulso favorável para retornos, beneficiando-se de preços de combustível de aviação sequencialmente mais baixos. No caso do Brasil, o banco elevou o preço-alvo da Azul de 24 para 25 reais, mantendo a recomendação “neutra”. Para o Gol, que está “inferior do peso”, manteve o preço-alvo de 12 reais.

    – HAPVIDA ON valorizou 8,31%, para 4,3 reais, em seguida ajuste nos últimos quatro pregões, quando acumulou queda de quase 9%, caindo em três pregões. As negociações tiveram uma vez que tecido de fundo o “dia do investidor” da empresa

    – B3 ON fechou em subida de 4,18%, a R$ 15,22, com analistas refletindo positivamente os dados operacionais de maio. Para analistas da XP Investimentos, ainda que tímidos, os números podem indicar o início de um ciclo de recuperação de volumes. Mesmo assim, optaram por manter uma visão conservadora da ação, com recomendação “neutra”.

    – CVC BRASIL ON perdeu 1,91%, a 4,1 reais, sem conseguir escoltar o movimento mais positivo, engatando a terceira queda seguida. Até a última sexta-feira, o papel acumulava em junho valorização de mais de 35%.

    – SLC AGRÍCOLA ON recuou 0,71% para 35,01 reais. No radar estão as notícias sobre problemas envolvendo a Odey Asset Management (OAM), de Londres, que detém 9% do capital da empresa brasileira. Para os analistas do Bradesco BBI, se houver resgates significativos dos fundos da OAM, pode ser que algumas das ações detidas pela gestora estejam pressionadas no limitado prazo, inclusive a SLC. No dia anterior, a Reuters informou que a OAM estava fechando um fundo e restringindo os resgates de outro.

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    (Editado por Alexandre Caverni e André Romani)

    Fonte: Noticias Agricolas