Cepea, 02 de agosto de 2023 – No final de julho, observou-se acirrada competição entre compradores brasileiros e internacionais pela soja nacional, elevando os preços no Brasil. Os processadores nacionais mostraram maiores necessidades da matéria-prima no mercado físico por causa da forte demanda interna por derivados e expectativas de demanda mais aquecida do exterior, devido à guerra Rússia-Ucrânia (que pode levar importadores de óleo de soja ao Brasil) e menores abastecimento na Argentina.
Além disso, as condições climáticas irregulares no Hemisfério Norte influenciaram os negócios da soja brasileira de médio e longo prazo, e as vendas para entrega em outubro começaram no final de julho – geralmente, o interesse dos compradores pelos embarques em outubro começa mais tarde. Até o final de julho, os compradores internacionais estavam cautelosos na compra de soja para o último trimestre do ano.
Os produtores de soja brasileiros não venderam grandes lotes no final do mês passado. Alguns preferiram guardar o restante da safra 2022/23 em silos a negociá-lo no mercado spot – é importante ressaltar que esse tipo de armazenamento não é comum para a soja, pois pode elevar a umidade dos grãos.
Entre 30 de junho e 31 de julho, o índice ESALQ/BM&FBovespa Paranaguá (PR) subiu 7,8%, para R$ 149,54/saca (US$ 31,61) a saca de 60 quilos em 31 de julho. Pelas médias mensais, em julho as cotações subiram impressionantes 7,6%, fechando em R$ 146,84 a saca de 60 kg, a maior média mensal desde março/23, em termos reais (pelo IGP-DI de jun/23).
O Índice CEPEA/ESALQ Paraná subiu 6,66% entre 30 de junho e 31 de julho, para R$ 139,94 (US$ 29,58) a saca de 60 quilos em 31 de julho. Na comparação mensal, as cotações subiram 7%, para R$ 137,37/saca em julho, também a maior desde março/23, em termos reais.
(Cepea-Brasil)
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