Pular para o conteúdo

Gulfood 2023: US$ 4,5 bilhões estimados em negócios para as 105 empresas…

ApexBrasil é responsável pela organização do pavilhão brasileiro no maior evento B2B de alimentos e bebidas do Oriente Médio

Entre no mundo dos alimentos e bebidas e descubra o que está sendo desenvolvido de inovador e nutritivo neste universo. Essa é a promessa da Gulfood, uma das principais feiras de alimentos do mundo e maior feira B2B do setor no Oriente Médio, que acontece entre os dias 20 e 24 de fevereiro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos (EAU). Se a feira é uma saborosa oportunidade para o paladar dos visitantes, para os negócios ela traz, sobretudo, múltiplas oportunidades. Neste ano, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), que apóia a participação de empresas brasileiras no evento, estima que o volume negociado chegue a US$ 4,5 bilhões, somando o montante de resultado em negócios imediatos com os 12 meses seguindo o evento.

Patrocinadores

E não é à toa: nesta edição, 5 mil empresas de mais de 120 países estarão expondo na Gulfood. Só nos pavilhões brasileiros, organizados pela ApexBrasil, estarão 68 empresas dos mais diversos setores, desde mercadorias como carnes e café, até alimentos funcionais e orgânicos. Além disso, também com o apoio da Apex, outras 22 agroindústrias associadas à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e 15 da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) vão integrar pavilhões do setor de carnes.

Segundo a gerente de Agronegócios da ApexBrasil, Paula Soares, a Gulfood, assim como outras grandes feiras de alimentos do mundo, é uma vitrine para os empresários do setor. “Além da expectativa de fechar negócios, ao participar de grandes eventos de alimentos e bebidas como a Gulfood, a ApexBrasil pode contribuir para diversificar a pauta de exportação brasileira e, para isso, levamos representantes de diversos setores, dos mais tradicionais aos mais inovador. Outro ponto importante é fortalecer a credibilidade internacional do Agronegócio e do setor de alimentos e bebidas no Brasil, como referência em segurança alimentar e técnicas de produção sustentável, seja no campo ou na indústria”, comenta.

Patrocinadores

Ao reunir os principais avanços e lançamentos de cada setor, as grandes feiras internacionais atuam como catalisadoras do intercâmbio, da troca de ideias e da inovação. Dubai também é uma das principais portas de entrada para os países árabes e para a África, mercados extremamente importantes para o agronegócio e para a indústria de alimentos e bebidas no Brasil. Em 2022, as exportações brasileiras para o Oriente Médio chegaram a US$ 17,18 bilhões, ou 5,14% de todas as vendas internacionais do país. Os principais embarques para a região foram carne de frango, com US$ 2,9 bilhões ou 17% do total exportado para o mundo, e milho, com US$ 2,7 bilhões e participação de 16% nas exportações.

Diversidade de programação e público

Os Emirados Árabes Unidos são conhecidos por sua diversidade, pois pessoas de todo o mundo se mudam para grandes cidades como Dubai e Abu Dhabi em busca de oportunidades. E o perfil do público da feira não poderia ser diferente. Segundo a organização, 60% dos visitantes são do Oriente Médio, 20% da Ásia, 9% da África, 8% da Europa, 2% das Américas e 1% da Australásia. Tamanha amplitude geográfica desperta a necessidade de uma programação ampla que satisfaça todos os gostos. Rodadas de negócios (já que a feira é B2B), mostras gastronômicas, premiações, concursos e degustações são algumas das atividades que os visitantes podem presenciar na Gulfood.

Pensando nisso, a ApexBrasil também preparou uma série de ações com o objetivo de atrair o maior número de visitantes. Uma das atrações especiais é a série de programas de culináriarealizada durante os cinco dias de feira, às 15h, em um dos pavilhões brasileiros, a comida mundial. O foco é promover a imagem dos produtos dos expositores apoiados pela Agência. Para isso, o chef brasileiro Bruno Ambar (@chefbrunoambar) preparará um cardápio especial todos os dias, além de falar sobre produtos e empresas para o público.

O café brasileiro também será protagonista de ativações e degustações durante o evento. No “Experiência Barista”, os cafés especiais de várias regiões do Brasil serão preparados pela barista brasileira Bruna Moreira em diferentes métodos: prensa francesa, aeropress, v60 e espresso. A ação é promovida através do projeto setorial Brasil. A nação do café, realizado pela ApexBrasil e BSCA. Além disso, nos pavilhões brasileiros, haverá café de expositores brasileiros servido gratuitamente durante os cinco dias do evento, em cafeterias montadas especialmente para esse fim.

Os espaços dedicados às empresas associadas da ABPA e da ABIEC, que cresceram em importância e tamanho na Gulfood, também são destaque na programação desta edição. Os pavilhões das duas entidades fazem parte da parceria com a ApexBrasil, nos projetos Carne Brasileira, Frango Brasileiro, Ovo Brasileiro e Criadores Brasileiros. Além das áreas de negociação, os ambientes reservados aos Projetos Setoriais oferecerão degustações. Produtores de carne bovina vão montar uma verdadeira churrascaria para saborear os cortes brasileiros. Pratos de carne de aves, incluindo pato, vão oferecer a tradicional shawarmauma espécie de churrasco árabe, que também conquistou o público ocidental.

Inovação

Um dos princípios-chave da Gulfood é a inovação. Nesse sentido, o foodverse, um ambiente interativo, com experiências culinárias e gastronômicas em realidade imersiva, workshops e bate-papos sobre como a tecnologia vai mudar os rumos da indústria de alimentos e bebidas. O Prêmios de Inovação Gulfood (Gulfood Innovation Award) é outra ação dedicada ao tema. O prêmio é dividido em diversas categorias, como bebidas, lácteos, produtos orgânicos, design de embalagens, entre outras. Cada um tem entre três e seis finalistas e os vencedores são anunciados durante o evento.

Este ano, o Brasil tem grandes chances de receber o prêmio, já que a Bony Açaí, empresa do interior do Pará, está entre as finalistas. A bebida homônima, uma das três classificadas na categoria Melhor Bebida, é um suco de açaí com calda de guaraná, exatamente como consumido em lanchonetes e casas de açaí no Brasil. “Nenhuma empresa paraense chegou tão longe quanto a Bony com este prêmio. Criamos um produto de alta qualidade que, por ser enlatado e ter validade de um ano, pode chegar a qualquer lugar do mundo e mostrar o nosso açaí, levando essa maravilha brasileira para as pessoas”, comenta o sócio-fundador da empresa. , Bony Monteiro.

Segundo Monteiro, o cuidado com os parceiros é fundamental, pois toda a colheita do açaí é feita por ribeirinhos. “A melhor maneira de manter a floresta em pé é garantir um ciclo de negócios saudável. As comunidades ribeirinhas entendem que manter a mata e as árvores é garantia de melhores condições de vida. Mas isso só é possível quando estabelecemos condições comerciais justas que tragam prosperidade para todos os envolvidos no processo e para toda a região. E é isso que está acontecendo aqui”, diz ele. O empresário também possui diversas certificações, como o Selo Orgânico do Brasil; USDA Organic, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos; e o JAS japonês, Normas Agrícolas Japonesas em tradução livre. Atualmente a Bony exporta para Europa e Estados Unidos, incluindo o Havaí, e a intenção é levar o produto também para os Emirados.

Certificações

Outra empresa que tem grandes expectativas para a Gulfood é a exportadora Peccin, expoente nacional no setor de doces e confeitos, com produtos líderes de mercado, como a linha de chocolates Trento. Atualmente, a Peccin já exporta para 67 países, sendo 20% de sua receita proveniente das vendas internacionais. Os resultados expressivos são fruto de preparação e trabalho dedicado ao comércio internacional. A empresa apresenta um amplo rol de certificações, que são o passaporte de entrada de seus produtos nos mais diversos mercados. Um deles é o British Retail Consortium (BRC) Global Food Safety Standard, reconhecido pela Iniciativa Global de Segurança Alimentar (GFSI), que garante os mais altos padrões de qualidade na produção.

Com foco no Oriente Médio e países árabes, a empresa também possui certificação Halal para 100% de sua produção. Esta norma garante que os produtos estão de acordo com a jurisprudência islâmica e que, por isso, podem ser consumidos por muçulmanos. A empresa também adequa a produção aos padrões Kosher, em que os produtos são preparados de acordo com diretrizes judaicas específicas. “Queremos levar nossos doces para diversos mercados ao redor do mundo e, para isso, sabemos o valor das certificações”, diz o gerente de exportação da Peccin, Gilberto Lima.

Anualmente, a empresa também participa de feiras internacionais nos Estados Unidos, Alemanha e França. Lima afirma que a Gulfood é um dos principais compromissos de seu calendário internacional. “Vamos à Gulfood desde a primeira participação brasileira na feira. Ali se concentram os compradores da África e do Oriente Médio, que são mercados expressivos para nós, já que cerca de 40% das nossas exportações são para essas nações”, destacou. Segundo ele, “existem mudanças constantes nos fluxos de comércio exterior, então a Gulfood abre essa porta para que as pessoas possam ouvir, entender e atuar com mais eficiência”.



Fonte: Noticias Agricolas

Autor