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Guia prático: microbiologia do leite

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Controle da mastite e importância da cultura microbiológica do leite

Coleta de amostras e sua relevância para a rotina das propriedades leiteiras

Confira o passo a passo e os benefícios da utilização da cultura microbiológica

Quando se fala em produção de leite, o controle da mastite é um dos aspectos mais importantes a serem considerados. Nesse cenário, a cultura microbiológica do leite torna-se uma ferramenta fundamental para identificação dos microrganismos responsáveis pelos casos de mastite clínica e subclínica no rebanho. Por meio dela, é possível tomar decisões de maneira assertiva, minimizando os impactos da doença na produção, na saúde da glândula mamária e na qualidade do leite.

Ao coletar corretamente as amostras de leite e realizar a cultura microbiológica, é possível identificar, dentro de 24 horas, o agente causador da mastite clínica, possibilitando a definição precisa da necessidade de tratamento antimicrobiano e a duração do mesmo. Além disso, a cultura dos casos de mastite clínica auxilia na identificação do perfil de patógenos do rebanho, proporcionando uma ferramenta valiosa para o controle da doença e aprimoramento da qualidade do leite.

A cultura microbiológica também desempenha um papel crucial na identificação de patógenos prevalentes no rebanho para definição de planos de ação, além de auxiliar na biosseguridade, evitando a entrada de patógenos transmissíveis e identificando pontos de melhoria nos manejos de secagem e ambiente pré parto. Como resultado, a utilização adequada dessa ferramenta pode reduzir significativamente os tratamentos e os custos relacionados à mastite, gerando impactos positivos nos resultados financeiros da produção leiteira.

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Portanto, a cultura microbiológica do leite é uma aliada indispensável para garantir a sanidade e a qualidade do leite, sendo uma das estratégias fundamentais no controle da mastite. Se você busca aprimorar seus conhecimentos e obter orientações práticas para melhorar os resultados na pecuária leiteira, o Curso Gestão na Pecuária Leiteira é a oportunidade ideal para investir no seu conhecimento e impulsionar o seu negócio. Aprenda com os melhores consultores do mercado de forma 100% online e aplique o conhecimento adquirido para aumentar os lucros na produção de leite. Saiba mais clicando no link abaixo!

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Sumário

1. Cultura microbiológica do leite como ferramenta fundamental

1.1 Importância da identificação dos microrganismos responsáveis pelos casos de mastite

1.2 Técnica de coleta e semeadura das amostras de leite

1.3 Cuidados na coleta de amostras de leite

2. Casos de mastite clínica

2.1 Utilização da cultura microbiológica para identificação do agente causador da mastite

2.2 Redução do uso de antimicrobianos e custos relacionados ao tratamento

3. Casos de mastite subclínica

3.1 Realização da coleta de amostras compostas para identificação de patógenos prevalentes

3.2 Identificação de vacas crônicas e patógenos causadores de infecções de longa duração

4. Outros casos de mastite

4.1 Identificação de patógenos em vacas de compra e no pós parto

5. Conclusão

5.1 Importância da identificação de patógenos e estratégias para o controle da mastite

5.2 Apresentação do Curso Gestão na Pecuária Leiteira

Dentre os pontos de controle da mastite, a cultura microbiológica do leite é uma ferramenta fundamental, pois permite a identificação dos microrganismos responsáveis pelos casos de mastite clínica e subclínica no rebanho, auxiliando nas tomadas de decisões de maneira assertiva.

A técnica consiste em coletar amostras de leite e semear em placas com meio de cultura seletivo que favorecem o crescimento dos microrganismos para a correta identificação, seja em laboratórios, seja na própria fazenda.

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Para que essa ferramenta possa auxiliar na rotina das propriedades leiteiras é muito importante que a coleta seja feita corretamente, reduzindo assim os riscos de contaminação das amostras.

 

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Passo a passo para a coleta de amostras de leite

1. Os cuidados com a coleta se iniciam na preparação dos tetos através dos procedimentos de rotina de ordenha.

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2. É fundamental o uso de luvas limpas, além de realizar o teste da caneca, a imersão dos tetos com solução pré-dipping com ação de 30 segundos e a secagem da lateral e ponta dos tetos utilizando papel toalha, garantindo tetos limpos para a coleta.

3. Após a preparação dos tetos, é necessário desinfetar a ponta do teto utilizando gaze ou algodão com álcool 70%. Caso a coleta seja feita em mais de um teto, cada teto deve ser desinfetado com uma gaze ou algodão, iniciando o procedimento dos tetos mais distantes para os tetos mais próximos, reduzindo os riscos de contaminação.

4. A coleta deve ser feita utilizando tubos estéreis. Nesse momento é importante evitar o contato da tampa do tubo com sujidades, além de evitar o contato dos tetos com o tubo de coleta. Realizar a coleta com o frasco inclinado, como mostra a figura abaixo, reduz o risco de contato da amostra com sujidades do úbere.

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5. Caso a coleta seja feita em mais de um teto (amostra composta), é recomendada que a coleta seja realizada primeiramente nos tetos mais próximos e posteriormente nos tetos mais distantes. Vale ressaltar que para os casos de mastite clínica, a recomendação é realizar uma coleta para cada teto.

6. Após a coleta, deve-se identificar o tubo (vaca e quarto mamário) e manter a amostra refrigerada até o processamento.

Procedimento para coleta de amostra de leite para exame de mastiteAdaptado de Bewley, 2019

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Casos de mastite clínica

A utilização da cultura microbiológica para os casos de mastite clínica, ou seja, quando há presença de alterações visíveis no leite, tem se tornado cada vez mais usual na rotina das fazendas leiteiras.

Isso porque, com a identificação do agente causador da mastite dentro de 24 horas, é possível definir a necessidade ou não de tratamento antimicrobiano e a duração do tratamento, reduzindo assim o uso de antimicrobianos e dos custos relacionados aos medicamentos e descarte de leite.

Outro ponto importante é que a cultura dos casos de mastite clínica auxilia na identificação do perfil de patógenos do rebanho para tomadas de decisão, se tornando uma ferramenta ainda mais relevante no controle da mastite e qualidade do leite.

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Resultados de pesquisa mostram que em média 30% dos casos de mastite clínica apresentam resultado de cultura negativa, ou seja, sem crescimento de patógenos e consequentemente, sem necessidade de tratamento antimicrobiano.

Além disso, alguns agentes ambientais como os coliformes, apresentam alta taxa de cura espontânea, contribuindo para a redução dos tratamentos, sendo comum encontrar propriedades cujo uso de medicamentos para mastite clínica reduziu em 50%.

Para os resultados de cultura positiva, a decisão do tratamento e sua duração variam conforme o patógeno. Sabe-se que a terapia prolongada (5 a 8 dias) pode auxiliar na taxa de cura de mastites causadas por Streptococcus ambientais, por exemplo, enquanto outros agentes como o S. agalactiae possui boa taxa de cura com terapia de 3 dias.

Vale lembrar que a decisão de tratamento dos casos de mastite clínica envolve outros aspectos além do resultado da cultura microbiológica, como:

Manual de controle da mastite

Casos de mastite subclínica

Outra finalidade da cultura microbiológica é realizar a coleta de amostras compostas (quatro quartos) de todas as vacas em lactação ou de vacas ou quartos de alta CCS, para identificação dos patógenos prevalentes no rebanho e definição de plano de ação de acordo com os agentes identificados.

Essas coletas podem ser realizadas seguindo o histórico de CCS ou CMT do rebanho.

Podemos realizar a cultura microbiológica para definir o perfil de patógenos que estão causando novas infecções, ou seja, vacas com CCS menor que 200 mil células/ml no mês anterior e CCS maior que 200 mil células/ml no mês atual.

Outra possibilidade é identificar vacas crônicas, ou seja, com CCS maior que 200 mil células/ml por 2 a 3 meses consecutivos, e realizar a cultura microbiológica para identificar os patógenos causadores de infecções de longa duração.

Outros casos de mastite

A ferramenta da cultura microbiológica pode ser uma excelente aliada da sanidade e biosseguridade do rebanho, através da identificação dos patógenos em vacas de compra, evitando a entrada de patógenos como o S. aureus e S. agalactiae, cuja transmissão acontece de forma rápida no rebanho.

A realização de coleta de amostras em vacas no pós parto também é uma opção bastante interessante, uma vez que podemos identificar pontos de melhoria nos manejos de secagem e ambiente do pré parto, identificar a presença de agentes contagiosos e casos de primíparas com S. aureus.

Conclusão

Identificar os patógenos presentes no rebanho e definir as estratégias de acordo com os desafios encontrados na propriedade são passos fundamentais para o controle da mastite, melhoria na saúde da glândula mamária e qualidade do leite. Esses patógenos podem trazer grandes prejuízos financeiros ao produtor.

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Dentre os pontos de controle da mastite, a cultura microbiológica do leite é uma ferramenta fundamental. Ela permite a identificação dos microrganismos responsáveis pelos casos de mastite clínica e subclínica no rebanho, auxiliando nas tomadas de decisões de maneira assertiva.

## Importância da coleta de amostras de leite

A técnica consiste em coletar amostras de leite e semear em placas com meio de cultura seletivo que favorecem o crescimento dos microrganismos para a correta identificação, seja em laboratórios, seja na própria fazenda. Para que essa ferramenta possa auxiliar na rotina das propriedades leiteiras é muito importante que a coleta seja feita corretamente, reduzindo assim os riscos de contaminação das amostras.

### Passo a passo para a coleta de amostras de leite

1. Preparação dos tetos
Os cuidados com a coleta se iniciam na preparação dos tetos através dos procedimentos de rotina de ordenha.

2. Uso de luvas e limpeza
É fundamental o uso de luvas limpas, além de realizar o teste da caneca, a imersão dos tetos com solução pré-dipping com ação de 30 segundos e a secagem da lateral e ponta dos tetos utilizando papel toalha, garantindo tetos limpos para a coleta.

3. Desinfecção dos tetos
Após a preparação dos tetos, é necessário desinfetar a ponta do teto utilizando gaze ou algodão com álcool 70%. Caso a coleta seja feita em mais de um teto, cada teto deve ser desinfetado com uma gaze ou algodão, iniciando o procedimento dos tetos mais distantes para os tetos mais próximos, reduzindo os riscos de contaminação.

4. Coleta
A coleta deve ser feita utilizando tubos estéreis. Evitar o contato da tampa do tubo com sujidades e evitar o contato dos tetos com o tubo de coleta é importante. Realizar a coleta com o frasco inclinado reduz o risco de contato da amostra com sujidades do úbere.

5. Coleta de amostras compostas
Caso a coleta seja feita em mais de um teto (amostra composta), é recomendada que a coleta seja realizada primeiramente nos tetos mais próximos e posteriormente nos tetos mais distantes. Vale ressaltar que para os casos de mastite clínica, a recomendação é realizar uma coleta para cada teto.

6. Identificação e refrigeração
Após a coleta, deve-se identificar o tubo (vaca e quarto mamário) e manter a amostra refrigerada até o processamento.

### Casos de mastite clínica

A utilização da cultura microbiológica para os casos de mastite clínica, ou seja, quando há presença de alterações visíveis no leite, tem se tornado cada vez mais usual na rotina das fazendas leiteiras. Com a identificação do agente causador da mastite dentro de 24 horas, é possível definir a necessidade ou não de tratamento antimicrobiano e a duração do tratamento, reduzindo assim o uso de antimicrobianos e os custos relacionados aos medicamentos e descarte de leite.

Além disso, a cultura dos casos de mastite clínica auxilia na identificação do perfil de patógenos do rebanho para tomadas de decisão, se tornando uma ferramenta ainda mais relevante no controle da mastite e qualidade do leite. Resultados de pesquisa mostram que em média 30% dos casos de mastite clínica apresentam resultado de cultura negativa, ou seja, sem crescimento de patógenos e consequentemente, sem necessidade de tratamento antimicrobiano.

### Casos de mastite subclínica

Outra finalidade da cultura microbiológica é realizar a coleta de amostras compostas (quatro quartos) de todas as vacas em lactação ou de vacas ou quartos de alta CCS, para identificação dos patógenos prevalentes no rebanho e definição de plano de ação de acordo com os agentes identificados. Estas coletas podem ser realizadas seguindo o histórico de CCS ou CMT do rebanho.

### Outros casos de mastite

A ferramenta da cultura microbiológica pode ser uma excelente aliada da sanidade e biosseguridade do rebanho, através da identificação dos patógenos em vacas de compra, evitando a entrada de patógenos como o S. aureus e S. agalactiae, cuja transmissão acontece de forma rápida no rebanho.

Conclusão

Identificar os patógenos presentes no rebanho e definir as estratégias de acordo com os desafios encontrados na propriedade são passos fundamentais para o controle da mastite, melhoria na saúde da glândula mamária e qualidade do leite. A cultura microbiológica do leite é uma ferramenta valiosa que pode trazer grandes benefícios para a produção leiteira.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

**3 Técnicas de Coleta de Amostras de Leite Para Melhorar a Identificação de Patógenos**

Quando se trata da saúde da glândula mamária e da qualidade do leite, a identificação dos patógenos presentes no rebanho é fundamental. A cultura microbiológica do leite é uma ferramenta essencial para esse processo, mas para que ela seja eficaz, é preciso ter atenção especial à técnica de coleta das amostras. Neste artigo, apresentamos 3 técnicas de coleta de amostras de leite para melhorar a identificação de patógenos.

**Coleta de Amostras Compostas: Como Identificar os Patógenos Prevalentes no Rebanho**

A coleta de amostras compostas de todas as vacas em lactação ou de vacas ou quartos de alta CCS é uma prática importante para a identificação dos patógenos mais prevalentes no rebanho. Com base nessas informações, é possível definir um plano de ação para lidar com os agentes identificados. Neste artigo, discutimos a importância e a técnica para a coleta de amostras compostas.

**Casos de Mastite Clínica: Como a Cultura Microbiológica Auxilia na Identificação do Perfil de Patógenos do Rebanho**

A utilização da cultura microbiológica nos casos de mastite clínica tem se tornado cada vez mais comum nas fazendas leiteiras. Isso porque ela permite a identificação do agente causador da mastite em um curto espaço de tempo, o que possibilita uma tomada de decisão mais assertiva em relação ao tratamento antimicrobiano. Neste artigo, abordamos como a cultura microbiológica auxilia na identificação do perfil de patógenos do rebanho e como isso impacta no controle da mastite e na qualidade do leite.

Dentre os pontos de controle da mastite, a cultura microbiológica do leite é uma ferramenta fundamental, pois permite a identificação dos microrganismos responsáveis pelos casos de mastite clínica e subclínica no rebanho, auxiliando nas tomadas de decisões de maneira assertiva. A técnica consiste em coletar amostras de leite e semear em placas com meio de cultura seletivo que favorecem o crescimento dos microrganismos para a correta identificação, seja em laboratórios, seja na própria fazenda. Para que essa ferramenta possa auxiliar na rotina das propriedades leiteiras é muito importante que a coleta seja feita corretamente, reduzindo assim os riscos de contaminação das amostras.

**P: Qual é a importância da cultura microbiológica do leite para o controle da mastite?**
R: A cultura microbiológica do leite é essencial para a identificação dos microrganismos responsáveis pelos casos de mastite clínica e subclínica, contribuindo para tomadas de decisão assertivas.

**P: Quais são as técnicas recomendadas para a coleta de amostras de leite?**
R: Entre as técnicas recomendadas estão a coleta de amostras compostas e a coleta de amostras em casos de mastite clínica, identificando patógenos prevalentes no rebanho.

**P: Como a cultura microbiológica auxilia nos casos de mastite clínica?**
R: Ela permite a identificação do agente causador da mastite em um curto espaço de tempo, possibilitando uma tomada de decisão mais assertiva em relação ao tratamento antimicrobiano.

**P: Quais outros casos de mastite podem ser identificados por meio da cultura microbiológica?**
R: Além dos casos de mastite clínica, a cultura microbiológica também é útil para identificar casos de mastite subclínica e outros agentes presentes no rebanho.

**P: Como a cultura microbiológica pode contribuir para a biosseguridade do rebanho?**
R: A cultura microbiológica pode ser uma aliada da sanidade do rebanho, evitando a entrada de patógenos e identificando pontos de melhoria nos manejos de pré e pós-parto.

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