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Grãos sobem em Chicago

    Graos sobem em Chicago

    Foto: Divulgação

    “Duvidamos que o relatório da safra de agosto do USDA contenha grandes surpresas que possam pressionar os preços”, disse AgResource.

    Após quedas recentes, os preços da soja subiram e fecharam em alta pela primeira vez nesta semana na Bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em novembro, o mais negociado, avançaram 3,50% nesta quinta-feira (48 centavos), a US$ 14,1775 o bushel.

    Os investidores retomaram suas posições e agora estão de olho no próximo relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que será divulgado na próxima semana. Na opinião de alguns traders, é provável que o relatório impulsione os futuros.

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    “Duvidamos que o relatório da safra de agosto do USDA contenha grandes surpresas que possam pressionar os preços”, disse a AgResource em nota à Dow Jones.

    Para Daniele Siqueira, analista da AgRural, apesar das chuvas recentes em algumas áreas produtoras nos EUA, a preocupação com o clima continua, pois há áreas que continuam recebendo pouca chuva.

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    “Com o aumento dos termômetros, o estresse das lavouras que estão em áreas mais secas tende a piorar. De qualquer forma, no geral, o cenário para a safra 2022/23 dos EUA por enquanto não aponta para uma quebra grave de safra nem de milho nem de soja”, afirmou. Ainda assim, os dados do USDA devem mostrar uma ligeira queda nos rendimentos de milho e soja.

    O próximo relatório do USDA é importante porque é em agosto que a agência norte-americana muda suas estatísticas de modelos para resultados com base em uma pesquisa com produtores. Em setembro, inicia-se a contagem de amostras nos campos, e isso às vezes gera resultados inesperados, lembra a consultoria hEDGEpoint.

    Trigo

    A cotação do trigo também fechou em forte alta em Chicago, acompanhando o movimento de correção técnica dos grãos. Os contratos para setembro, que são os mais líquidos, fecharam em alta de 2,45% (18,75 centavos de dólar), a US$ 7,8250 por bushel. Os títulos em segundo lugar, com vencimento em dezembro, subiram 2,36% (18,50 centavos) para US$ 8,02 por bushel.

    Os preços subiram em Chicago após o movimento de liquidação dos fundos de investimento nos últimos dias.

    De acordo com a Dow Jones Newswires, os fundos de hedge causaram as maiores perdas da última semana, principalmente em soja e trigo. É uma reversão acentuada em relação ao início deste ano, quando os gerentes de dinheiro, preocupados com a inflação e os problemas de oferta relacionados à guerra, ajudaram a inflar os preços das commodities.

    “O trigo e a soja atingiram preços recordes no início deste ano, e o milho subiu perto de seu recorde histórico, mas desde então os especuladores saíram dos mercados agrícolas, realizando lucros, fechando negócios de olho na inflação e ainda preocupados com a recessão.” diz o texto.

    Do lado da oferta, a consultoria de grãos SovEcon, especializada na região do Mar Negro, reduziu sua estimativa para a produção de trigo na Ucrânia em 2022/23 em 800.000 toneladas, para 19,9 milhões de toneladas. O volume é 38,2% inferior às 32,2 milhões de toneladas colhidas em 2021/22.

    Milho

    No milho, os contratos de dezembro, o mais negociado na Bolsa de Chicago, subiram 1,68% (10 centavos de dólar), a US$ 6,0625 o bushel.

    De acordo com Matt Zeller, da StoneX, após uma semana de fortes quedas, alguns fundos estão fazendo uma correção e o mercado está colocando questões geopolíticas em segundo plano, aguardando o relatório de oferta e demanda do USDA na próxima semana.

    “O comércio está interessado em ver o que o governo dos EUA calcula para a receita em cada estado; a maioria dos analistas não vê rendimentos impressionantes de milho e soja no momento, mas também estão longe de ver números desastrosos”, disse Zeller.

    Daniele Siqueira disse ao Valor que os investidores continuarão atentos ao clima e projetam valorização das ações de milho. A atenção será compartilhada com os desenvolvimentos macro nas próximas semanas, segundo o analista.

    “Acredito que o milho ainda pode subir em Chicago ao longo de agosto devido à especulação em torno do clima e do tamanho da safra dos EUA. Mas esses ralis tendem a ser de curta duração, pois a tendência é que o mercado permaneça bastante volátil e sensível aos movimentos financeiros e macroeconômicos”, disse ele.

    Do lado da oferta, o analista Daniel Flynn, do Price Futures Group, diz que com as exportações da Ucrânia longe dos níveis pré-guerra com a Rússia e com os embarques brasileiros desacelerando, os EUA são a única operação para compradores globais. “Espero que nos meses de outono as exportações e o mercado spot aumentem”, disse ele em um relatório.

    Fonte: Valor Econômico.

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    Fonte: Noticias Agricolas

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