Pular para o conteúdo

Gasolina e diesel seguem diferentes dinâmicas de preços

    R$ 400 milhões para importação de combustíveis

    Foto: Divulgação

    Embora tenha marcado a diferença entre os combustíveis, Mastella não fez uma previsão para o diesel. Ele disse que a empresa não especula sobre preços.

    O diretor de comercialização e logística da Petrobras, Cláudio Mastella, disse na última sexta-feira (29) que as dinâmicas que afetam os preços da gasolina e do diesel são diferentes. Segundo o executivo, os dois combustíveis respondem de forma oposta às mudanças sazonais.

    “Na temporada de verão no Hemisfério Norte, o consumo de gasolina sobe muito e os preços ficam mais altos. Agora vamos para o final do ano. Os preços caíram e, por isso, reajustamos, percebendo a tendência estrutural de redução”, disse o diretor da empresa de economia mista.

    Patrocinadores

    “Os estoques de diesel estão muito abaixo da média histórica do mundo” — Cláudio Mastella

    “No caso do diesel, não podemos dizer a mesma coisa. O cenário continua bastante estressado no mercado internacional. Ao contrário da gasolina, cujos estoques estão normalizados, os estoques de diesel estão muito abaixo da média histórica do mundo. E além disso, daqui até o final do ano, com a aproximação do inverno, a tendência é de fortalecimento dos preços”, continuou Mastella.

    Balanço da Petrobras

    Na quinta-feira (28), a Petrobras apresentou os resultados operacionais e financeiros do segundo trimestre deste ano. Um dia após a divulgação, os diretores da empresa responderam a perguntas. Mastella foi questionado se havia previsão de queda no preço do diesel como vem acontecendo com a gasolina. Em dez dias, a Petrobras anunciou duas reduções no valor das vendas de gasolina para distribuidores.

    Patrocinadores

    Embora tenha marcado a diferença entre os combustíveis, Mastella não fez uma previsão para o diesel. Ele disse que a empresa não especula sobre preços. Segundo ele, o mercado é monitorado, com o cenário sendo constantemente avaliado, com ajustes para cima ou para baixo quando são observadas mudanças.

    No balanço do segundo trimestre, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 54,3 bilhões. O resultado foi atribuído à forte geração de caixa, refletindo o desempenho operacional e o aumento do preço do petróleo no mercado. A totalidade de relatório está disponível no site da Petrobras.

    margem equatorial

    Fonte: divulgação/Petrobras
    Fonte: Divulgação/Petrobras

    Os diretores da petroleira também compartilharam informações sobre o andamento de alguns projetos em andamento. A previsão é iniciar em novembro a perfuração para exploração de petróleo em águas profundas na foz do rio Amazonas, no litoral do Amapá. O processo de licenciamento está em andamento.

    “Cabe agora à Petrobras demonstrar, em uma simulação de avaliação pré-operacional, que os recursos para conter qualquer vazamento são eficientes. Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] monitora e emite a licença”, disse o diretor de exploração e produção Fernando Borges. Ele informou que a simulação deve ocorrer em outubro.

    “Para fazer a simulação, já teremos todo o equipamento necessário” — Fernando Borges

    “Estaremos totalmente preparados para iniciar a operação em seguida. Para realizar a simulação, já teremos todos os equipamentos necessários: uma sonda de perfuração contratada para águas ultraprofundas, seis embarcações de apoio às operações no martrês aeronaves e uma aeronave de asa fixa”, acrescentou Borges.

    Exploração perto da fronteira

    petróleo - preço - mercado futuro
    Foto: Reprodução/Canva

    O local onde será realizada a perfuração fica a 160 quilômetros da costa brasileira e 40 quilômetros da fronteira entre Brasil e França (Guiana Francesa). Saindo do Porto de Belém, são 48 horas de navegação. Segundo Borges, o Brasil está atrasado nos esforços para revelar o potencial petrolífero de sua margem equatorial. Há grande expectativa diante dos achados na Guiana e no Suriname. A Petrobras prevê 14 novas perfurações nos próximos cinco anos, com orçamento de US$ 2 bilhões.

    “Petrobras aposta alto que vamos descobrir petróleo e ter uma nova região produtora” — Fernando Borges

    “Temos, por exemplo, a Exxon produzindo 340 mil barris por dia de petróleo em duas unidades na Guiana. A Petrobras aposta alto que vamos descobrir petróleo e ter uma nova região que produza e gere riqueza para a sociedade”, disse Borges.

    encanamento

    agro, petrobras
    Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

    Outro projeto em andamento, o Rota 3, visa ampliar o escoamento de gás natural dos projetos em operação na área do pré-sal da Bacia de Santos. Envolve um gasoduto de 355 quilômetros de extensão. São 307 quilômetros de trecho marítimo, incluindo águas profundas e águas rasas, e mais 48 quilômetros de extensão terrestre até Itaboraí, onde está localizado o Complexo GasLub, anteriormente denominado Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj). Uma unidade de processamento de gás natural será construída no local. O cronograma de execução original, no entanto, está atrasado.

    Segundo o diretor de desenvolvimento da produção, João Henrique Rittershaussen, o gasoduto já está concluído, mas houve problemas com as obras da unidade de processamento de gás natural, não sendo mais possível a conclusão do projeto em 2022. Além de sofrer atrasos por conta dos impactos da pandemia de covid-19, a construção foi paralisada, e os funcionários foram dispensados ​​por decisão unilateral da empresa responsável pela execução.

    As negociações estão em andamento para rescindir o contrato. Rittershaussen disse que a Petrobras ainda não decidiu como concluirá o projeto. “Estamos refazendo todo o planejamento e ainda não temos uma data definida”, disse.

    Fonte: Agência Brasil

    Todo o conteúdo audiovisual do CompreRural é protegido pela legislação brasileira sobre direitos autorais, sua reprodução é permitida desde que citada a fonte e com aviso prévio através do e-mail [email protected]



    Fonte: Noticias Agricolas