O movimento se estendeu ao mercado mineiro, onde os negócios seguiram firmes (mas inalterados) desde o mês anterior. Estranhamente, porém, o aumento em Minas Gerais foi bem mais discreto do que em São Paulo.
Nos quase 60 dias entre o final de maio e julho, o frango vivo operou pelo mesmo preço – R$ 4,50/kg – tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais. No entanto, a estabilidade observada ao longo desse período não refletia a realidade dos dois mercados, pois enquanto em São Paulo o ambiente era extremamente frouxo e a cotação atual funcionava apenas como referência máxima (ou seja: lotes não programados estavam sujeitos a descontos variados), em Minas Gerais, sempre prevaleceu a firmeza do mercado, prenunciando que, se surgisse uma oportunidade, Minas Gerais assumiria a liderança. Isso não aconteceu.
Para surpresa de todos, em três dos últimos quatro dias úteis de julho, o frango vivo ofertado no mercado independente paulista registrou altas diárias de 10 centavos cada. Com isso, o mês fechou a negociação a R$ 4,80/kg, valor que, neste ano, já vinha sendo praticado durante o mês de abril, mas que também havia sido praticado dois anos antes, em abril de 2021. Apesar, porém, de Como reação significativa, a nova cotação ficou mais de 21% abaixo da registrada um ano antes, quando o mercado também operava com muita firmeza.
Minas Gerais, por outro lado, só ontem (31 de julho) corrigiu sua cotação, mas em um valor bem mais modesto (cinco centavos) do que o observado em São Paulo. Assim, ao invés de uma diferença a seu favor, como esperado, ela inicia o oitavo mês de 2023, com um valor – R$ 4,55/kg – 25 centavos menor do que o registrado no mercado paulista.
Acrescente-se ainda que em 2023 este é o primeiro reajuste obtido pelo frango mineiro. Porém, não só para o ano, mas para mais de oito meses, já que a última correção positiva foi registrada no final de novembro do ano passado. Desde então até anteontem, os preços já haviam recuado mais de 16%.
No momento, mesmo com o aumento de ontem, o valor do frango vivo em Minas Gerais está 31% abaixo do registrado há um ano, nos primeiros dias de agosto de 2022 quando, aliás, foi batido um recorde histórico (R$ 6,60 /kg) que durou cerca de dois meses.
Jornal do campo
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