As exportações do agronegócio mineiro totalizaram US$ 8,2 bilhões de janeiro a julho deste ano, com destaque para o crescimento de 45% no setor de produtos florestais, em comparação ao mesmo período de 2022, atingindo a marca de US$ 677,4 milhões.
O complexo sucroalcooleiro também teve expressivo aumento de 36,2%, atingindo faturamento de US$ 826,4 milhões.
Mais de 1 milhão de toneladas de produtos florestais (celulose, madeira, papel, borracha natural e gomas naturais) foram embarcadas para o exterior, volume 22,6% superior aos embarques dos primeiros sete meses de 2022. Enquanto o complexo sucroalcooleiro exportou 1,8 milhões de toneladas, com reforço de 10,8%.
No segmento de produtos florestais, a celulose foi responsável pela maior parte das vendas no mercado internacional, 98% dos embarques, e vem vivenciando um cenário de alta demanda, impulsionado especialmente pelas compras chinesas.
“A demanda da China por celulose está ligada ao seu uso na produção de artigos de higiene para a população. No contexto das exportações desse produto, Minas Gerais assume a posição de quarto maior estado fornecedor do Brasil, gerando uma receita de US$ 664 milhões e um volume de 982 mil toneladas. Este é o melhor desempenho desde que o recorde histórico começou em 1997.”comenta a assessora técnica da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Manoela Teixeira.
Dentro do complexo sucroalcooleiro, o produto com melhor resultado foi o açúcar, com US$ 749,4 milhões, seguido pelo álcool, com US$ 74 milhões.
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Retração – A receita de US$ 8,2 bilhões do agromineiro com exportações, entre janeiro e julho, sofreu queda de 9,7% em relação ao mesmo período de 2022.
A queda é explicada pela queda de 17,4% no preço médio total de uma tonelada de commodities no mercado mundial. Os produtos que registraram maior redução de valor foram café, complexo de soja e carnes.
“A diminuição na quantidade de transações por tonelada está em grande parte ligada às reorganizações no mercado internacional de commodities. Especificamente em Minas Gerais, o desempenho das vendas externas do setor cafeeiro impacta todo o conjunto de itens comercializados, devido à sua considerável importância. Neste momento, dada a retração nas vendas de café, essa influência é ainda mais acentuada”explica Manuela.
O café, carro-chefe da agricultura mineira, faturou US$ 2,9 bilhões e 12,8 milhões de sacas destinadas a 87 países, principalmente Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.
Nos primeiros sete meses deste ano, o segmento foi responsável por 36% das vendas externas do agronegócio no estado. Na comparação com o mesmo período de 2022, as quedas foram de 25,4% em receita e 21,4% em volume.
Há expectativa de recuperação no segundo semestre, momento em que as vendas de café ganham expressão com o fim da colheita. A projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que sejam produzidas 27,8 milhões de sacas na safra 2023. O número é aproximadamente 27% superior ao obtido no ano passado.
Complexo de Soja – O volume embarcado da oleaginosa foi recorde entre janeiro e julho, com embarques atingindo 4,7 milhões de toneladas, gerando receita de US$ 2,6 bilhões.
Mesmo em cenário positivo, houve pequena queda de 2,5% no preço dos produtos, sendo 2,2% da soja em grãos e 13,3% do farelo. Por outro lado, o petróleo subiu 21,4% em valor. A China foi responsável por metade das importações do produto mineiro.
O segmento de carnes segue em ritmo de contração nas exportações, especialmente por conta do arrefecimento das compras chinesas, principal porta de entrada da proteína. A queda no intervalo foi registrada em 33%.
No caso da carne de frango, o cenário foi de estabilidade, com aumento de 1% nas vendas, que atingiram US$ 206 milhões. O destaque em termos de crescimento foi a carne suína, com US$ 25,9 milhões e cerca de 12 mil toneladas, aumentando 16% e 5% respectivamente.
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Dados gerais – O agro respondeu por quase 36% do total das exportações mineiras nos primeiros sete meses de 2023. Em volume, foram embarcadas 9,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 9,4%.
Os principais destinos dos produtos agrícolas gaúchos no intervalo foram: China (US$ 2,9 bilhões), Estados Unidos (US$ 677,3 milhões), Alemanha (US$ 481,5 milhões), Itália (US$ 330,4 milhões) e Japão (US$ 318,5 milhões). milhão).
Isoladamente, o último mês de julho faturou US$ 1 bilhão com o comércio internacional e 1,2 milhão de toneladas embarcadas ao exterior. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Fonte: Ascom Seapa/Governo de MG
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