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Expansão Agropecuária: 50% de Crescimento em 38 Anos

    Em 38 anos, área usada pela agropecuária salta 50% e ocupa um

    Expansão da agronegócio no Brasil: Impactos e Desafios

    Por Thalita Pires

    O poderoso avanço das atividades agropecuárias no Brasil nas últimas décadas

    O avanço ininterrupto da agropecuária no Brasil nos últimos 38 anos mostra a significativa expansão do território ocupado por essas atividades. Dados recentes do MapBiomas revelam que a área destinada ao agronegócio cresceu 50% no período de 1985 a 2022, representando um terço do território nacional.

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    Impactos da Expansão Agropecuária no Brasil

    Crescimento da Área ocupada pela Agropecuária

    Desmatamento para Pastagem

    Impactos Socioambientais

    Expansão da Agropecuária na Amazônia

    Soja e outras culturas agrícolas

    Soja quadruplica área ocupada no Cerrado

    Áreas de cultivo agrícola em expansão

    Em avanço ininterrupto nos últimos 38 anos, a agropecuária ocupa atualmente um terço do território nacional. Dados levantados pelo MapBiomas divulgados nesta sexta-feira (6) mostram que, entre 1985 e 2022, a área ocupada por essas atividades do agronegócio cresceu 50%, incorporando um território equivalente ao Mato Grosso, o terceiro maior estado brasileiro.  

    Quase dois terços deste avanço da fronteira da agrícola se dá por meio do desmatamento para pastagem. Segundo o estudo, entre 2008 e 2012 houve uma queda nesta substituição da vegetação nativa por pastagem, mas os patamares voltaram a subir desde 2013. 

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    :: Desmatamento cresce 22% no Brasil em 2022; agropecuária é principal responsável, diz Mapbiomas ::


    Os impactos socioambientais da atividade agropecuária no território brasileiro são extensos. “A expansão da agropecuária ainda envolve desmatamento. Isso contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa do país, perda de ecossistemas naturais e sua biodiversidade e impactos na regulação do clima e ciclo hidrológico”, enumera Julia Shimbo, coordenadora científica do MapBiomas. 

    “Essa expansão também frequentemente leva a conflitos fundiários e sociais, com comunidades tradicionais e indígenas. Além disso, o manejo agropecuário inadequado pode levar a degradação do solo, perda da produtividade a longo prazo”, completa.

    A Amazônia é onde esse processo mais vem acontecendo, em especial no Pará. Há quatro décadas a área amazônica ocupada por pasto para agropecuária era de 13,7 milhões. Em 2022, já havia saltado para 57,7 milhões.  

    “Ainda temos a perda de vegetação nativa em todos os biomas, com diferentes padrões de conversão. O aumento da área de pastagem na Amazônia, superando a área do Cerrado, está relacionado com o aumento do desmatamento da região nos últimos anos, prioritariamente para utilização em pastagens”, explica Shimbo. “Mas muitas dessas áreas não são produtivas, sendo a conversão para venda de terras que posteriormente podem ser convertidas para agricultura.”

    :: Seca catastrófica na Amazônia ameaça produção sustentável que mantém floresta em pé ::

    Soja quadruplica área ocupada no Cerrado 

    Entre as terras incorporadas pela agropecuária de 1985 para cá e destinadas para o cultivo agrícola, praticamente todas (96%) produzem grãos e cana. Triplicando as áreas nestes 38 anos, estas lavouras atualmente ocupam 7% do território brasileiro. 


    E a soja transgênica é o carro chefe. Dos 58,7 milhões de hectares ocupados por estes cultivos, 35 milhões são do avanço da soja. Só essa commodity aumentou em quatro vezes a região que ocupa no país. 


    Apesar de esse processo acontecer em todos os biomas, é no Cerrado que a soja teve um aumento de mais de 15 vezes no período monitorado. “Apesar do crescimento acelerado nos últimos anos na Amazônia, o Cerrado corresponde a 48% da área plantada com soja no Brasil”, destaca material do MapBiomas. 

    Edição: Thalita Pires





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    Impacto da Agropecuária no Território Brasileiro

    A Expansão da Fronteira Agropecuária

    O crescimento contínuo da agropecuária nos últimos 38 anos resultou na ocupação de um terço do território nacional. Segundo dados do MapBiomas divulgados recentemente, a área destinada a essas atividades do agronegócio cresceu 50% entre 1985 e 2022, incorporando um território equivalente ao estado do Mato Grosso, o terceiro maior estado brasileiro.

    Desmatamento para Pastagem

    Quase dois terços desse avanço da fronteira agrícola se dá por meio do desmatamento para pastagem. Embora tenha havido uma queda nesta substituição da vegetação nativa por pastagem entre 2008 e 2012, os patamares voltaram a subir desde 2013, segundo o estudo divulgado.

    Impactos Socioambientais

    Os impactos sociais e ambientais da atividade agropecuária no território brasileiro são extensos. A expansão da agropecuária contribui para o aumento das emissões de gases de efeito estufa do país, perda de ecossistemas naturais e sua biodiversidade, impactos na regulação do clima e no ciclo hidrológico, além de frequentemente levar a conflitos fundiários e sociais com comunidades tradicionais e indígenas.

    Desmatamento na Amazônia

    A região amazônica é onde esse processo mais vem acontecendo, especialmente no Pará. Nos últimos 40 anos, a área amazônica ocupada por pasto para agropecuária saltou de 13,7 milhões para 57,7 milhões de hectares. O aumento da área de pastagem na Amazônia está relacionado com o aumento do desmatamento na região, prioritariamente para utilização em pastagens.

    Soja no Cerrado

    A soja transgênica é o carro chefe desse avanço da fronteira agrícola, ocupando uma grande parcela das áreas destinadas para o cultivo agrícola, principalmente no Cerrado. A soja quadruplicou a área ocupada, aumentando em mais de 15 vezes no período monitorado, correspondendo a 48% da área plantada com soja no Brasil.

    Conclusão

    Em suma, o avanço da fronteira agropecuária no território brasileiro demonstra um aumento significativo nas áreas destinadas à agropecuária e ao cultivo agrícola, resultando em impactos socioambientais extensos. É crucial encontrar um equilíbrio entre o desenvolvimento agrícola e a preservação dos ecossistemas naturais e da biodiversidade para garantir um futuro sustentável para o país. A compreensão desses impactos e a implementação de práticas agrícolas mais sustentáveis são cruciais para mitigar os efeitos negativos desse avanço agropecuário.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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