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Estão disponíveis as agromensais de junho/2023 – Núcleo de Estudos Avançados em Economia Aplicada

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Cepea, 05/07/2023 – O Cepea (Núcleo de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, disponibiliza hoje os relatórios agromestrais de junho de 2023.

Confira cá!

Inferior estão alguns trechos das análises retrospectivas:

AÇÚCAR: O ritmo das negociações do açúcar cristal branco estava sossegado no mercado spot paulista no início de junho, e a demanda não dava sinais de aquecimento. A produção de açúcar chegou a ser interrompida em alguns dias da primeira quinzena, por conta das chuvas, contexto que sustentou os preços das sacas de cristal. A partir da segunda quinzena, os valores médios do açúcar cristal branco caíram. O clima sedento impulsionou a produção nas usinas, aumentando a oferta de lotes de cristal branco para entrega imediata, principalmente do tipo Icumsa 180, e houve aumento da liquidez. Outros fatores que pressionaram os preços domésticos do cristal branco foram a desvalorização dos contratos externos do demerara e do dólar.

ALGODÃO: Os preços domésticos do algodão em pluma recuaram em junho, voltando aos patamares observados em meados de outubro/20. A pressão veio dos valores mais baixos observados para a pluma registrada na Ásia e também da desvalorização do dólar, que reduziu a paridade de exportação. No mercado interno, a demanda continuou fraca, com as indústrias adquirindo novos lotes exclusivamente quando necessário. As estimativas de que a novidade safra será grande reforçam a pressão sobre os valores domésticos.

ARROZ: Em seguida quase oito semanas de queda, os preços do arroz em casca reagiram na última semana de junho, encerrando o mês em torno de R$ 82,00/saca de 50 kg. Esse cenário esteve atrelado à tímida valorização do dólar frente ao real no período, o que aumentou o interesse do vendedor em negociar o arroz com o mercado extrínseco. Assim, nos últimos dias do mês, algumas tradings estiveram mais ativas, buscando lotes de arroz para atender os contratos de exportação.

BOI: As cotações da arroba do boi gordo apresentaram alguma reação no final de junho, levando o Indicador de Boi Gordo CEPEA/B3 (estado de São Paulo) a apinhar valorização de 4,5% no mês. Apesar disso, o primeiro semestre terminou com os preços da arroba bovina em poderoso queda. E essas desvalorizações deixaram muitos pecuaristas em alerta durante todo esse período, marcado pela maior oferta de animais para abate e pela suspensão – por um mês – dos embarques de músculos bovina para o principal rumo da proteína vernáculo, a China.

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CAFETERIA: Os preços domésticos do moca arábica caíram fortemente em junho. O Indicador CEPEA/ESALQ para o arábica tipo 6, postado na cidade de São Paulo, fechou a R$ 825,59/saca de 60 kg no dia 30, queda significativa de 16,7% (ou 165,46 reais/sc) no aglomerado do mês . A média mensal, de R$ 928,86/sc, foi a menor, em termos nominais, desde julho de 2021.

ETANOL: Os preços do etanol hidratado e anidro no estado de São Paulo caíram no balanço dos três primeiros meses da safra 2023/24 (abril, maio e junho/23) em relação ao mesmo período da safra passada.

FRANGO: A subida oferta de aves, em função do aumento da arranjo, e o inferior ritmo de comercialização de carnes, principalmente no final de junho, pressionaram fortemente os preços dos produtos avícolas no mercado vernáculo no mês.

MILHO: Os preços domésticos do milho começaram junho fracos, mas reagiram na segunda semana do mês, interrompendo o movimento de queda que vinha sendo registrado desde março. O impulso veio das valorizações externas do cereal, que, por sua vez, foram influenciadas pelas preocupações com o desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos. Na última semana do mês, os valores dos cereais voltaram a desabar com alguma força no Brasil, levando os valores médios mensais aos patamares mais baixos desde 2019.

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OVELHA: O mês de junho foi marcado pela recuperação dos preços do cordeiro vivo. Em todas as regiões monitoradas pelo Cepea, os valores médios do bicho em junho superaram os de maio, movimento que se deve ao aumento da demanda.

MILITARES: As negociações da soja continuaram acaloradas em junho. Isso porque, com a ingressão do milho segunda safra, cooperativas e produtores do cereal influenciaram os produtores a liquidar segmento do restante da safra de verão, a termo de liberar espaço nos armazéns. Esse cenário aumentou a liquidez da oleaginosa no mercado brasílio, mesmo com preços mais baixos. A desvalorização do dólar frente ao real reforçou a pressão sobre os valores no Brasil. A moeda norte-americana registrou quedas de 2,7% entre as médias de maio e junho e de 9,7% na confrontação com jun/22, para R$ 4,844 no último mês.

TRIGO: Em junho, enquanto a semeadura da safra vernáculo de trigo continuava avançando, ao mesmo tempo, iniciou-se a colheita em algumas áreas do país. Na Argentina, principal origem do trigo importado pelo Brasil, a espaço com o cereal na atual temporada voltou a ser reajustada para inferior e, agora, deve ser subordinado à da safra passada.

ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações: [email protected] e (19) 3429 8836.

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**Levante texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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