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Entenda como o Brasil se tornou o maior produtor e exportador de soja do mundo

    Entenda como o Brasil se tornou o maior produtor e

    O país produziu 138 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021, preservando 66% da vegetação nativa

    O Brasil é o maior produtor e exportador de uma das principais commodities (produtos que funcionam como matéria-prima) do mundo – a soja. Dele são derivados grãos para consumo humano, farelo como ingrediente muito importante para nutrição animal e óleo na produção de bens de consumo para culinária, medicamentos e biodiesel.

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    O sistema de cultivo de soja brasileiro é produzido com tecnologias ecologicamente corretas, como fixação biológica de nitrogênio, plantio direto na palha e manejo integrado de pragas, o que demonstra sua sustentabilidade, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

    O desenvolvimento de tecnologias próprias permitiu ao Brasil ser líder mundial na produção de soja sem pressionar as áreas florestais, mesmo considerando os cenários de aumento da demanda pelo grão nos próximos anos.

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    Dominante no Brasil na produção de grãos, o sistema plantio direto ocupa quase 70% das áreas agrícolas e mais de 95% da área plantada de soja. É um sistema diferenciado de manejo do solo, que visa reduzir o impacto das operações da atividade agrícola sobre os solos, eliminando processos erosivos, mantendo a decomposição e ciclagem de nutrientes no solo – perpetuando áreas produtivas, o que permite até três colheitas. durante o ano.

    E por falar na safra 2020/21, o Brasil produziu 138 milhões de toneladas de soja, ocupando aproximadamente 39 milhões de hectares de área plantada, conforme mostra o estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentado em julho de 2022. O estudo também mostra que a produtividade do plantio de grãos no país é de 3.525 kg/ha.

    Apesar de ser a principal cultura agrícola do país, a soja é plantada em menos de 5% do território brasileiro, o que equivale a 40 milhões de hectares. Cabe destacar que, segundo a Embrapa, o uso da terra no Brasil está assim distribuído: 66% de vegetação nativa (reservas legais e áreas de preservação permanente) – 554 milhões de hectares; 23% pastagens – 198 milhões de hectares; 8% na agricultura, na produção de grãos – 60 milhões de hectares; 4% em urbanização e outros usos – 38 milhões de hectares.

    Estudo apresentado pela Conab mostra que 70% da produção de soja no Brasil ocorre nas regiões Centro-Oeste e Sul, sendo o maior produtor da oleaginosa o estado de Mato Grosso, com mais de 36 milhões de toneladas por safra. Quando se pensa em biomas, a soja ocupa 9,8% do bioma Cerrado e 1% do bioma Amazônia, segundo dados da própria Conab e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

    Soja no Bioma Amazônia

    84% do bioma amazônico está preservado em virtude da legislação vigente e de um esforço nacional público e privado de preservação do meio ambiente, principalmente dos produtores rurais. A ocupação atual do bioma está bloqueada em mais de 60%. No entanto, nas demais áreas particulares, principalmente nas propriedades rurais, é obrigatória a preservação de 50% a 80% da vegetação nativa.
    Isso significa que, mesmo que essas áreas estejam disponíveis, elas não podem ser totalmente incorporadas à produção. E é por isso que 84% do bioma está preservado, conforme explica a Carta de Brasília, documento elaborado pela Aprosoja Brasil durante o 1º Congresso Brasileiro de Produtores de Soja (https://bit.ly/3LcN325).

    Dados apresentados pelos pesquisadores Amélio Dall’Agnol e Décio Gazzoni, da Embrapa Soja, comparam o desmatamento da área utilizada para o cultivo do grão e demonstram que, embora a área de soja tenha aumentado de 2005 a 2018 na região amazônica, o desmatamento foi reduzido e o coeficiente de correlação entre as duas séries é negativo.

    Há algumas décadas, a produção agrícola brasileira tem sido baseada em plantações que não necessitam de desmatamento para promover sua expansão. Como exemplos, vale citar o uso de pastagens degradadas, que é a conversão de áreas de pastagens em processos de degradação para uso agropecuário, intensificação agrícola, com a utilização de dois, às vezes três, ciclos de cultivo por ano na mesma área (no verão, safra e safrinha, e no inverno a safra irrigada), o que implica a redução da área necessária para a mesma produção agrícola e o contínuo aumento da produtividade da soja apoiado em sistemas de produção melhorados, baseados em tecnologia para compensar parcialmente a área adicional necessária.

    Dados da Aprosoja Brasil estimam que, em relação à cadeia produtiva da soja no país, existam mais de 243 mil produtores, responsáveis ​​por 25% dos empregos gerados, por 27% do PIB nacional, por 40% das exportações nacionais e por o aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nos milhares de municípios onde a soja está presente, o que melhora a qualidade de vida das famílias do interior do país.

    Segundo dados da Comex Stat, em 2021 o Brasil exportou pouco mais de 86 milhões de toneladas de soja, gerando mais de 38 bilhões de dólares em PIB.

    soja brasileira

    Sem dúvida, o teor de proteína encontrado na soja é um dos principais fatores que a tornam tão importante para a dieta mundial. Mais um motivo para explicar o grande interesse mundial pela commodity brasileira. A Embrapa Soja promoveu um estudo para analisar o teor médio de proteína encontrado no grão produzido no Brasil. A pesquisa mostrou 37% de teor de proteína na soja nacional.

    Se compararmos com o segundo maior produtor do grão do mundo, os Estados Unidos, veremos que, mesmo nesse quesito, a soja brasileira se destaca, já que a oleaginosa norte-americana possui 34,7% de proteína em sua composição.

    O Brasil é um grande produtor e exportador mundial de soja e muitos outros alimentos. O país é um dos maiores responsáveis ​​pelo abastecimento de alimentos do planeta de forma sustentável, com cumprimento e observância das normas sanitárias e ambientais, consideradas as mais rígidas do mundo e apresenta um padrão de qualidade contínuo, sem aumentar a área de plantio.



    Fonte: Noticias Agricolas