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Taxas futuras de juros caem e voltam a precificar chance majoritária de…

tag:reutersPor Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) – Após duas sessões de altas, os contratos futuros de taxas de juros fecharam nesta sexta-feira em mínimas, voltando a precificar grandes chances de o Banco Central cortar a Selic em 0,50 ponto percentual em agosto, em dia sob influência do exterior, onde os rendimentos do Tesouro também cederam.

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A sexta-feira foi de agenda vazia no exterior, o que deixou os mercados sem novidades para operar. Os retornos do Tesouro envolveram perdas entre contratos mais longos, em meio a visões de que o Federal Reserve pode aumentar sua taxa básica apenas mais uma vez este ano – não o dobro do projetado anteriormente. Essa perspectiva também influenciou a curva a prazo no Brasil.

“Nos últimos dois dias, houve uma abertura das taxas, principalmente nos EUA, mas o Brasil seguiu. E hoje (sexta-feira) o mercado volta aos fundamentos de longo prazo”, disse o economista Rafael Pacheco, da Guide Investimentos.

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“Os fundamentos apontam para o fim do aperto monetário nos EUA e o início da flexibilização aqui”, acrescentou.

Nesse cenário, os investidores aguardam as notícias da próxima semana – consideradas fundamentais para a precificação dos ativos – antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para o início de agosto.

Na próxima semana, os investidores estarão atentos à divulgação do IPCA-15 de julho, na terça-feira, e do resultado da reunião de política monetária do Fed, na quarta-feira.

O Ministério do Planejamento e Orçamento e o Ministério da Fazenda divulgaram nesta sexta-feira o relatório bimestral de receitas e despesas, com novas projeções para a área fiscal em 2023.

Apesar do resultado, o secretário de Orçamento da União, Paulo Bijos, destacou em entrevista coletiva sobre os números que a meta fiscal autorizada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023 é de déficit de R$ 238 bilhões e que o governo segue abaixo dela.

Os números e a coletiva de imprensa, apesar de monitorados, saíram à tarde, quando as mesas cirúrgicas já estavam vazias. Eles não mudaram a tendência de baixa para a curva futura do dia.

No final da tarde, a taxa DI de janeiro de 2024 estava em 12,715%, contra 12,763% no reajuste anterior, enquanto a taxa DI de janeiro de 2025 estava em 10,73%, contra 10,847% no reajuste anterior. Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2026 ficou em 10,175%, ante 10,295% no reajuste anterior, e a taxa para janeiro de 2027 foi de 10,225%, ante 10,343%.

Perto do fechamento desta sexta-feira, a cotação na curva tinha 60% de chance de corte de 0,50 ponto percentual na Selic em agosto e 40% de chance de corte de 0,25 ponto percentual. Na última sexta-feira, perto do fechamento, esses percentuais eram de 24% e 76%, respectivamente.

Às 16h35 (horário de Brasília), o rendimento do Tesouro de dez anos – referência mundial para decisões de investimento – caía 1,5 ponto percentual, a 3,8388%.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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