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Embrapa: Movimento sem Fronteiras quer promover cultivo e aproveitamento do sorgo

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Com coordenação da Embrapa, iniciativa público-privada visa solidificar a imagem do cereal como cultura sustentável, protagonista, agregador e agente de segurança alimentar

Uma mobilização perene, sem moeda nem fronteiras, voltada para o estímulo ao cultivo e diversificação do uso e consumo sustentável do sorgo nos mais variados segmentos agrícolas e agroindustriais. Essa é a ideia central do “Movimento + Sorgo” estruturado no âmbito da Embrapa, em parceria com a Latina Seeds, e que prevê a participação e adesão de empresas e organizações públicas e privadas interessadas no crescimento e fortalecimento da cultura . Por seu know-how e participação em outras parcerias (como a Associação Rede ILPF), a Embrapa está coordenando a estruturação do processo de governança e um fundo de fomento ao movimento (recursos de parceiros interessados ​​nessa aliança).

A iniciativa está sendo preparada para lançamento oficial ainda neste ano (2023), quando a Embrapa completa 50 anos e que também marca a realização da Conferência Global do Sorgo – Resiliência e Sustentabilidade diante das Mudanças Climáticas (Global Sorghum Conference – Resiliency and Sustainability Diante das Mudanças Climáticas), de 5 a 9 de junho, em Montpellier, na França.

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Entre as ações previstas estão alianças estratégicas entre empresas e organizações, mapeamento da produção, definição de potenciais regiões prioritárias, disponibilização de recursos entre parceiros, canalizados para um fundo de gestão, e estratégias de comunicação e marketing (expedições e caravanas técnicas, canais em redes sociais, etc. .).

Para o gerente geral da Embrapa Milho e Sorgo, Frederico Ozanan Machado Durães, os avanços tecnológicos e o bom momento da cultura no país reforçam ainda mais o movimento: “O sorgo é um alimento rico em energia, funcional e estratégico para o Brasil. Seu cultivo está em plena evolução no território brasileiro. É altamente responsiva sob a ótica do binômio inovação e mercado e na governança de uma moderna matriz de insumos e produtos. Atualmente, é possível distinguir um cinturão do sorgo granífero no Brasil, um “cinturão do sorgo brasileiro”, especialmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Tocantins, além do Distrito Federal” .

Foto: Ariosto Mesquita Toda essa mobilização tem como objetivo final impulsionar a produção e disponibilidade de alimentos nas diversas cadeias produtivas. Nesse sentido, o sorgo é entendido não como uma cultura individual, mas como um agente coletivo de segurança alimentar. O movimento, portanto, não prevê incentivar seu uso em detrimento de outras culturas. Ao contrário, prevê que o sorgo funcionará como um elemento agregador de valor e de aumento de produtividade em diversos modelos agrícolas adotados em propriedades rurais, principalmente nas regiões tropicais, muito afetadas nos últimos anos por episódios climáticos.

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Uma das ofensivas previstas no movimento é o esclarecimento ao produtor de como o sorgo (tanto em grão quanto forrageiro) é funcional para a pecuária para ampliar a janela de produção de alimentos para consumo do animal nos meses de estiagem. Isso acontece porque, em geral, é mais resistente ao déficit hídrico e tem ciclo de desenvolvimento mais curto que o milho. Portanto, ao invés de substituí-lo, o sorgo é extremamente eficiente para formar uma dupla com o milho, garantindo maior oferta e melhor qualidade de silagem e/ou grãos para servir no cocho.

O movimento também quer fortalecer outras vertentes do aproveitamento vegetal, como o sorgo biomassa (produção de bioenergia – via queima em caldeira), sorgo sacarino (produção de biocombustível), sorgo vassoura (produção de vassoura artesanal) e sua versatilidade para consumo humano. “O grão de sorgo é uma ótima alternativa para a produção de etanol, enquanto sua fibra tem enorme potencial para geração de energia renovável, sem esquecer de seus compostos bioativos, fundamentais para a saúde humana”, observa Willian Sawa, diretor executivo da Latina Seeds.

A idealização do “Movimento + Sorgo” teve como embrião uma proposta de campanha de expansão do cultivo do sorgo, surgida internamente na Latina Seeds (empresa reconhecida com expertise em sementes de sorgo e milho) e apresentada aos seus colaboradores no dia 17 de junho , 2022, em Foz do Iguaçu-PR. Posteriormente, constatou-se que não bastava incentivar o plantio, mas também outras etapas da cadeia, como o processamento industrial e o consumo final. Esse conceito foi levado pessoalmente a potenciais parceiros por Sawa, e acabou recebendo um impulso definitivo de viabilização da equipe da Embrapa, que abraçou e expandiu a ideia.

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Uma das primeiras apresentações do arcabouço do movimento foi feita no último dia 10 de janeiro, pelo pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Frederico Botelho, durante o VII Encontro Nacional da Cultura do Sorgo, promovido (online) pela Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz – Fealq (Piracicaba-SP). “Este é um movimento de parceria. Por isso, convidamos as empresas e entidades interessadas em colaborar na construção e execução desse movimento, a se unirem à Embrapa e à Latina Seeds neste projeto de incentivo à expansão do cultivo e uso do sorgo no Brasil e em outros países”, destacou o cientista , adiantando que o modelo de participação nas parcerias, bem como a sua institucionalização, serão brevemente divulgados.

Empresas ‘Agro’ (nacionais e multinacionais), organizações e indústrias interessadas em aderir ao “Movimento + Sorgo” podem entrar em contato com a equipe de estruturação nos seguintes endereços: e [email protected]



Fonte: Noticias Agricolas

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