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Embrapa clonará Araucária gigante de 750 anos

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Resgatando a História de uma Gigante

O caso da araucária de 750 anos que caiu no Paraná

Por Embrapa Florestas

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Sumário

1. Resgate genético da araucária de 750 anos

1.1 Técnica de clonagem e enxertia

1.2 Coleta de material para clonagem in vitro

2. Clonagem da araucária gigante

2.1 Viabilidade da clonagem in vitro

2.2 Processo de clonagem por enxertia

3. Impactos e importância do resgate genético

3.1 Uso de clones para plantio e preservação

3.2 Relevância cultural e ambiental da araucária gigante

Um trabalho de resgate genético iniciado pela Embrapa Florestas pretende, por meio da técnica de enxertia, clonar a araucária de 750 anos, que desabou no Paraná.

Isso possibilitará o plantio de árvores geneticamente idênticas à árvore gigante. 

Nesta segunda-feira (6), o pesquisador Ivar Wendling esteve na propriedade e coletou brotos para realizar o procedimento, além da coleta de material para o Laboratório de Micropropagação, que vai realizar estudos sobre a viabilidade da clonagem in vitro. 

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No fim de outubro, a maior araucária do Paraná, com 42 metros de altura e circunferência à altura do peito de mais de 6 metros, foi derrubada pelas fortes chuvas que assolaram o estado. A árvore, que era um ponto turístico da região e considerada um símbolo da cultura local, tinha mais de 750 anos de idade.

“O impacto de ver uma gigante destas caída é muito grande”, diz Wendling, “mas fico feliz em podermos estudar melhor a árvore e realizar sua clonagem”, complementa.

Clonagem

A técnica de clonagem é simples, mas exige acesso a brotos da copa, que podem originar os chamados enxertos “de galho” ou “de tronco”.

O pesquisador explica que “a araucária é a única árvore do Brasil que tem galho e tronco separados com muita clareza. Então, dependendo de onde tiramos o broto, teremos diferentes características da planta que vai surgir”. 

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A araucária de galho dará origem a uma “mini araucária”, que vai chegar a, no máximo, 3 a 5 metros de altura. “Como esta árvore é fêmea, teremos mini araucárias que produzem pinhões”, explica. “Mas, seus pinhões, vão originar árvores de tamanho ‘normal’”. 

Já os enxertos “de tronco” vão dar origem a árvores “normais”. “Possivelmente os clones desta árvore não chegarão à mesma altura, pois coletamos brotos maduros, mas a sua genética vai permanecer”, esclarece Wendling.

Mesmo com a idade e altura fora do comum, a araucária gigante de Cruz Machado estava bastante ativa: “ao chegar ao local, nos deparamos com inflorescências e pinhas em formação, indicando que a árvore ainda estava em idade reprodutiva”, comemora o pesquisador. No entanto, seu tronco já estava completamente oco, o que vai impedir a retirada de discos de madeira e a efetiva contagem de anos da árvore.

Foto: Katia Pichelli/Embrapa Floresta

“O Laboratório de Dendrocronologia da Embrapa Florestas poderia calcular a idade da árvore com mais assertividade, mas árvores mais velhas como esta geralmente formam ocos em seu interior e, sem podermos chegar ao cerne, não é possível a efetiva contagem dos anéis de crescimento”, explica. 

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Segundo ele, o interior do tronco da árvore serve para a sustentação de sua estrutura, mas a seiva, que alimenta a árvore, corre muito próxima à casca. “E é por isso, possivelmente, que ela sucumbiu às fortes chuvas e ventos: com o interior oco, não havia sustentação”.

Se os brotos serão viáveis para os enxertos darem certo ainda é uma incógnita. “Procuramos vir o mais rápido possível e conseguimos coletar muitas brotações de galho, mas poucas de tronco, que são realmente mais difíceis de conseguir”, comentou. 

“Mas, sendo viáveis, esperamos em breve levar para a proprietária da área e para o município de Cruz Machado diversas mudas para serem plantadas tanto na área onde a araucária gigante caiu quanto em outros locais do município. Também esperamos enriquecer o banco genético de araucárias que temos na Embrapa Florestas”, salienta Wendling.

Para Silmar Kazenoh, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Cruz Machado, “além de ser o símbolo do Paraná, tínhamos o privilégio de ter a maior do estado, que recebia muitas visitas. O trabalho de enxertia será importante para termos clones deste material”.

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Clonagem

O resgate genético iniciado pela Embrapa Florestas busca, através da técnica de enxertia, clonar a araucária de 750 anos, que desabou no Paraná. A partir disso, será possível o plantio de árvores geneticamente idênticas à árvore gigante. Nesta segunda-feira (6), o pesquisador Ivar Wendling esteve na propriedade para coletar brotos a fim de realizar o procedimento, além da coleta de material para o Laboratório de Micropropagação, que estudará a viabilidade da clonagem in vitro.

O impacto da queda da maior araucária do Paraná

No fim de outubro, a maior araucária do Paraná, com 42 metros de altura e circunferência à altura do peito de mais de 6 metros, foi derrubada pelas fortes chuvas que assolaram o estado. A árvore, que era um ponto turístico da região e considerada um símbolo da cultura local, tinha mais de 750 anos de idade. Mesmo com a sua queda, o pesquisador Wendling se mostra feliz por poder estudar melhor a árvore e realizar a sua clonagem.

Técnica de clonagem da araucária em destaque

O pesquisador explica que a araucária é a única árvore do Brasil que tem galho e tronco separados com muita clareza. Então, dependendo de onde tiramos o broto, teremos diferentes características da planta que vai surgir. A araucária de galho dará origem a uma “mini araucária”, que vai chegar a, no máximo, 3 a 5 metros de altura. Já os enxertos “de tronco” vão gerar árvores “normais”. No entanto, mesmo com a idade e altura fora do comum, a araucária gigante de Cruz Machado estava bastante ativa, com inflorescências e pinhas em formação, indicando que ainda estava em idade reprodutiva.

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O Laboratório de Dendrocronologia da Embrapa Florestas poderia calcular a idade da árvore com mais assertividade, mas árvores mais velhas como esta geralmente formam ocos em seu interior e, sem podermos chegar ao cerne, não é possível a efetiva contagem dos anéis de crescimento. Segundo o pesquisador, o interior do tronco da árvore serve para a sustentação de sua estrutura, mas a seiva, que alimenta a árvore, corre muito próxima à casca, o que possivelmente contribuiu para a queda da araucária gigante.

A incógnita sobre a viabilidade dos brotos para os enxertos ainda existe, mas o pesquisador e o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Cruz Machado, Silmar Kazenoh, mostram-se otimistas quanto à possibilidade de clonar a araucária gigante para preservar este símbolo do Paraná.

Em resumo, a técnica de clonagem da araucária é um avanço significativo para a preservação da árvore e a continuidade de sua genética, mesmo após a queda da gigante de Cruz Machado. O trabalho de pesquisa e a coleta de brotos é apenas o começo de um processo que visa manter viva a história e importância da araucária para o estado do Paraná e para o Brasil como um todo.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão

A clonagem da araucária de 750 anos representa um avanço significativo na preservação e perpetuação dessa espécie tão importante para a região. O trabalho realizado pela Embrapa Florestas e pelo pesquisador Ivar Wendling representa um esforço para manter viva a história e a genética dessa árvore gigante, garantindo a continuidade de sua linhagem e contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Perguntas e Respostas

Como será realizada a clonagem da araucária gigante?

A clonagem será realizada por meio da técnica de enxertia, que permitirá o plantio de árvores geneticamente idênticas à araucária de 750 anos.

Quais são os diferentes tipos de enxertos que podem ser realizados?

Serão realizados enxertos “de galho” e “de tronco”, que originarão diferentes características nas árvores resultantes.

Por que a clonagem da araucária é importante?

A clonagem é importante para garantir a continuidade da genética e da linhagem da araucária gigante, preservando a espécie e contribuindo para a diversidade genética das araucárias na região.

Quais são os desafios enfrentados na clonagem da araucária gigante?

Um dos desafios é a viabilidade dos enxertos, especialmente os enxertos “de tronco”, que são mais difíceis de obter. Além disso, a árvore já estava oca no interior, o que pode afetar a sustentação das mudas clonadas.

Qual será o impacto da clonagem para o município de Cruz Machado?

A clonagem possibilitará a produção de clones da araucária gigante para serem plantados na área onde a árvore caiu, bem como em outros locais do município, contribuindo para o enriquecimento do banco genético de araucárias da região.

Content Source: Canal Rural

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