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Em maio, juros bancários médios sobem para 45,4% ao ano

    Em maio juros bancarios medios sobem para 454 ao ano

    A taxa média de juros do crédito livre aumentou 7,4 pontos percentuais (pp) nos últimos 12 meses e atingiu 45,4% ao ano em maio. No mês, o aumento foi de 0,7 pp, segundo as Estatísticas Monetárias e de Crédito, divulgadas nesta quarta-feira (28) pelo Banco Mediano (BC).

    Nas novas contratações para empresas, a taxa média de crédito foi de 23,8% ao ano, fixo no mês e subida de 1,9 pp em 12 meses. Nos contratos com famílias, a taxa média de juros atingiu 59,9% ao ano, subida de 0,3 pp no ​​mês e de 9,5 pp em 12 meses.

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    No crédito livre, os bancos têm autonomia para emprestar o numerário captado no mercado e definir as taxas de juros cobradas dos clientes. O crédito direcionado, que tem regras definidas pelo governo, destina-se basicamente aos setores habitacional, rústico, infraestrutura e microcrédito.

    No caso do crédito direcionado, a taxa para pessoa física foi de 12,1% aa em maio, subida de 0,6 pp em relação ao mês anterior e de 1,7 pp em 12 meses.

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    Para as pessoas jurídicas, a taxa caiu 0,9 pp no ​​mês e aumentou 0,8 pp em 12 meses, atingindo 13,4% ao ano. Assim, a taxa média do crédito direcionado atingiu 12,4% ao ano, subida de 0,3 pp no ​​mês e de 1,5 pp em 12 meses.

    Selic
    O comportamento das taxas médias de juros bancários ocorre no momento em que a taxa básica de juros da economia, a Selic, está no maior nível desde janeiro de 2017, em 13,75% ao ano, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Em março do ano pretérito, o Banco Mediano iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à subida dos preços de mantimentos, vontade e combustíveis.

    A Selic é o principal instrumento utilizado pelo Banco Mediano para atingir a meta de inflação. Em abril, influenciado pelo aumento dos preços dos remédios, o Índice Vernáculo de Preços ao Consumidor Largo (IPCA) ficou em 0,61%, segundo o Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é subalterno à taxa de março de 0,71%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,18%.

    Com inflação baixa, a decisão de manter a Selic é branco de críticas do governo federalista, já que os efeitos do aperto monetário se fazem sentir na subida do crédito e na desaceleração da economia.

    A ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira (27) pelo Banco Mediano, informa que a “avaliação preponderante” expressa pelos membros do colegiado era de expectativa de maior crédito para queda dos juros a partir de agosto. A reunião do Copom ocorreu nos dias 20 e 21.

    A elevação da taxa básica ajuda a controlar a inflação porque afeta os preços, já que os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

    Cartão de crédito
    Para a pessoa física, o destaque do mês foram os cartões de crédito, cujas taxas aumentaram 1,6 pp no ​​mês e 29,6 pp em 12 meses, atingindo 106,2% ao ano.

    No crédito rotativo, que é aquele tomado pelo consumidor quando ele paga menos que o valor totalidade da fatura do cartão e tem prazo de 30 dias, houve subida de 7,8 pp de abril a maio e subida de 86,3 pp em 12 meses, passando para 455,1% ao ano. Depois 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida. No caso do cartão parcelado, os juros caíram 6,2 pp no ​​mês e registraram subida de 21,6 pp em 12 meses, passando para 194,3% ao ano.

    Quanto ao cheque privativo, houve redução de 2,8 pp no ​​mês e aumento de 2,8 pp em 12 meses, passando para 130,7% ao ano.

    A taxa do consignado caiu 0,1 pp no ​​mês e aumentou 1,7 pp em 12 meses (25,8% aa). No caso do crédito pessoal consignado, os juros caíram 0,9 pp em maio e cresceram 5,2 pp em 12 meses (86,7% aa).

    Novas contratações
    A manutenção de altas taxas de juros, fruto do aperto monetário, e a própria desaceleração econômica estão levando a uma desaceleração do crédito bancário, principalmente para as famílias. No mês pretérito, as concessões de crédito caíram 0,5% para pessoas físicas e tiveram subida de 4,2% para pessoas jurídicas.

    Em maio, o estoque do totalidade de empréstimos concedidos pelos bancos do Sistema Financeiro Vernáculo (SFN) foi de R$ 5,387 trilhões, com variação positiva de 0,3% em relação a abril. O resultado refletiu a segurança no saldo das operações de crédito contratadas com pessoas jurídicas (R$ 2,090 trilhões) e o aumento de 0,5% no de pessoas físicas (R$ 3,296 trilhões).

    Na conferência interanual, o crédito totalidade cresceu 10,4% em maio, evidenciando desaceleração na presença de os 11,3% em doze meses observados em abril. Na mesma base de conferência, o saldo com empresas desacelerou para 4,4%, na presença de 4,8% em abril, assim porquê o volume de crédito às famílias passou de um desenvolvimento de 15,8% em abril para 14,6% no mês pretérito.

    O crédito facultado ao setor não financeiro, que é o crédito disponível para empresas, famílias e governos independentemente da natividade (bancos, mercado de títulos ou dívida externa) atingiu R$ 15,096 trilhões, crescendo 0,2% no mês, principalmente devido a 1,5% aumento dos empréstimos da dívida externa.

    Na conferência interanual, o crédito ampliado cresceu 9,9%, com destaque para as elevações da carteira de crédito, 10,3%, e da dívida mobiliária, 9,3%.

    endividamento
    Segundo o Banco Mediano, a inadimplência (considerando atrasos superiores a 90 dias) vem se mantendo fixo há muito tempo, com pequenas oscilações, e registrou 3,6% em maio. Nas operações de crédito livre para pessoa física está em 4,2% e para pessoa jurídica em 2,5%.

    O endividamento das famílias – relação entre saldo de dívidas e rendimentos acumulados em 12 meses – ficou em 48,5% em abril, fixo no mês e com queda de 1,4% em 12 meses. Excluindo os financiamentos imobiliários, que demandam um volume considerável de receita, foi de 30,8% no quarto mês do ano.

    O comprometimento com a renda – relação entre o valor médio de quitação de dívidas e o rendimento médio escolhido no período – ficou em 27,9% em abril, subida de 0,3% no final do mês e de 1,7% em 12 meses.

    Esses dois últimos indicadores são apresentados com maior defasagem do mês de divulgação, pois o BC utiliza dados da Pesquisa Vernáculo por Exemplar de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasílio de Geografia e Estatística (IBGE).

    Fonte: Agro