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Em livro, técnicos da Epagri/Cepa analisam os impactos da…

    Analistas da Epagri/Cepa participam da autoria do livro “O legado econômico e social da Covid-19 no Brasil e em Santa Catarina”, lançado recentemente pela Insular. O capítulo escrito por eles discute os impactos da pandemia na agricultura catarinense, com análise do comportamento da produção, mercados e preços mundiais e brasileiros de carnes, grãos, hortaliças e frutas.

    O livro tem 14 capítulos, escritos por 24 autores brasileiros
    A obra foi organizada pelo professor de Economia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Lauro Mattei, e trata das consequências econômicas e sociais da Covid-19, tanto no Brasil quanto em Santa Catarina. São 14 capítulos de 24 autores brasileiros de diferentes instituições de pesquisa. Os autores da Epagri/Cepa são Rogério Goulart Junior, Haroldo Tavares Elias, Jurandi Teodoro Gugel e Alexandre Luís Giehl.

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    Mercados globais e nacionais

    O texto começa analisando a evolução dos mercados globais e a recuperação da economia, a evolução dos preços globais com o avanço da crise sanitária e econômica e o ciclo de alta dos preços das commodities agrícolas. “O período de impactos da pandemia e redução da atividade produtiva e de serviços na economia mundial intensificou o processo inflacionário em vários países com aumento da demanda relativa e posteriormente contido pelo aumento das taxas de juros nacionais e internacionais”, aponta Rogério.

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    O conteúdo acompanha a evolução do mercado nacional com uma breve análise dos índices trimestrais de volume do PIB total e agrícola e a evolução da inflação de alimentos com índices de preços agrícolas internacionais, atacado, varejo e geral. “Os efeitos das crises sanitária e económica reduziram a oferta e a procura de produtos com restrições orçamentais e aumentaram o nível de desemprego no país. O índice de preços no atacado atingiu variação média superior a 30% entre 2020 e 2021, devido ao reflexo de dificuldades na distribuição de produtos, fechamento do comércio e demora na aprovação de medidas efetivas contra a Covid-19”, destaca Rogério.

    Carne

    No que diz respeito às carnes, o capítulo destaca o fechamento de matadouros, as barreiras sanitárias, o impacto no preço dos insumos e o aumento das exportações para o setor de carnes. “Os impactos mais significativos observados no setor devem-se à corrosão do poder de compra da população no mercado interno e ao aumento do preço dos insumos”, diz Alexandre.

    grãos

    No setor de grãos, o texto fala sobre o impacto no mercado de soja, milho e arroz, com as dificuldades iniciais no comércio mundial causadas pelos protocolos sanitários e posterior valorização dos preços internacionais, que estimularam o aumento das exportações e reduziram os estoques internos e domésticos oferta, aumentando os preços ao consumidor. “Houve impacto nos preços ao consumidor, com aumento no preço dos insumos e nos custos de logística interna e externa; então, a estratégia era aumentar as exportações com o aumento dos preços das commodities, pois os países dependentes de grãos buscavam reforçar os estoques por questões de segurança alimentar”, comenta Haroldo.

    vegetais

    O texto mostra ainda os impactos no comércio e consumo de alho e cebola, que com o fechamento de restaurantes, lanchonetes e escolas, teve redução na demanda. Por outro lado, o consumo das famílias aumentou durante a pandemia devido a um maior número de refeições em casa. No caso específico do alho, o aumento do consumo interno deveu-se ao entendimento de que esse vegetal contribui para melhorar a imunidade do organismo.

    “Devido à crise sanitária, houve um aumento no custo da logística para a distribuição interna de alho e cebola. Quanto à importação dessas hortaliças, a falta de contêineres para transporte, o alto custo do frete internacional e o rígido controle sanitário contribuíram para a redução da importação na entressafra e consequentemente para o aumento dos preços ao consumidor”, aponta Jurandi .

    frutas

    Frutas como banana e maçã sofreram os maiores efeitos do controle da pandemia nos mercados e abastecimentos com a redução da demanda interna. “Além dos efeitos climáticos que afetaram o setor, houve redução da demanda com o fechamento de feiras, restaurantes, escolas e lanchonetes; aumento do custo de distribuição interna e controle sanitário, redução dos volumes no atacado, barreiras sanitárias alfandegárias e aumento dos preços ao consumidor”, destaca Rogério.

    Estudo de hortifrutis no atacado

    O capítulo também traz um levantamento sobre os impactos no mercado atacadista de frutas e hortaliças catarinenses comercializadas em armazéns estaduais e brasileiros, em relação aos volumes, preços e valores transacionados e adequações na distribuição e comercialização seguindo os protocolos de segurança sanitária e a diminuição da demanda em diversos segmentos de compradores institucionais e consumidores, devido à crise econômica e sanitária.

    Também é apresentado o resultado de pesquisa no mercado atacadista de centrais de abastecimento estaduais e brasileiras, com a evolução do fluxo da quantidade vendida no período de 2017 a agosto de 2021, a variação de preços (com cálculo de índice trimestral) e a evolução em valores negociados.

    “No caso dos produtos hortofrutícolas, houve redução no volume vendido, com aumento de preços devido a entraves logísticos na distribuição e comercialização, além de ajustes temporários relacionados ao controle sanitário e nova configuração da participação de compradores nos centros de abastecimento no período”, diz Roger.

    como comprar o livro

    Os interessados ​​podem adquirir o livro nas livrarias ou diretamente no site da editorapelo preço de R$ 69,00.



    Fonte: Noticias Agricolas