Resultado é pregado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque quase 99% das urnas já estão apuradas
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já pode ser considerado eleito presidente do Brasil, no segundo turno realizado neste domingo (30). O resultado é pregado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) porque quase 99% das urnas em todo o país já foram apuradas. O segundo colocado foi o atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
Esta foi a eleição mais acirrada da história do Brasil, com uma diferença de cerca de 2 milhões de votos, por volta das 20h (horário de Brasília).
Lula, que foi presidente por dois mandatos de janeiro de 2003 até o final de 2010, é a primeira pessoa a conquistar um terceiro mandato presidencial na história democrática do país. Aos 77 anos, completados na última quinta-feira, ele levará o PT de volta ao poder pouco mais de seis anos depois que o partido de esquerda foi cassado pela então presidente Dilma Rousseff pela chamada “pedalada fiscal”.
Com apenas 1,66 ponto percentual de distância, foi uma vitória bem mais apertada do que a maioria das pesquisas previa – o resultado ainda mais ajustado do que em 2014, quando Dilma derrotou Aécio Neves. Apenas a pesquisa CNT/MDA previu empate entre os adversários.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, neste domingo, as pesquisas eleitorais divulgadas neste sábado (29) apontavam para o líder do PT na disputa com uma vantagem que varia de 2 a 8 pontos percentuais, dependendo do levantamento. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomará posse em 1º de janeiro de 2023.
Na marcha final da investigação, o Datafolha já apontava para a eleição de Lula para o Palácio do Planalto.
A contagem de governadores também foi finalizada (veja todos os resultados abaixo).
O Notícias agrícolas foi atrás, nos últimos dias da primeira campanha, conhecer o planejamento do governo diretamente, ou por meio dos assessores de todos os candidatos (veja todas as propostas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o agronegócio brasileiro.
Lula (PT)
Clique aqui e veja o plano de governo completo.
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• Criar convergência de instrumentos de política agropecuária para ampliar a produção de alimentos para o mercado interno, recuperando a área plantada com arroz, feijão, frutas, hortaliças, etc.
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• Reduzir as Taxas de Juros do Pronaf, Pronamp e demais linhas de Crédito Rural em diferentes níveis de acordo com o compromisso ambiental e social.
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• Ampliação dos Limites de Financiamento do Pronaf, Pronamp e demais linhas de Crédito Rural
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• Criar novos incentivos para ampliar a oferta de crédito rural pelos bancos privados.
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• Aumentar os recursos para o seguro rural público (Proagro) e para o seguro privado.
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• Aumentar os investimentos em Inovação Tecnológica e produção sustentável – biofertilizantes, geração de energia, agricultura de baixo carbono, digitalização rural.
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• Ampliar os incentivos à produção nacional de fertilizantes e biofertilizantes para maior autonomia e soberania nacional.
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• Incentivar a produção, comercialização, abastecimento interno e exportação de produtos orgânicos e agroecológicos brasileiros.
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• Aumentar os recursos repassados à Embrapa, especialmente para o desenvolvimento de soluções de adaptação ao clima e aumento da resiliência climática.
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• Retomar o Apoio ao Cooperativismo com o fortalecimento e expansão do Prodecoop e Procap-Agro.
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• Simplificação, desburocratização e facilitação da utilização de títulos do agronegócio, principalmente para CPR.
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• Retomar a Política Nacional de Abastecimento, com estoques regulatórios e ampliação do financiamento para a produção de alimentos saudáveis, de qualidade e a preços acessíveis.
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• Aumentar os investimentos no Programa de Construção de Armazéns (PCA).
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• Retomada da presença do Brasil em fóruns e grandes negociações internacionais para recuperar a imagem do país e ampliar o acesso aos mercados.
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• Estimular a diversificação das exportações da agroindústria agropecuária e nacional (produtos e mercados).
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• Promover a simplificação dos impostos incidentes sobre a produção e insumos agrícolas.
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• Nosso governo também retomará e ampliará as políticas públicas na área de desenvolvimento agrário voltadas à agricultura familiar e camponesa que foram estratégicas para a saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU. Para isso, o governo reforçará o papel da agricultura familiar recriando o específico ‘Plano Safra’ e fortalecendo e revisando o Pronaf com interesse adequado, bem como a Garantia Safra.
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• Serão retomados os programas Luz para Todos, Programa de Aquisição de Alimentos e compras públicas, as ações de promoção e o Programa Água para Todos, visando à universalização do acesso à água para famílias de baixa renda.
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• A este conjunto de medidas serão adicionadas outras medidas focadas na redução da pobreza rural.
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• Caberá à Embrapa avançar na realização de pesquisas de tecnologias sociais e produtivas adequadas à realidade da agricultura familiar.
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• Vamos avançar para garantir a assistência técnica pública e gratuita da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – ANATER.
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• Pequenos e médios produtores, que respondem por parte importante dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro, terão acesso a políticas públicas para fortalecer a produção e o acesso ao mercado. Destaque para as linhas de crédito ajustadas ao seu perfil, em termos e condições.
* Com informações da agência de notícias Reuters