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Deficiência: Funções e Sintomas

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O papel do zinco na nutrição de plantas de café

O zinco é um micronutriente essencial para as plantas de café. Sua presença desempenha diversas funções no metabolismo da planta, sendo crucial para uma boa produção final da safra. Apesar de ser necessário em menores quantidades em comparação com outros nutrientes, como os macronutrientes, o zinco não é menos importante, pois cada nutriente tem uma função específica dentro da planta. Portanto, é fundamental garantir a presença adequada de todos os nutrientes para o bom funcionamento da planta.

Funções do zinco na cultura do café

O zinco está ligado ao crescimento da planta de café, sendo responsável pela síntese do aminoácido triptofano, que é precursor do regulador de crescimento auxina. Além disso, o zinco está envolvido em diversas reações enzimáticas e fotossintéticas importantes para a planta. Também desempenha um papel na produção de açúcares e síntese de proteínas.

Sintomas de deficiência de zinco

A ausência de zinco na planta de café causa sintomas característicos, como internódios curtos, folhas novas pequenas, estreitas e cloróticas. Em alguns casos, podem surgir rosetas na ponta dos ramos plagiotrópicos, conhecidas como “vassoura de bruxa”. Os sintomas de deficiência são mais evidentes nas folhas mais novas, pois o zinco possui baixa mobilidade na planta, não se deslocando das folhas velhas para as novas.

Sintomas de deficiência de zinco x fitotoxicidade por glifosato

É importante não confundir os sintomas de deficiência de zinco com a toxidez por glifosato, pois eles podem ser parecidos. Os sintomas de intoxicação por glifosato incluem estreitamento do limbo foliar, clorose e brotações excessivas nas regiões apicais do ramo.

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Excesso de zinco na cultura do café

O equilíbrio é essencial quando se trata de nutrientes. Tanto a deficiência quanto o excesso de zinco podem ser prejudiciais para a planta. Altos teores de zinco no solo podem causar toxidez, afetando negativamente o desenvolvimento da planta. Portanto, é importante estar atento à quantidade de zinco presente no solo e nas plantas para evitar problemas.

Características do zinco no solo

O zinco na solução do solo é absorvido pelas plantas na forma Zn2+. A disponibilidade desse nutriente no solo pode ser afetada pelo pH do solo e pela concentração de fósforo. Aumentos no pH do solo e altas concentrações de fósforo podem reduzir a disponibilidade de zinco. Portanto, é fundamental monitorar os níveis de zinco e outros nutrientes no solo e na planta.

Teor de zinco no solo e na folha

Após a adubação e pulverização com fontes de zinco, é importante realizar análises do solo e da folha para acompanhar os níveis desse micronutriente. Na análise foliar, teores adequados de zinco para o café estão na faixa de 10-20 ppm ou 10-20 mg/dm3. Para a análise de solo, níveis abaixo de 1,5 mg/dm3 são considerados baixos, entre 1,5-3,0 mg/dm3 são considerados médios, e acima de 3,0 mg/dm3 são considerados altos.

Recomendação de adubação do zinco

No manejo do zinco, é importante buscar um teor de zinco no solo acima de 3,0 mg/dm3. Em solos mais argilosos, onde o zinco fica retido com mais facilidade, a aplicação via foliar é mais recomendada. Para solos mais arenosos, a aplicação tanto via solo quanto via foliar é desejável, levando em consideração os níveis adequados de zinco. É importante estar atento ao manejo adequado desse nutriente para garantir melhoria na produtividade, lucratividade e qualidade do café produzido.

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Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Sumário

1. Funções do zinco na cultura do café

2. Sintomas de deficiência de zinco

3. Sintomas de deficiência de zinco x fitotoxicidade por glifosato

4. Excesso de zinco na cultura do café

5. Características do zinco no solo

6. Teor de zinco no solo e na folha

7. Recomendação de adubação do zinco

O zinco é um micronutriente essencial para a nutrição de plantas. Se tratando da cultura do café, isso não é diferente, este elemento exerce grandes funcionalidades no metabolismo da planta, sendo imprescindível para uma boa produção final da safra.

Apesar de ser demandado em menores quantidades, quando comparado a outros nutrientes, principalmente os macronutrientes, não o torna menos importante, pois cada macro e micronutriente tem sua função especifica dentro da planta.

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Dessa forma, é necessário a presença de todos em quantidades suficientes para seu bom funcionamento.

 

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Funções do zinco na cultura do café

Este elemento está intimamente ligado ao crescimento da planta de café, uma vez que tem entre suas funções a síntese do aminoácido triptofano, que é percursor do regulador de crescimento auxina, sendo responsável pelo crescimento de tecidos vegetais.

Também, o zinco está ligado a diversas reações enzimáticas e fotossintéticas. Além disso, outras funções também estão ligadas a esse nutriente, como produção de açucares e síntese de proteínas.

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Sintomas de deficiência de zinco

Na ausência deste elemento a planta apresenta sinais bem característicos, como exemplo a presença de internódios curtos, com folhas novas pequenas, estreitas e cloróticas. Em alguns casos surgem rosetas na ponta dos ramos plagiotrópicos, comumente chamado de “vassoura de bruxa”.

Os sintomas de deficiência são observados inicialmente nas folhas mais novas, uma vez que este nutriente apresenta baixa mobilidade na planta, dessa forma, não permitindo que se desloquem das folhas velhas para as folhas novas.

Folha de cafeeiro com sintomas de deficiência de zinco

Sintomas de deficiência de zinco em cafeeiro. (Foto: Luiz Paulo Vilela).

Cafeeiros com deficiência de zinco

Sintomas de deficiência de zinco em cafeeiro. (Foto: PROCAFÉ).

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Sintomas de deficiência de zinco x fitotoxicidade por glifosato

Devemos ter o cuidado para não confundir os sintomas de deficiência de zinco, com a toxidez por glifosato, visto que eles são parecidos.

Os sintomas observados para intoxicação por glifosato são: estreitamento do limbo foliar, clorose e excesso de brotações nas regiões apicais do ramo.

Sintomas de toxidez por glifosato

Sintoma de toxidez por glifosato (Foto: Larissa Cocato).

Diferença da deficiência de zinco e toxicidade por glifosato

Diferença visual de desenvolvimento de plantas de café intoxicadas pelo Glifosato (seta vermelha) e plantas normais (seta verde), sem a ocorrência de intoxicação. (Foto: Larissa Cocato)

Excesso de zinco na cultura do café

Considerando todos os nutrientes, o equilíbrio sempre é necessário, por isso, tanto a deficiência quanto excesso de qualquer nutriente são prejudiciais, e para o zinco isso não é diferente.

Abaixo, temos a foto de uma lavoura com altos teores de zinco, apresentando 15 mg/dm3 no solo, acarretando em toxidez deste nutriente. Vale destacar que os sintomas de deficiência e de excesso são parecidos, por isso, é importante estar atento ao que foi realizado de manejo na lavoura.

Características do zinco no solo

O zinco na solução do solo ocorre na forma Zn2+, forma essa que é absorvida pelas plantas.

Devemos nos atentar em relação a disponibilidade desse nutriente via solo, visto que, sua concentração diminui cerca de 100 vezes com o aumento de uma unidade no pH, como mostra o gráfico abaixo.

Com o aumento do pH, há a redução da disponibilidade de alguns micronutrientes, como ferro, cobre, manganês e o zinco.

Disponibilidade de zinco de acordo com o pH

Gráfico de disponibilidade de nutrientes em função do pH. (Fonte: Adaptado de Matiello).

Além disso, condições de altos teores de fósforo, também afetam a disponibilidade desse nutriente. Não é comum se observar essa condição no campo, mas é importante saber que há um antagonismo entre os nutrientes P e Zn, dessa forma, altas concentrações de fósforo, acarretam em baixa disponibilidade de zinco.

Por isso, torna-se imprescindível estar atento aos teores de zinco tanto via solo, quanto via foliar.

Calendário agrícola do café

Teor de zinco no solo e na folha

Após realizado as adubações de zinco na lavoura, ou suas pulverizações com fontes de zinco, é importante sempre fazer o acompanhamento deste micronutriente, tanto via solo quanto via foliar, para evitar que sua lavoura sofra com as perdas das funcionalidades que este elemento irá trazer para as plantas.

Na análise foliar, teores considerados adequados se tratando do cafeeiro estão na faixa de 10-20 ppm ou 10-20 mg/dm3. Malavolta e Vitti mostram os teores adequados de zinco na folha de acordo com os meses do ano, conforme mostra a tabela abaixo:

Fatores de zinco adequados para o cafeeiro de acordo com os meses do anoFonte: Adaptado de E. Malavolta / G.C.Vitti

Já para análise de solo, de acordo com o Procafé, níveis de zinco abaixo de 1,5 mg/dm3 são considerados baixos, entre 1,5-3,0 mg/dm3 são considerados médios, e acima de 3,0 mg/dm3 são considerados altos.

Recomendação de adubação do zinco

Dessa forma, os técnicos buscam trabalhar com um teor de zinco no solo acima de 3,0 mg/dm3.

No entanto, para o manejo deste nutriente, devemos estar atentos ao teor de argila dos solos, se o solo é mais arenoso ou mais argiloso, uma vez que, em solos mais argilosos, o zinco fica muito retido no solo, nestes casos, a aplicação de zinco via foliar é mais eficiente.

Além disso, pelo fato dos micronutrientes serem demandados em menores quantidades, a aplicação via foliar é bem recomendada, e também acarreta em respostas mais rápidas após a aplicação.

Quando possível, e em solos mais arenosos, o fornecimento tanto via solo quanto via folha é desejável, devido a ação mais residual do fornecimento via solo e mais rápida do fornecimento via folha, sempre estando atento aos níveis adequados do zinco.

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Larissa Cocato - Coordenadora de Ensino Café

O zinco é um micronutriente crucial para garantir a nutrição adequada das plantas, incluindo a cultura do café. Esse mineral desempenha diversas funções essenciais no metabolismo das plantas e é fundamental para garantir uma produção final de safra de alta qualidade.

Embora o zinco seja necessário em quantidades menores se comparado a outros nutrientes, como os macronutrientes, não o torna menos importante. Cada macronutriente e micronutriente tem sua função específica dentro da planta, por isso é indispensável garantir a presença de todos eles em quantidades suficientes para um bom funcionamento.

O zinco desempenha um papel crucial no crescimento das plantas de café. Uma de suas funções mais importantes é a síntese do aminoácido triptofano, que é precursor do regulador de crescimento auxina. Esse regulador é responsável pelo crescimento dos tecidos vegetais, o que é fundamental para o desenvolvimento saudável das plantas de café.

Além disso, o zinco está envolvido em diversas reações enzimáticas e fotossintéticas nas plantas de café. Ele também desempenha um papel importante na produção de açúcares e na síntese de proteínas. Portanto, é essencial garantir a presença adequada de zinco para promover o crescimento saudável e a produtividade das plantas de café.

A deficiência de zinco pode ser observada em sinais característicos nas plantas de café. Os sintomas incluem a presença de internódios curtos, folhas novas pequenas, estreitas e cloróticas. Em alguns casos, podem surgir rosetas na ponta dos ramos plagiotrópicos, também conhecidas como “vassouras de bruxa”. É importante destacar que esses sintomas são observados inicialmente nas folhas mais novas, uma vez que o zinco apresenta baixa mobilidade na planta, o que significa que ele não pode se deslocar das folhas mais antigas para as folhas mais novas.

É necessário ter cuidado para não confundir os sintomas de deficiência de zinco com os sintomas de intoxicação por glifosato. Os sintomas de intoxicação por glifosato incluem o estreitamento do limbo foliar, clorose e o surgimento excessivo de brotações nas regiões apicais do ramo. É importante estar ciente dessas diferenças para tomar as medidas adequadas caso ocorra algum problema no desenvolvimento das plantas de café.

Assim como a deficiência, o excesso de zinco também pode ser prejudicial às plantas de café. Portanto, é importante manter o equilíbrio adequado de nutrientes, evitando tanto a deficiência quanto o excesso de zinco. Altos teores de zinco no solo podem resultar em toxidez, afetando negativamente o desenvolvimento das plantas de café. É importante observar os sintomas e estar atento às práticas de manejo adequadas para evitar problemas relacionados ao excesso de zinco.

A disponibilidade de zinco no solo ocorre principalmente na forma de Zn2+, que é absorvida pelas plantas. É importante considerar a disponibilidade desse nutriente no solo, pois sua concentração diminui cerca de 100 vezes com o aumento de uma unidade no pH. Portanto, solos com pH mais elevado podem ter menor disponibilidade de zinco. Além disso, altos teores de fósforo no solo também podem afetar a disponibilidade de zinco. Embora seja menos comum, é importante estar ciente desse antagonismo entre os nutrientes e tomar as medidas adequadas para garantir a disponibilidade adequada de zinco.

Para garantir a nutrição adequada das plantas de café, é importante monitorar os teores de zinco tanto no solo quanto nas folhas. A análise foliar é uma ferramenta importante para avaliar os teores adequados de zinco nas plantas de café. Valores considerados adequados para teores foliares de zinco variam entre 10-20 ppm ou 10-20 mg/dm3, dependendo do período do ano.

A análise do solo também é uma ferramenta essencial para monitorar os teores de zinco. Níveis abaixo de 1,5 mg/dm3 são considerados baixos, entre 1,5-3,0 mg/dm3 são considerados médios, e acima de 3,0 mg/dm3 são considerados altos. Os técnicos geralmente buscam trabalhar com teores de zinco no solo acima de 3,0 mg/dm3, mas é importante considerar as características do solo, como o teor de argila, para determinar a melhor estratégia de manejo nutricional.

A adubação com zinco é uma prática importante para garantir a disponibilidade adequada desse micronutriente para as plantas de café. A aplicação de zinco via solo pode ser mais eficiente em solos mais arenosos, enquanto a aplicação via foliar é recomendada quando o zinco fica mais retido nos solos argilosos. Vale ressaltar que a aplicação via foliar pode proporcionar respostas mais rápidas após a aplicação, devido à maior demanda por micronutrientes em quantidades menores. É importante estar atento aos níveis adequados de zinco e avaliar as condições do solo e das plantas para definir a melhor estratégia de adubação.

Em suma, o zinco desempenha um papel crucial na nutrição das plantas de café. Ele está envolvido em várias funções essenciais para o crescimento, desenvolvimento e produção final das plantas. Portanto, é fundamental garantir a disponibilidade adequada de zinco por meio de práticas de manejo nutricional adequadas, como adubação equilibrada e monitoramento dos teores de zinco no solo e nas folhas. Dessa forma, os agricultores podem promover a produtividade, a lucratividade e a qualidade do café produzido.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O zinco é um micronutriente essencial para a nutrição das plantas de café. Ele desempenha várias funções, como a síntese de aminoácidos e reguladores de crescimento, além de estar envolvido em reações enzimáticas e fotossintéticas. A deficiência de zinco pode causar sintomas como internódios curtos e folhas cloróticas. No entanto, é importante distinguir esses sintomas da toxidez causada por herbicidas como o glifosato. O excesso de zinco também pode ser prejudicial para as plantas de café. A disponibilidade de zinco no solo é influenciada pelo pH e pela concentração de fósforo. Portanto, é importante monitorar os teores de zinco no solo e nas folhas para evitar deficiências ou excessos. Recomenda-se realizar a adubação de zinco de acordo com as necessidades específicas do solo e da planta. A aplicação via foliar pode ser mais eficiente em solos argilosos, enquanto a aplicação via solo pode apresentar uma ação mais residual em solos arenosos. Ambas as formas de adubação devem ser realizadas dentro dos níveis adequados de zinco para garantir uma boa produção de café.

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