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Da músculos suína light à músculos de laboratório, a Embrapa Suínos e Aves…

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Na Embrapa Suínos e Aves, que completou 48 anos nesta terça-feira, há um legado construído para duas das mais importantes pecuárias do país. Surgiram conhecimentos que mudaram a trajetória da suinocultura e avicultura brasileira

A partir da dezena de 1920, colonos de progénie italiana e alemã do Rio Grande do Sul chegaram ao oeste catarinense. Uma das tradições desses colonos era a produção de pequenos animais para a subsistência das famílias. Já na dezena de 1940, a geração de galinhas e porcos propiciou o promanação de pequenas agroindústrias que fariam do oeste catarinense a região onde despontaria a moderna avicultura e suinocultura do país. Diante desse cenário e da influência dessas duas cadeias, lideranças ligadas ao setor agropecuário catarinense candidataram-se ao estado para sediar o meio de desenvolvimento de tecnologias para suinocultura da Embrapa. O principal argumento era que catarinenses lideravam ações privadas de pesquisa em melhoramento genético e nutrição, com destaque para o município de Concórdia.

O logo pequeno município, com tapume de 18 milénio habitantes, concentrava fazendas especializadas na comercialização de matrizes suínas. O trabalho de melhoramento genético dessas fazendas já era reconhecido em todo o país. O município tinha até uma estação de avaliação de suínos e um meio de inseminação sintético. Ou por outra, Concórdia abrigava uma das principais agroindústrias brasileiras dedicadas à industrialização da músculos suína. Da mesma forma, o município concorreu com a cidade de Estrela, no Rio Grande do Sul, outra importante região da suinocultura brasileira.

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A estudo dos critérios técnicos acabou optando por Concórdia, fazendo com que os catarinenses ganhassem a disputa com os gaúchos, que na era já contavam com duas unidades da Embrapa: Trigo, em Passo Fundo, e Clima Temperado, em Pelotas.

Em 13 de junho de 1975, em Brasília, foi oficialmente criado o Núcleo Pátrio de Pesquisas de Suínos. Algumas semanas depois, dois pesquisadores chegaram à cidade para iniciar a implantação da novidade unidade da Embrapa.

O ato de geração do Núcleo de Pesquisas foi assinado pelo Ministro da Cultura Alysson Paulinelli. Em prova para um livro histórico, em 2011, Paulinelli declarou que a escolha foi procedente e acertada. “Em 1974, recebi a Embrapa uma vez que uma semente, um embrião, muito muito concebido pelo ministro Luiz Fernando Cirne Lima e embalado pelo ministro José Moura Cavalcanti. Tínhamos que cultivá-la e fazê-la produzir. A expectativa era muito subida e não poderia decepcionar ninguém. A urgência de um Sistema Pátrio de Pesquisa Agropecuária que auxiliasse os produtores brasileiros a solucionar seus problemas tecnológicos, em um país tropical, com tantas dificuldades e deficiências, era o que mais se esperava naquele momento. Por outro lado, a Embrapa teria que responder rapidamente a essa demanda. A definição de pólos nacionais teria que vir naturalmente, por produtos e regiões de maior influência e repercussão econômica e social para o país. Com essas premissas, não poderíamos deixar de incluir a suinocultura e avicultura nessa relação estratégica. E o estudo de Santa Catarina, principalmente Concórdia, deveria ser o leito procedente para acoitar nosso Núcleo Pátrio. Hoje, tenho certeza, não erramos”, prova de Alysson Paulinelli para o trabalho “Sonho, repto e tecnologia – 35 anos de contribuições da Embrapa Suínos e Aves”.

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Mas antes mesmo de sua estruturação completa, o Núcleo Pátrio de Pesquisa em Suínos ganhou um repto a mais. Em 1978, a Embrapa decidiu que era hora de investir em pesquisas científicas na calabouço avícola, que se expandia rapidamente no país. A diretoria executiva da Embrapa tinha duas possibilidades: a geração de uma novidade unidade ou a integração com o polo de suínos, já que as duas cadeias produtivas tinham muitas semelhanças. A integração acabou prevalecendo, até porque a região de Concórdia também era um importante polo produtor de aves. Assim, em 20 de outubro de 1978, foi criado o Núcleo Pátrio de Pesquisa em Suínos e Aves.

As primeiras pesquisas

Numa era em que a suinocultura e a avicultura eram radicalmente diferentes, desde a tecnologia até o manejo bicho, o logo Núcleo Pátrio de Pesquisa em Suínos e Aves enfrentava enormes desafios. Ou por outra, o sistema integrado de produção não completou nem 20 anos de existência no Brasil.

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Logo recaiu na Embrapa a esperança de que soluções para doenças uma vez que a rinite atrófica em suínos fossem rapidamente apresentadas, de modo que os equipamentos pudessem ser adaptados às condições brasileiras, melhorar geneticamente o rebanho pátrio e melhorar rações ou indicar provisões alternativos para os animais.

Os primeiros resultados de pesquisas apareceriam nos anos seguintes, uma vez que a vacina contra rinite atrófica, a tábua de elaboração química e valores energéticos de rações para suínos e aves, a recomendação do uso de rações alternativas, a geração de rebanhos de aves e suínos livres. de patógenos específicos, o aprimoramento das técnicas de inseminação sintético em suínos, o início das análises econômicas dos sistemas de produção de aves e suínos nas principais regiões produtoras do Brasil e o desenvolvimento de equipamentos e edificações para avicultura e suinocultura.

Entre 1978 e 1992, o meio de pesquisa em Concordia também coordenou o Programa Pátrio de Pesquisa em Suínos e Aves. Isso permitiu à Embrapa Suínos e Aves fazer a primeira caracterização dos sistemas de cultivo utilizados pelos produtores e identificar as principais demandas técnicas e econômicas das duas atividades.

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músculos de porco ligeiro

Das centenas de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Suínos e Aves desde 1975 nas áreas de produção ou sanidade bicho e no meio envolvente, duas são as mais conhecidas do grande público: o suíno ligeiro MS58 e a penosa poedeira colonial Embrapa 051.

Lançado na Expointer de Esteio-RS em 1996, o suíno light marcou a transição do “suíno tipo banha” para o suíno com subida concentração de músculos na carcaça. A linhagem é um intercepção entre as raças Pietrain, Duroc e Hampshire e foi registrada no Livro dos Suínos Puros Sintéticos da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

Oriente terminador de machos foi desenvolvido com o base da Cooperativa Meão Aurora para atender a demanda da indústria por material genético e remunerar melhor o produtor por entregar animais com músculos mais magra. No início dos anos 2000, a músculos suína light da Embrapa Suínos e Aves respondia por 8% do abate pátrio de suínos. “Nossa atuação também foi importante para popularizar a tecnologia do porco light entre os suinocultores independentes de todo o país, que encontraram na Embrapa material genético de boa qualidade e preço alcançável”, explica o pesquisador Elsio Figueiredo, da equipe de melhoramento genético da Unidade.

O MS58 foi melhorado duas vezes. A primeira em 2000, com a linhagem MS60 (intercepção das raças Duroc, Large White e Pietrain), com animais livres do gene halotano, que predispõe à Síndrome de Estresse em Suínos e à produção de músculos PSE (pálido, macio e exsudativo). . , um grave problema para a industrialização da músculos.

A segunda vez foi em 2008. Trabalhando sempre em parceria com a Cooperativa Aurora, a Embrapa lançou a linhagem MS115 durante a Expodireto Cotrijal em Não-Me-Toque-RS. Esta terceira geração de suínos leves foi pensada para uma novidade veras no mercado de suínos: a dos animais mais pesados ​​ao abate (supra de 115 kg de peso vivo). A linhagem MS115 continuou com a mesma formação racial da MS60, mantendo cumeeira potencial genético para músculos na carcaça (supra de 62%), espessura de toucinho reduzida e supimpa conformação, com supimpa concentração de músculos no lombo, perna e paleta, passando para o percentual de músculos na carcaça maior que 58% e aumentando o proveito genético para conversão fomentar em animais mais pesados. Ainda na genética suína, em 2014, durante a Expointer, em Esteio, a Embrapa lançou a fêmea MO25C, uma vez que uma traço mais rústica para produção de leitões.

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penosa poedeira colonial

Uma vez que resultado de projetos de pesquisa em melhoramento genético de aves realizados desde 1982, a Embrapa Suínos e Aves desenvolveu cinco pacotes genéticos destinados ao mercado brasiliano: Embrapa 011 (clara de postura), Embrapa 021 e 022 (frango), Embrapa 031 (marrom penosa poedeira), Embrapa 041 (frango de incisão colonial) e Embrapa 051 (penosa de postura marrom colonial).

Dessas, a mais popular é a Embrapa 051. Até logo, os pequenos produtores rurais familiares tradicionalmente utilizavam galinhas poedeiras com inferior potencial genético e tecnológico em suas criações, o que acarretava em menor produtividade e maior dispêndio de produção. “Essa genética possibilitou aos produtores substituir uma ave de baixa tecnologia por uma genética mais avançada, que proporciona maior produtividade em postura e agrega valor com a venda da carcaça para consumo”, destaca o pesquisador.

A penosa poedeira colonial é uma penosa híbrida, resultante do intercepção entre as linhagens Rhode Island Red e Plymouth Rock White, especializada na produção de ovos de mesa com casca marrom. E por serem rústicos, adaptam-se muito a sistemas menos intensivos.

Desafios e entregas alinhados

Desde sua geração, os desafios mudaram e exigem cada vez mais soluções que contemplem uma produção sustentável, tanto econômica quanto ambientalmente. Entregas de impacto foram desenvolvidas pela equipe de pesquisa, uma vez que a instalação de uma estação de biometano gerado a partir de dejetos suínos, o Biogasfort. Tem também soluções que potenciam a recuperação e reutilização de chuva nas quintas, uma vez que é o caso da Sistrates.

“A Embrapa Suínos e Aves tem papel fundamental no base às políticas públicas, com um trabalho que impacta a agroindústria, as exportações e a produção das cadeias produtivas”, enfatiza o gerente-geral Everton Krabbe. Uma dessas obras é a revisão e modernização da inspeção sanitária em frigoríficos, tanto de suínos quanto de aves. Na questão ambiental, o trabalho de pesquisa impactou instruções normativas, uma vez que a IN11 SC.

As equipes da Embrapa Suínos e Aves trabalham diretamente com o setor produtivo, com foco em genética, nutrição, sanidade, equipamentos e agroindústrias. Entre os desafios atuais, os esforços de pesquisa se concentram em inovações uma vez que músculos cultivada em laboratório, xenotransplante e biobanking, por exemplo.

“O propósito da Embrapa Suínos e Aves é trabalhar com capacidade máxima para atuar na vanguarda e antecipar tendências para que as cadeias produtivas desenvolvam todo o seu potencial e alimentem a população brasileira e mundial com qualidade e segurança”, afirma o pesquisador Everton Krabbe.

As cadeias produtivas de frango e suínos continuam tendo grande influência no agronegócio brasiliano. O uso intenso de tecnologia e o supimpa estado sanitário posicionaram o Brasil uma vez que um dos principais fornecedores mundiais de músculos de frango. O país é o terceiro maior produtor mundial (14,3 milhões de toneladas em 2021) e o maior exportador (4,6 milhões de toneladas). Na músculos suína, o Brasil ocupa o quarto lugar tanto na produção (4,7 milhões de toneladas) quanto nas exportações (1,1 milhão de toneladas).

A competição acirrada e as constantes exigências do mercado internacional exigem um esforço contínuo em pesquisa, desenvolvimento e inovação para se manter competitivo.

Fonte: Noticias Agricolas

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