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Crédito Rural e a Agenda ESG

    Credito Rural e a Agenda ESG

    Desafios e Oportunidades no Empréstimo Sustentável para o Agronegócio

    Os desafios e as oportunidades do crédito para o agronegócio estão cada vez mais ligados à questão da sustentabilidade. No Estadão Summit Agro, realizado em São Paulo, especialistas discutiram a importância de seguir as regras do ESG (ambiental, social e governança) e como isso influencia a concessão e a captação de crédito para o setor.

    Rumo à Sustentabilidade Financeira

    Com a necessidade de provar a sustentabilidade para captar recursos no exterior, as instituições financeiras estão cada vez mais atentas às práticas sustentáveis do agronegócio. O acompanhamento e a certificação se tornaram ferramentas essenciais para evitar o “greenwashing”, garantindo que os recursos sejam direcionados para projetos verdadeiramente sustentáveis.

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    O Papel das Fintechs na Sustentabilidade do Crédito Agropecuário

    Além disso, as fintechs estão desempenhando um papel relevante na redução do custo do crédito agropecuário ao criar frameworks para medir boas práticas ligadas à sustentabilidade. Isso contribui para garantir que o crédito seja direcionado de forma consciente e alinhada com as metas de sustentabilidade globais.

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    Sumário

    1. Sustentabilidade e ESG no Crédito para Agronegócio

    1.1 O Crivo da Sustentabilidade

    1.2 Cláusulas Ambientais no Financiamento Internacional

    1.3 Impacto da Subida de Juros nos Estados Unidos

    2. Crédito Agrícola e Sustentabilidade

    2.1 Carteira Agro do Banco do Brasil

    2.2 Recuperação de Áreas Degradadas

    2.3 Prevenção do Greenwashing

    3. Financiamento e Práticas Sustentáveis

    3.1 Contribuição do Itaú BBA

    3.2 Gestão de Risco Relacionada ao Crédito

    3.3 Participação do Brasil em Metas de Sustentabilidade Global

    4. Tecnologia e Fintechs no Crédito Agropecuário

    4.1 Uso de Tecnologia para Evitar Greenwashing

    4.2 Papel das Fintechs na Redução do Custo do Crédito

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    A concessão ou a captação de crédito para o agronegócio, tanto aqui quanto no exterior, passam cada vez mais pelo crivo da sustentabilidade e do respeito às regras do ESG (ambiental, social e governança), afirmaram palestrantes durante painel no Estadão Summit Agro, realizado no dia 8 de novembro, em São Paulo.

    O diretor Financeiro e de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, confirmou que, quando os bancos captam dinheiro no exterior, há cláusulas ambientais inclusas e que devem ser respeitadas. “O agro tem que provar sustentabilidade para seguir captando dinheiro lá fora”, reforçou.

    Já na concessão de crédito para o agronegócio no Brasil, Abreu disse que o BNDES teve a vantagem de captar dinheiro mais barato no exterior, antes da subida de juros nos Estados Unidos. “Conseguimos dinheiro barato e, hoje, emprestamos a juros mais baixos.” Com crédito a juros menores, Abreu afirmou que o banco de fomento tenta evitar o “greenwashing” (o falso ESG) por meio de monitoramento e acompanhamento dos projetos.

    No mesmo painel, o diretor da Diretoria de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil (BB), Jayme Pinto Júnior, disse que a carteira agro do banco alcança R$ 321 bilhões, sendo 40% desses recursos relacionados à sustentabilidade. “Nosso crédito agrícola de fato chega ao pequeno produtor”, afirmou ele, acrescentando que há cerca de 190 mil produtores com potencial para recuperar áreas degradadas, mas que não necessariamente são atendidos. “Produtor busca recursos para recuperar áreas, mas ainda não são suficientes.” Sobre o greenwashing, ele disse que o acompanhamento e a certificação previnem a prática.

    Alexandre Correa Abreu, diretor financeiro do BNDES, durante o Estadão Summit Agro 2023 Foto: Marcelo Chello / Estadão

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    O head de ESG Agro do Itaú BBA, João Adrien, por sua vez, informou que boa parte do financiamento da instituição financeira, hoje, contribui com práticas sustentáveis. Para ele, o greenwashing é “problema sério, mas não generalizado”.

    A vice-presidente Latam de Relações Internacionais e Sustentabilidade da Syngenta, Grazielle Parenti, concordou, no mesmo painel, que o crédito é uma ferramenta fundamental para recuperar áreas degradadas e acrescentou que, hoje, a agenda ESG já é considerada “gestão de risco relacionada ao crédito”. <IP10>Ainda para ela, uma forma de evitar o greenwashing é o Brasil participar da formação de metas de sustentabilidade que estão sendo discutidas agora em nível global, devido à sua posição de ator fundamental no agronegócio.Disse, também, que outra forma de resolver o greenwashing é “usar tecnologia”. <IP10>”Aqui temos escala em boas práticas e somos consultados sobre elas no exterior”, informou. E disse que, no exterior, não viu, ainda, programas de preservação como se encontram no Brasil e com a escala daqui.

    O diretor de negócios da Traive – fintech voltada ao crédito agropecuário –, Maurício Quintella, destacou, por fim, o papel relevante das fintechs na redução do custo do crédito agropecuário. “Estamos criando um framework para medir boas práticas ligadas à sustentabilidade para garantir crédito.”

    A importância da sustentabilidade no crédito para o agronegócio

    Impacto das questões ESG na concessão e captação de crédito

    Quando se trata da concessão ou captação de crédito para o agronegócio, tanto no Brasil quanto no exterior, a questão da sustentabilidade e o respeito às regras do ESG (ambiental, social e governança) têm desempenhado um papel cada vez mais crucial nos processos. Essa foi a mensagem unânime entre os palestrantes durante o Estadão Summit Agro, que aconteceu em São Paulo no dia 8 de novembro.

    Influência do ESG na captação de recursos no exterior

    De acordo com Alexandre Abreu, diretor Financeiro e de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas do BNDES, a captação de recursos no exterior envolve cláusulas ambientais que devem ser respeitadas. Ele ressaltou que o setor agropecuário precisa comprovar sua sustentabilidade para continuar atraindo investimentos de fora do país. Além disso, Abreu também destacou a vantagem de ter acesso a financiamento mais barato no exterior, antes da subida dos juros nos Estados Unidos, possibilitando empréstimos com taxas mais baixas no país.

    BNDES e a luta contra o “greenwashing” no crédito brasileiro

    No cenário nacional, o BNDES tem atuado para disponibilizar crédito com juros mais baixos para o agronegócio. Abreu enfatizou que o banco busca evitar o chamado “greenwashing” (falso ESG) por meio de monitoramento rigoroso e acompanhamento dos projetos financiados. Isso representa uma posição de proatividade na busca pela sustentabilidade e responsabilidade social no crédito destinado ao setor.

    Sustentabilidade e crédito agrícola no Banco do Brasil

    O Banco do Brasil também esteve representado no painel, com Jayme Pinto Júnior, diretor da Diretoria de Agronegócios e Agricultura Familiar, destacando a ampla carteira agro do banco, parte significativa dela dedicada a práticas sustentáveis. Ele ressaltou a importância de garantir que o crédito agrícola alcance os pequenos produtores e promova a recuperação de áreas degradadas.

    Alexandre Correa Abreu, diretor financeiro do BNDES, durante o Estadão Summit Agro 2023 Foto: Marcelo Chello / Estadão

    Contribuição do Itaú BBA e da Syngenta para a sustentabilidade no setor agro

    O head de ESG Agro do Itaú BBA, João Adrien, ressaltou a contribuição significativa do banco para práticas sustentáveis, destacando a responsabilidade social e ambiental nas práticas de financiamento. Da mesma forma, a vice-presidente Latam de Relações Internacionais e Sustentabilidade da Syngenta, Grazielle Parenti, frisou a importância do crédito para a recuperação de áreas degradadas, posicionando a agenda ESG como parte fundamental da gestão de riscos relacionada ao crédito.

    Desafios e oportunidades das fintechs no crédito agropecuário

    O diretor de negócios da Traive, Maurício Quintella, enfatizou o papel crescente das fintechs na redução do custo do crédito agropecuário e na promoção de boas práticas ligadas à sustentabilidade, evidenciando a evolução e modernização do setor financeiro no apoio aos produtores e à preservação ambiental.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
    A concessão ou a captação de crédito para o agronegócio, tanto aqui quanto no exterior, passam cada vez mais pelo crivo da sustentabilidade e do respeito às regras do ESG (ambiental, social e governança), afirmaram palestrantes durante painel no Estadão Summit Agro, realizado no dia 8 de novembro, em São Paulo. O crédito agrícola tem se tornado um importante instrumento para fomentar práticas sustentáveis e o respeito ao meio ambiente.

    Portanto, é fundamental que as instituições financeiras, empresas e produtores estejam alinhados com a agenda ESG, a fim de promover uma agricultura mais sustentável e responsável. O monitoramento e a certificação são essenciais para evitar práticas de greenwashing e garantir que o crédito concedido seja direcionado para projetos verdadeiramente sustentáveis.

    O papel das fintechs também é destacado como relevante na redução do custo do crédito agropecuário e na criação de frameworks para medir boas práticas ligadas à sustentabilidade. A integração de tecnologia e inovação tende a ser cada vez mais determinante nesse processo.

    Como a sustentabilidade está influenciando a concessão de crédito para o agronegócio?

    A sustentabilidade está influenciando a concessão de crédito agrícola, tanto no Brasil quanto no exterior, devido à crescente importância da agenda ESG.

    Qual o papel das instituições financeiras no estímulo a práticas sustentáveis no agronegócio?

    As instituições financeiras desempenham um papel fundamental ao direcionar recursos e financiamentos para projetos e atividades que promovam práticas sustentáveis no agronegócio.

    Como as fintechs estão contribuindo para a redução do custo do crédito agropecuário?

    As fintechs estão implementando frameworks para medir boas práticas ligadas à sustentabilidade, garantindo a concessão de crédito a projetos que estejam alinhados com as diretrizes ambientais e de responsabilidade social.

    A concessão ou a captação de crédito para o agronegócio, tanto aqui quanto no exterior, passam cada vez mais pelo crivo da sustentabilidade e do respeito às regras do ESG (ambiental, social e governança), afirmaram palestrantes durante painel no Estadão Summit Agro, realizado no dia 8 de novembro, em São Paulo.

    O diretor Financeiro e de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Alexandre Abreu, confirmou que, quando os bancos captam dinheiro no exterior, há cláusulas ambientais inclusas e que devem ser respeitadas. “O agro tem que provar sustentabilidade para seguir captando dinheiro lá fora”, reforçou.

    Já na concessão de crédito para o agronegócio no Brasil, Abreu disse que o BNDES teve a vantagem de captar dinheiro mais barato no exterior, antes da subida de juros nos Estados Unidos. “Conseguimos dinheiro barato e, hoje, emprestamos a juros mais baixos.” Com crédito a juros menores, Abreu afirmou que o banco de fomento tenta evitar o “greenwashing” (o falso ESG) por meio de monitoramento e acompanhamento dos projetos.

    No mesmo painel, o diretor da Diretoria de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil (BB), Jayme Pinto Júnior, disse que a carteira agro do banco alcança R$ 321 bilhões, sendo 40% desses recursos relacionados à sustentabilidade. “Nosso crédito agrícola de fato chega ao pequeno produtor”, afirmou ele, acrescentando que há cerca de 190 mil produtores com potencial para recuperar áreas degradadas, mas que não necessariamente são atendidos. “Produtor busca recursos para recuperar áreas, mas ainda não são suficientes.” Sobre o greenwashing, ele disse que o acompanhamento e a certificação previnem a prática.

    Alexandre Correa Abreu, diretor financeiro do BNDES, durante o Estadão Summit Agro 2023 Foto: Marcelo Chello / Estadão

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    O head de ESG Agro do Itaú BBA, João Adrien, por sua vez, informou que boa parte do financiamento da instituição financeira, hoje, contribui com práticas sustentáveis. Para ele, o greenwashing é “problema sério, mas não generalizado”.

    A vice-presidente Latam de Relações Internacionais e Sustentabilidade da Syngenta, Grazielle Parenti, concordou, no mesmo painel, que o crédito é uma ferramenta fundamental para recuperar áreas degradadas e acrescentou que, hoje, a agenda ESG já é considerada “gestão de risco relacionada ao crédito”. <IP10>Ainda para ela, uma forma de evitar o greenwashing é o Brasil participar da formação de metas de sustentabilidade que estão sendo discutidas agora em nível global, devido à sua posição de ator fundamental no agronegócio.Disse, também, que outra forma de resolver o greenwashing é “usar tecnologia”. <IP10>”Aqui temos escala em boas práticas e somos consultados sobre elas no exterior”, informou. E disse que, no exterior, não viu, ainda, programas de preservação como se encontram no Brasil e com a escala daqui.

    O diretor de negócios da Traive – fintech voltada ao crédito agropecuário –, Maurício Quintella, destacou, por fim, o papel relevante das fintechs na redução do custo do crédito agropecuário. “Estamos criando um framework para medir boas práticas ligadas à sustentabilidade para garantir crédito.”

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