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Confira as cultivares de feijão mais comercializadas no Brasil

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O Paraná possui as duas cultivares de feijão que se destacam como as mais multiplicadas e comercializadas em todo o país: IPR Sabiá, do grupo carioca, e IPR Urutau, do grupo preto. Eles são resultado de anos de trabalho de pesquisadores do antigo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), hoje Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná). “Há um grande esforço para melhorar cada vez mais o desempenho no campo, produzindo plantas com arquitetura correta para colheita mecanizada e com tolerância a pragas, doenças e problemas climáticos”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara. “O resultado desse esforço é que temos mais de 40 cultivares de feijão disponíveis”.

O feijão é uma cultura de extrema importância para o Brasil, sendo um dos alimentos básicos na alimentação da população. O Paraná possui condições climáticas favoráveis ​​e uma estrutura agrícola bem desenvolvida, o que permite uma produção significativa de grãos de alta qualidade que rendem mais quilos por hectare. Segundo Ortigara, o Estado também tem o privilégio de contar com parceiros que trabalham muito de perto com a pesquisa e a multiplicação dessas sementes para os agricultores do Brasil.

Segundo indicadores do Controle de Produção de Sementes e Mudas, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), nas safras 2022/23 e 2023/24, 22.759,6 hectares de lavouras de produção de sementes de cultivares de feijão do grupo comercial carioca, e 8.089,5 ha de campos de sementes de feijão preto.

A cultivar IPR Sabiá está em primeiro lugar no grupo comercial do Rio de Janeiro, com 3.864,9 hectares de área de produção de sementes, o que representa 16,98% da produção total de sementes deste grupo no Brasil.

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No grupo comercial preto, a cultivar IPR Urutau lidera com 4.351,8 ha, ou 53,8% da área de produção de sementes no Brasil, muito à frente da segunda cultivar, que está com 1.301,2 hectares (16,09% da área). O IPR Urutau tem sido amplamente multiplicado no Paraná e contribui para a oferta desse tipo de feijão em todo o país. “Considerando as cultivares IPR Urutau, IPR Tuiuiú e IPR Uirapuru, a IDR-Paraná detém 66,36% de participação no mercado brasileiro”, aponta José Neto, pesquisador e coordenador de grãos do Instituto.

TRABALHO CONJUNTO – Para o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, os dados apresentados pelo Mapa são motivo de orgulho para o Instituto e reconhecimento do histórico trabalho de pesquisa no Paraná, no antigo Iapar e no IDR -Paraná. “Isso mostra o comprometimento da estrutura estadual com a agricultura familiar e os pequenos agricultores”, enfatiza.

A Diretora de Pesquisa do IDR-Paraná e melhorista de feijão, Vania Moda Cirino, destaca que a qualidade do feijão produzido no Estado é resultado do trabalho conjunto entre produtores rurais, instituições de pesquisa e órgãos de apoio técnico, que sempre teve como objetivo entregar um excelente produto para os consumidores. “A cultura do feijão é uma das prioridades do instituto, pois tem grande relevância econômica e social para o Estado. É produzido predominantemente por pequenos produtores, constituindo a principal fonte de renda desses agricultores familiares”, explica.

Fortalecer cada vez mais a pesquisa agropecuária é uma das estratégias do Governo. “Estamos fazendo um esforço para reinvestir em pesquisa e no uso de recursos de ciência e tecnologia”, complementa Ortigara. Segundo ele, o Estado está acertando os últimos detalhes para abertura de concurso público, com previsão de 126 pessoas para pesquisa agropecuária e mais de 200 vagas para assistência técnica e extensão rural. A contratação será possível devido à economia feita pelo IDR-Paraná,

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LANÇAMENTOS – O IDR-Paraná lançou neste ano duas novas cultivares de feijão: IPR Águia e IPR Cardeal. A IP Águia, do grupo comercial do Rio de Janeiro, destaca-se pela alta tolerância ao escurecimento dos grãos, característica desejada por todos os elos da cadeia produtiva e especialmente importante para os agricultores, pois permite armazenar a produção e decidir o melhor momento à venda.

O IPR Cardeal, feito de feijão vermelho (tipo Dark Red Kidney), desenvolvido para o segmento de exportação, será utilizado na indústria de conservas e conservas. Com ciclo de 78 dias, pode atingir produtividade de 3 toneladas por hectare. É resistente à ferrugem e ao mosaico comum; moderadamente resistente à antracnose, ferrugem angular e murcha de curtabacterium; e suscetível ao mosaico dourado, crestamento bacteriano comum e oídio.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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