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Com a carne fora do prato do brasileiro, frigoríficos tiram o pé comprando boi gordo • Portal DBO

    Com a carne fora do prato do brasileiro frigorificos tiram

    O mercado brasileiro de boi gordo registrou baixa liquidez nos negócios nesta terceira semana de julho/23, com o consumo doméstico apresentando fraqueza, hoje o principal motivo da queda nos preços da arroba.

    “A pressão de baixa se intensificou; Os recuos nas cotações do boi gordo começaram em São Paulo, na semana passada, e se espalharam para as demais praças da pecuária”relata a agrônoma Jéssica Olivier, analista de mercado da Scot Consultoria.

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    Segundo ela, com o fluxo de carne bovina abaixo do esperado, os frigoríficos brasileiros estão reduzindo o número de bois abatidos diariamente e, nesta sexta-feira (21/7), a maioria dos frigoríficos optou por ficar de fora das compras.

    As escalas de abate são confortáveis ​​para as indústrias do país, aponta Jéssica. “Os frigoríficos estão movimentando o gado para o abate, pois a venda de carne pelos atacadistas é mínima”reforça, acrescentando: “O fluxo (de carne bovina) tem sido praticamente nulo em São Paulo”.

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    Em meio à inexpressividade do mercado interno, as exportações de carne bovina in natura Também não está indo muito bem, principalmente em termos de receita.

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    Nos dez primeiros dias úteis de julho/23, o volume diário embarcado e o preço pago por tonelada caíram 3,72% e 26,2%, respectivamente, em relação às médias de julho/22, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

    Com isso, a receita diária de exportação caiu 29% em relação à receita média obtida em julho do ano passado. Nos dez dias deste mês, foram exportadas 76,63 mil toneladas, resultando em receita de US$ 370,24 milhões.

    Segundo a investigação de Agrifatto, os exportadores brasileiros de carne bovina estão tentando sustentar os preços de venda por tonelada para os importadores chineses, que apresentaram melhora nas últimas duas semanas, após passarem por um período prolongado de correções baixistas.

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    “Além do excesso de oferta no Brasil, há o fato de o preço do boi gordo na China já ter sofrido uma desvalorização de 10% em 2023, impulsionado pela queda acentuada dos preços da carne suína no país, principal proteína animal consumida no gigante asiático”dizem analistas da Agrifatto.

    No interior de São Paulo, o boi gordo paulista continuou valendo R$ 240/@ nesta sexta-feira, enquanto a vaca gorda e a novilha são negociadas por R$ 212/@ e R$ 230/@ (preços brutos e futuros), segundo a Scot.

    O preço do “boi-china” paulista é de R$ 250/@, bruto, valor a prazo – portanto, com um prêmio de R$ 10/@ sobre o animal macho “comum”.

    Calculando o S&P Global Commodity InsightsA sexta-feira registrou nova rodada de queda nos preços da arroba bovina.

    “Muitos matadouros deixaram de comprar gado gordo”diz o S&P Globalcompletando: “As unidades que ainda operavam para compor suas escalas para a próxima semana realizaram novas negociações (de boi gordo) a preços mais baixos”.

    De acordo com S&P Globala região com especulação mais baixista tem sido Mato Grosso, onde a estabilidade de preços deu lugar a novos recuos a partir de um ambiente de fraca demanda por animais terminados.

    “Apesar da escassez da oferta e do menor número de animais confinados, a demanda apática fomentou a retirada da arroba em todas as regiões monitoradas do Mato Grosso”informar o S&P Global.

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    contratempos por atacado – Nesta sexta-feira, o mercado atacadista de carne bovina também registrou retração nos preços dos principais cortes.

    “Refletindo os altos estoques, tanto nos armazéns quanto na distribuição ao consumidor final, os preços dos cortes bovinos registraram sua primeira queda após duas semanas de estabilidade, indicando que o consumo pode ser mais apático do que o esperado”observar o S&P Global.

    Na avaliação da consultoria, muitos agentes do setor de carne bovina começam a rever suas estratégias para o último semestre, diante de um ambiente de negócios que não abre mão de perspectivas positivas.

    Cotações máximas de homens e mulheres na sexta-feira, 21/07
    (Fonte: S&P Global)

    SP-Noroeste:

    carne bovina a R$ 251/@ (prazo)
    vaca a R$ 227/@ (prazo)

    MS-Gold:

    carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
    vaca a R$ 222/@ (dinheiro)

    MS-C.Grande:

    carne bovina a R$ 238/@ (prazo)
    vaca a R$ 222/@ (prazo)

    MT-Cáceres:

    carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
    vaca a R$ 192/@ (prazo)

    MT-Cuiabá:

    carne bovina a R$ 212/@ (à vista)
    vaca a R$ 185/@ (dinheiro)

    MT-Collider:

    carne bovina a R$ 207/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 190/@ (dinheiro)

    GO-Goiânia:

    carne bovina a R$ 231/@ (prazo)
    vaca R$ 207/@ (prazo)

    Vá para o sul:

    carne bovina a R$ 228/@ (prazo)
    vaca a R$ 207/@ (prazo)

    PR-Maringá:

    carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
    vaca a R$ 207/@ (dinheiro)

    MG-Triângulo:

    carne bovina a R$ 241/@ (prazo)
    vaca a R$ 202/@ (prazo)

    MG-BH:

    carne bovina a R$ 217/@ (prazo)
    vaca a R$ 202/@ (prazo)

    BA-F. Santana:

    carne bovina a R$ 210/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 200/@ (dinheiro)

    RS-Fronteira:

    carne bovina a R$ 264/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 234/@ (dinheiro)

    PA-Marabá:

    carne bovina a R$ 207/@ (prazo)
    vaca a R$ 187/@ (prazo)

    PA-Resgate:

    carne bovina a R$ 202/@ (prazo)
    vaca a R$ 187/@ (prazo)

    PA-Paragominas:

    carne bovina a R$ 212/@ (prazo)
    vaca a R$ 197/@ (prazo)

    TO-Araguaína:

    carne bovina a R$ 209/@ (prazo)
    vaca a R$ 192/@ (prazo)

    RO-Cacoal:

    carne bovina a R$ 205/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 180/@ (dinheiro)

    MA-Açailândia:

    carne bovina a R$ 297/@ (dinheiro)
    vaca a R$ 180/@ (dinheiro)

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    Fonte: Portal DBO