Polêmica na performance de dança em escola no Rio de Janeiro
Uma apresentação de dança em uma escola na Cidade de Deus, Rio de Janeiro, viralizou nas redes sociais e gerou polêmica. O grupo Suave, vencedor de um edital público para apresentações e oficinas nas escolas, realizou uma performance controversa que levou à abertura de uma sindicância pela prefeitura.
Conteúdos inapropriados em apresentações para crianças
A apresentação contou com uma dançarina vestida com uma máscara de cavalo simulando movimentos de galope com conotação sexual ao som de um funk. A performance foi realizada em um pátio lotado de crianças, causando revolta e levando à abertura de uma sindicância. A indignação do prefeito do Rio de Janeiro e o afastamento de diretores de escolas municipais são algumas das consequências do episódio.
Responsabilidade das companhias e artistas em apresentações para crianças
A polêmica gerada por essa apresentação levanta uma discussão sobre a responsabilidade das companhias e artistas ao realizarem espetáculos em ambientes escolares. O incidente também levou à proibição das apresentações do grupo Suave nas escolas municipais do Rio de Janeiro.
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Conteúdo
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Polêmica na apresentação de dança do Ciep Luiz Carlos Prestes
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Investigação e afastamento de diretores
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Reação do prefeito do Rio de Janeiro
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Defesa da companhia Suave e da dançarina
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Crítica do autor do funk à versão utilizada na apresentação
O vídeo de uma apresentação de dança no Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Luiz Carlos Prestes, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, viralizou e, diante da polêmica, a prefeitura abriu uma sindicância para investigar o caso.
O episódio ocorreu no último dia 22 em uma performance da companhia Suave, que em 2022 venceu um edital público de R$ 50 mil para apresentações e oficinas nas escolas.
Vestida com uma máscara de cavalo, uma dançarina do grupo simula movimentos de galope com conotação sexual ao som de um funk cujo trecho da letra diz “galopa, galopa, depois senta e rebola”. No início da apresentação, um integrante do grupo, sentado, põe a cabeça entre as pernas da dançarina.
O vídeo gravado na escola mostra centenas de crianças no pátio assistindo à apresentação. De acordo com a Secretaria Municipal de Cultura, o grupo havia indicado que o espetáculo tinha classificação livre.
A Secretaria Municipal de Educação abriu uma sindicância para investigar o caso, e diretores de quatro escolas municipais do Rio foram afastados – além do Ciep da Cidade de Deus, escolas na Maré, no Engenho da Rainha e no centro da cidade haviam firmado acordo para receber o grupo. E as apresentações do grupo foram proibidas.
Em vídeo publicado nesta terça (29/8), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), se disse indignado com a apresentação e afirmou que vai “endurecer o controle” sobre atividades na rede municipal.
“Recebi esse vídeo absurdo e queria entender o que passa na cabeça de alguém que acredita que isso aqui é algo que possa ser apresentado para crianças. Reagi como qualquer pessoa lúcida: com muita indignação e repúdio”, disse Paes.
“Vamos endurecer o controle sobre qualquer apresentação, atividade, ou palestra feitas nas escolas municipais da cidade. Não admito que a gente desperdice tempo e exponha as crianças a esse tipo de conteúdo.”
O prefeito disse ainda que a companhia Suave agiu de “má-fé” ao afirmar à prefeitura que o espetáculo era de classificação livre.
Procurados, os integrantes do grupo não responderam às mensagens enviadas pela reportagem, e os perfis da companhia Suave nas redes sociais foram deletados.
A dançarina Thamires Cândida, que no vídeo aparece com a máscara de cavalo, se defendeu em um vídeo publicado no TikTok. Segundo ela, a versão da música tocada na escola diz ‘cavalo danado’, e não “cavalo tarado”.
“Para quem está julgando que é do diabo, vão ter Deus no coração. As crianças estão muito felizes, não tem nada demais e a música foi modificada para uma versão light.”
AUTOR DO FUNK CRITICA GRUPO
Em post no Instagram, MC Cavalo, autor do funk, criticou a versão da música usada na escola pela companhia Suave. Segundo ele, há uma versão voltada para o público infantil, na qual trechos da letra são modificados. “O cavalo está no cio”, por exemplo, vira “o cavalo está no sítio”, ele diz.
“Eu conheci a peça teatral através das redes sociais. Achei bacana a apresentação. O ponto negativo é a versão utilizada. Em 2014 tivemos a ideia de modificar a letra da música justamente para não acontecer o que aconteceu. Eu pedi para utilizarem a versão infantil”, disse o MC.
O polêmico vídeo da apresentação de dança
No Ciep Luiz Carlos Prestes, localizado na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio de Janeiro, um vídeo de uma apresentação de dança viralizou, gerando grande polêmica e levando a prefeitura a abrir uma sindicância para investigar o caso.
Performance da companhia Suave
No dia 22 de um determinado mês, a companhia Suave, vencedora de um edital público de R$ 50 mil para apresentações e oficinas nas escolas em 2022, realizou uma performance na escola que foi registrada em vídeo. Durante a apresentação, uma dançarina do grupo, usando uma máscara de cavalo, simulou movimentos de galope com conotação sexual ao som de um trecho de funk com a letra “galopa, galopa, depois senta e rebola”. No início da coreografia, um integrante do grupo, sentado, pôs a cabeça entre as pernas da dançarina, chocando os espectadores presentes, incluindo centenas de crianças que assistiam à apresentação no pátio da escola, de acordo com o vídeo gravado no local. A Secretaria Municipal de Cultura afirmou que a companhia tinha indicado que o espetáculo tinha uma classificação livre. No entanto, a Secretaria Municipal de Educação abriu uma sindicância para averiguar o caso e acabou por afastar diretores de quatro escolas municipais do Rio. Proibições das futuras apresentações do grupo também foram implementadas.
Reação do prefeito
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), se manifestou em um vídeo publicado em 29/8, expressando sua indignação com a apresentação, garantindo que irá “endurecer o controle” sobre atividades nas escolas municipais e assegurando que “não admitirá que a gente desperdice tempo e exponha as crianças a esse tipo de conteúdo”. Segundo ele, a companhia Suave agiu de “má-fé” ao alegar que o espetáculo possuía classificação livre. O MC Cavalo, autor do funk, também criticou a versão da música usada na escola pela companhia Suave, afirmando que existe uma versão voltada para o público infantil, na qual trechos da letra são modificados.
A dançarina Thamires Cândida, que aparece no vídeo com a máscara de cavalo, se defendeu em um vídeo publicado no TikTok, afirmando que a versão da música tocada na escola diz “cavalo danado” e não “cavalo tarado”.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Funk Critica Grupo
O autor do funk utilizado na apresentação criticou a versão da música usada pela companhia Suave, enfatizando que há uma versão adequada para o público infantil que poderia ter sido utilizada.
Autor do Vídeo
O autor do vídeo de uma apresentação de dança no Ciep da Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, tem causado polêmica, levando a prefeitura a abrir uma sindicância para investigar o caso.
