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Logística ESG: Hidrovias e Ferrovias em destaque

A importância da logística ESG no transporte de grãos no Brasil

O impacto dos modais de transporte na agenda ESG

Desenvolvimento de iniciativas sustentáveis na logística de grãos

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Sumário

I. Hidrovias e Ferrovias na Logística de Transporte de Grãos

  • Matriz de transporte brasileira
  • Novo PAC e investimentos em ferrovias
  • Estudos sobre navegabilidade de rios na região Norte

II. Logística ESG na Agricultura

  • Impacto da mudança para modais mais sustentáveis
  • Necessidades e investimentos em modais mais amigáveis ambientalmente
  • Evolução do ESG no setor agro

III. Perspectivas e Desafios da Logística de Grãos no Brasil

  • Impacto ambiental do modal rodoviário
  • Importância da infraestrutura de transporte para a logística do país
  • Modelos de gestão e estratégias para resolver desafios logísticos e de ESG

A agenda ESG (ambiental, social e de governança) na logística de transporte de grãos no País passa necessariamente pelas hidrovias e ferrovias, afirmou a coordenadora de Assuntos Estratégicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisângela Lopes, durante painel no Estadão Summit Agro 2023. “A matriz de transporte brasileira é ‘inversa’, focada mais em rodovias do que em hidrovias e ferrovias, que emitem menos gases do efeito estufa”, disse Elisângela, acrescentando que, hoje, 65% da carga no Brasil segue por rodovias e o restante vai pelos outros dois modais. “Lembrando que 66% das nossas estradas são consideradas regulares, ruins ou péssimas, o que também aumenta a emissão de poluentes gerados pelo diesel.”

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Nesse sentido, Elisângela elogiou o novo PAC lançado pelo governo federal, que contempla obras de infraestrutura, entre elas investimentos importantes em ferrovias. “Temos também o estudo da Ferrogrão, embora se ela sairá ou não do papel ainda seja um impasse”, continuou. O projeto da Ferrogrão tem seu traçado principal em Mato Grosso e Pará, em direção aos portos do Norte do País, no Arco Norte, para o escoamento de grãos, sobretudo de produtores mato-grossenses. Há questões ambientais, como o desflorestamento de parte da Reserva do Jamanxim, no Pará, e até o momento não foi aprovada.

Ainda sobre logística ESG, a coordenadora da CNA citou os estudos que existem em relação à navegabilidade de rios do Norte, como o Tapajós, o Madeira e o Tocantins, “que são potencialmente navegáveis, mas infelizmente não se consegue navegar neles durante o ano todo”.

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Para outro participante do painel, o diretor de Logística para América do Sul da trading ADM, Vitor Vinuesa, “a partir do momento em que se muda a matriz de transporte da rodovia para a ferrovia e hidrovia, automaticamente a logística do País passa a ficar em linha com a pauta ESG”. De todo modo, ainda há uma necessidade “muito represada”, em relação ao transporte de grãos por modais mais sustentáveis, dependendo de projetos estruturantes. Do lado da ADM, Vinuesa indicou que a trading tem feito investimentos no Porto de Santos, no litoral paulista, para minimizar o impacto do seu terminal de grãos à população do entorno. “Investimos para tornar o terminal mais amigável ambientalmente à vizinhança do Porto de Santos.”

Modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil, embora emita mais poluentes e maior parte das estradas esteja em mau estado Foto: Jonne Roriz / AE

O cofundador da HR Tech Mereo, Ivan Cruz, empresa de pesquisas também relacionadas ao agro, diz que o levantamento, anual, contribui para as empresas do setor implementarem “modelos de gestão e estratégias para resolver desafios logísticos e de ESG”. “Em 2020, apenas 33% das empresas do agro na pesquisa – que eram em sua maioria de médio porte – mensuravam o ESG em seus três pilares (social, governança e ambiental)”, disse. “Já na pesquisa que será divulgada em 2024, todas as empresas do agro estão medindo o ESG em suas operações em seus três pilares. Vimos uma evolução.”

Logística de transporte de grãos e a agenda ESG no Brasil

A importância das hidrovias e ferrovias para a logística de grãos

A discussão sobre a incorporação de práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) na logística de transporte de grãos no Brasil abordou a necessidade de priorizar o uso de hidrovias e ferrovias em detrimento das rodovias. Durante o Estadão Summit Agro 2023, Elisângela Lopes, coordenadora de Assuntos Estratégicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), destacou que a matriz de transporte brasileira está voltada principalmente para as rodovias, apesar de menos emissões de gases de efeito estufa serem associadas ao uso de hidrovias e ferrovias. Elisângela ressaltou que atualmente, 65% da carga no Brasil é transportada por rodovias, enquanto apenas o restante é distribuído entre hidrovias e ferrovias. Além disso, ela alertou que a precariedade da malha rodoviária brasileira contribui para o aumento das emissões de poluentes provenientes do diesel, uma vez que 66% das estradas são consideradas regulares, ruins ou péssimas.

Investimentos em Ferrovias e a Ferrogrão

Elisângela elogiou o novo PAC do governo federal, que inclui investimentos em obras de infraestrutura, com destaque para melhorias em ferrovias. Ela também mencionou o projeto da Ferrogrão, um empreendimento que enfrenta obstáculos quanto à sua viabilidade, especialmente devido a questões ambientais, como o desmatamento de parte da Reserva do Jamanxim no Pará. Enquanto a Ferrogrão busca facilitar o escoamento de grãos, resultando em benefícios para os produtores de Mato Grosso, o seu desenvolvimento ainda não foi aprovado.

A navegabilidade dos rios do Norte

Elisângela também abordou a importância da navegabilidade dos rios do Norte do país, como o Tapajós, o Madeira e o Tocantins, ressaltando que embora esses rios sejam potencialmente navegáveis, muitas vezes eles não podem ser utilizados ao longo de todo o ano, o que limita seu potencial como uma via de transporte de grãos.

Impacto da mudança da matriz de transporte na logística do Brasil

De acordo com Vitor Vinuesa, diretor de Logística para América do Sul da trading ADM, uma mudança na matriz de transporte, concentrando-se em ferrovias e hidrovias, alinha a logística do Brasil com a agenda ESG. Apesar disso, ele ressaltou que ainda há uma grande necessidade de investimentos em transporte sustentável, através de projetos estruturantes. Vinuesa também mencionou os investimentos da ADM no Porto de Santos, visando minimizar o impacto ambiental de seu terminal de grãos na população vizinha.

Modal rodoviário é o mais utilizado no Brasil, embora emita mais poluentes e maior parte das estradas esteja em mau estado Foto: Jonne Roriz / AE

Integração do ESG na gestão das empresas do agro

Ivan Cruz, cofundador da HR Tech Mereo, uma empresa de pesquisa relacionada ao agronegócio, ressaltou a evolução na integração de práticas ESG por parte das empresas do setor. Ele observou que, embora em 2020 apenas 33% das empresas do agronegócio pesquisadas, em sua maioria de médio porte, medissem o ESG em seus três pilares (social, governança e ambiental), todas as empresas estão fazendo essas medições em 2024, demonstrando uma significativa progresso nesse sentido.

Conclusão

A logística de transporte de grãos no Brasil está cada vez mais alinhada com a agenda ESG, com um foco maior em hidrovias e ferrovias, visando reduzir as emissões de poluentes e promover um transporte mais sustentável. A integração de práticas ESG nas operações das empresas do agronegócio também demonstra uma evolução significativa na conscientização ambiental do setor.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Em resumo, a agenda ESG na logística de transporte de grãos no Brasil passa necessariamente pelas hidrovias e ferrovias, que emitem menos gases do efeito estufa do que as rodovias. Com a matriz de transporte brasileira priorizando as rodovias, é essencial investir em infraestrutura para promover a mudança para modais mais sustentáveis. Projetos estruturantes, como a Ferrogrão, e estudos sobre a navegabilidade de rios do Norte são passos importantes nessa direção. Além disso, a mensuração do ESG é fundamental para as empresas do setor agropecuário implementarem estratégias e modelos de gestão que abordem os desafios logísticos e de sustentabilidade.

## Quais são os impactos do investimento em ferrovias na logística ESG de transporte de grãos?
Os investimentos em ferrovias têm o potencial de reduzir as emissões de gases do efeito estufa e melhorar a sustentabilidade da logística de transporte de grãos, contribuindo para a agenda ESG.

### Qual é a importância da mensuração do ESG para as empresas do setor agropecuário?
A mensuração do ESG é essencial para que as empresas do setor agropecuário possam implementar medidas que abordem os desafios logísticos e de sustentabilidade, promovendo uma evolução em direção a práticas mais sustentáveis.

#### Como as hidrovias e ferrovias podem contribuir para a sustentabilidade na logística de transporte de grãos?
As hidrovias e ferrovias emitem menos gases do efeito estufa do que as rodovias, tornando-se opções mais sustentáveis para o transporte de grãos e contribuindo para a agenda ESG.

### Quais são os desafios e impasses enfrentados em relação à logística ESG de transporte de grãos no Brasil?
Desafios como a necessidade de investimentos em infraestrutura, projetos estruturantes, como a Ferrogrão, e estudos sobre a navegabilidade de rios do Norte do país representam impasses importantes na busca por uma logística de transporte de grãos mais sustentável.

## Como a mudança da matriz de transporte de rodovia para ferrovia e hidrovia pode impactar a logística do Brasil?
A mudança da matriz de transporte de rodovia para ferrovia e hidrovia pode alinhar a logística do Brasil com a pauta ESG, reduzindo as emissões de gases do efeito estufa e promovendo práticas mais sustentáveis.

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