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Brasil deve ter recorde de produção em 2023, diz Conab

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    A produção de três principais tipos de carne no Brasil é estimado em aproximadamente 29,6 milhões de toneladasconforme indica a tabela de oferta de produtos atualizada, nesta sexta-feira (28), por Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    Se confirmado, este será o maior patamar da série histórica considerando aves, suínos e bovinos.

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    A Companhia também prevê um recorde nas exportações, superando 9 milhões de toneladas.

    Mesmo com o aumento dos embarques, a disponibilidade de carne no mercado interno deve aumentar 2,4%, prevista em 20,44 milhões de toneladas, a segunda maior da série.

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    “O aumento da quantidade de carne produzida no país é um dos fatores que sustentam a tendência de queda dos preços ao consumidor. Boa parte da deflação registrada vem das carnes, que são mais baratas para o consumidor”, destaca o presidente da empresa, Edegar Pretto.

    suínos

    O registro esperado é puxado pelo suínos.

    Em 2023, a produção deve chegar a 5,32 milhões de toneladas, alta de 2,7% em relação ao ano passado.

    O volume é o maior registrado no país.

    A maior quantidade de carne produzida possibilita um aumento nas exportações da ordem de 10,1%, estimadas em 1,22 milhão de toneladas, sem afetar a disponibilidade interna, que tende a apresentar um leve aumento de 0,6%, chegando a 4,12 milhões de toneladas.

    “As vendas externas cresceram, ao mesmo tempo em que houve redução da dependência do mercado chinês, o que demonstra que o Brasil conquistou novos mercados. Se em 2020 mais de 50% da carne suína exportada teve como destino a China, este ano, considerando o primeiro semestre, esse percentual caiu para 37%”, aponta o Gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.

    Hong Kong, Filipinas, Chile e Singapura aumentaram o percentual de participação entre os principais compradores da carne suína brasileira.

    “A abertura dos mercados mexicano e canadense para a carne suína brasileira permite novas oportunidades para os exportadores brasileiros”, reforça.

    carne bovina

    A produção de gado representa cerca de 9 milhões de toneladas.

    O aumento já era esperado devido ao ciclo da pecuária, quando há maior abate de fêmeas e consequente aumento da oferta de carne no mercado.

    As exportações são projetadas em 2,91 milhões de toneladas, queda de 3,3% em relação ao ano passado, impactadas por embarques mais lentos no início de 2023.

    A disponibilidade do produto no mercado interno aumentou 8,6%, atingindo 6,23 milhões de toneladas.

    Aves

    Para aves a estimativa é de uma produção de 15,21 milhões de toneladas, a segunda maior da série.

    A boa produção e os recordes de gripe aviária em países europeus, Japão e Estados Unidos, por exemplo, aumentam a demanda pela carne brasileira.

    “Casos de gripe aviária já foram detectados no Brasil, mas apenas em aves silvestres e não em aves comerciais”, pondera Rabello.

    Diante desse cenário, as exportações devem crescer cerca de 10,2%, atingindo um volume de 5,12 milhões de toneladas, um novo recorde.

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), só nos primeiros 15 dias úteis de julho houve um aumento de 10% nas vendas para o mercado externo.

    Ovos

    No que diz respeito ao fornecimento de ovosA Conab estima que a produção para 2023 deve bater um novo recorde e chegar a 40 bilhões de unidades de ovos para consumo.

    “A produção é recorde, se considerarmos a expectativa para o ano, mas é um volume muito próximo ao registrado em 2022. O alto custo de produção nos últimos anos tem feito muitos avicultores descartarem as galinhas poedeiras. Isso permite que, por vezes, o aumento da oferta ocorra em uma velocidade diferente do aumento da demanda, permitindo maiores oscilações de preços. Além disso, por ser uma atividade de ciclo longo, as distorções entre oferta e demanda demoram a se equalizar”, explica o gerente da Conab.

    No mercado externo, principalmente nos Estados Unidos, a gripe aviária está entre os principais motivos da alta de preços.

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