Ao longo desta semana, o preço do gado “comum” subiu R$ 7/@ nas praças do interior paulista, fechando na sexta-feira (17/2) a R$ 287/@ (valor bruto, ao longo do tempo), segundo dados calculados pela Scot Consultoria.
Também merece destaque o “boi chinês” (abatido mais jovem, até 30 meses), cujo negócio está novamente sondando R$ 300/@ nas regiões paulistas, informa o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot.
“A ponta vendedora, com boa capacidade de suporte das pastagens, tem dificultado a negociação com a ponta compradora”diz Fabbri, acrescentando que os frigoríficos paulistas continuam otimistas com a exportação e a demanda interna, por conta do Carnaval (onde tem festa, tem churrasco entre família e amigos).
Quanto às exportações, relata Fabbri, a primeira quinzena de fevereiro foi gradual, repercutindo ainda nos negócios realizados em janeiro/23.
“Foram embarcadas 47,2 mil toneladas, ou 5,9 mil toneladas/dia, um bom volume, considerando que a quantidade exportada é mais comedida em fevereiro”observa o analista.
O preço da carne bovina exportada, no entanto, continua baixo – na média do mês atingiu a média de US$ 4,82 mil/t.
“Havia certa expectativa de preços mais firmes (da carne brasileira), principalmente pelo mercado chinês, fato, até então (nesta parte do mês), não se concretizando, segundo relatos de agentes do mercado”diz Fabbri.
No entanto, a liquidez dos negócios envolvendo o mercado externo é melhor. “Devemos ter bons volumes pela frente, “compensando” os preços das carnes exportadas até agora”prevê o analista.
Quanto ao preço da arroba bovina, diz ele, é preciso considerar a fase de baixa do ciclo de preços da pecuária. “Mais cedo ou mais tarde, com a aproximação da entressafra do pasto, a oferta de gado deve aumentar, pressionando novamente os preços”acredita Fabbri.
Com esse quadro, recomenda o analista, “não se surpreenda se a atual “folia” (com aumento de preços da arroba) for passageira, assim como o Carnaval”.
Segundo o analista, ao longo do semestre, com eventual aumento da demanda por boi jovem com padrão exportação (“China-boi”), o prêmio desse tipo de produto poderá subir em relação ao valor do “boi comum ”.
Movimento desta sexta-feira – Considerando os principais mercados da pecuária, o mercado brasileiro de boi gordo encerrou a semana com acomodação nas cotações da arroba, sob efeito da menor liquidez dos negócios, informa a S&P Global.
“Nesta sexta-feira, os frigoríficos foram mais cautelosos em suas aquisições, de olho na desaceleração das vendas de carne no atacado e no menor ritmo de embarques nos portos brasileiros”dizem analistas da S&P Global.
Segundo apuração da consultoria, as variações positivas da arroba ficaram ainda mais pontuais, e já há relatos de indústrias testando novas contratações em valores abaixo das máximas atuais.
“Embora a oferta de gado gordo esteja aparentemente mais restrita, principalmente de lotes padrão exportação, muitos frigoríficos estão aproveitando a maior disponibilidade de fêmeas para complementar suas escalas”observa a S&P Global.
Há um movimento típico de descarte de vacas no período, após a época de monta, o que tem neutralizado grandes movimentos de alta nos preços da arroba, acrescenta a consultoria.
Ao mesmo tempo, a queda dos preços dos principais cortes bovinos no atacado nesta sexta-feira fez com que alguns frigoríficos passassem a limitar ainda mais o abate diário, o que esfriou a demanda por animais terminados.
“Com o feriado de carnaval, alguns frigoríficos também optaram por realocar seus abates”, justifica. A estratégia, diz a S&P Global, é manter os estoques de proteína iguais à demanda atual. “O setor produtivo vem de um forte crescimento no abate mensal de bovinos no mês passado, com estoques carregados nas câmaras frigoríficas”informa a consultoria.
Dados de inspeções de abate de agências governamentais mostraram que o abate em janeiro de 2023 foi o maior para o mês desde 2019, subindo até 9% em relação a janeiro de 2022.
Cotações máximas para homens e mulheres nesta sexta-feira, 17/02
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
carne bovina a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 261/@ (prazo)
MS-Gold:
carne bovina a R$ 266/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (dinheiro)
MS-C.Grande:
carne bovina a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 253/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MT-Cáceres:
carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)
MT-Tangará:
carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 233/@ (prazo)
MT-B. Garças:
carne bovina a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
carne bovina a R$ 246/@ (dinheiro)
vaca a R$ 234/@ (dinheiro)
MT-Collider:
carne bovina a R$ 249/@ (dinheiro)
vaca a R$ 231/@ (dinheiro)
GO-Goiânia:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca R$ 243/@ (prazo)
Vá para o sul:
carne bovina a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)
PR-Maringá:
carne bovina a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 251/@ (dinheiro)
MG-Triângulo:
carne bovina a R$ 286/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MG-BH:
carne bovina a R$ 256/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
BA-F. Santana:
carne bovina a R$ 259/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (dinheiro)
RS-Porto Alegre:
carne bovina a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (à vista)
RS-Fronteira:
carne bovina a R$ 270/@ (à vista)
vaca a R$ 240/@ (prazo)
PA-Marabá:
carne bovina a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 224/@ (prazo)
PA-Resgate:
carne bovina a R$ 228/@ (prazo)
vaca a R$ 216/@ (prazo)
PA-Paragominas:
carne bovina a R$ 247/@ (prazo)
vaca a R$ 240/@ (prazo)
TO-Araguaína:
carne bovina a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 221/@ (prazo)
TO-Gurupi:
carne bovina a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 219/@ (dinheiro)
RO-Cacoal:
carne bovina a R$ 231/@ (dinheiro)
vaca a R$ 212/@ (dinheiro)
RJ-Campos:
carne bovina a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 251/@ (prazo)
MA-Açailândia:
carne bovina a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 222/@ (dinheiro)
