Pular para o conteúdo

As 7 normas essenciais do novo guia alimentar da OMS

    Introdução alimentar: 7 normas do novo guia da OMS | Alimentação

    A introdução alimentar de bebês e crianças é um tema de grande importância para garantir o desenvolvimento saudável dos pequenos. Em outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um novo guia com recomendações sobre esse assunto, trazendo várias orientações que reforçam o que já é indicado por outras organizações de saúde. No entanto, algumas dessas recomendações trouxeram polêmica nas redes sociais. Neste artigo, vamos explorar as principais recomendações do guia da OMS e entender por que elas são fundamentais para a saúde das crianças. Vamos lá!

    Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
    Sumário:

    Principais Recomendações da OMS para a Introdução Alimentar de Bebês e Crianças

    1. Amamentação deve continuar até os 2 anos ou mais

    2. Fórmula não é recomendada para bebês com 1 ano de idade ou mais

    3. A introdução alimentar deve começar aos 6 meses

    4. Bebês de 6 meses a 2 anos devem ter uma dieta diversificada

    5. Crianças com menos de 2 anos não devem consumir açúcar e ultraprocessados

    6. Algumas crianças podem precisar de suplementos

    Em outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um novo guia com recomendações para a introdução alimentar de bebês e crianças de 6 meses a 2 anos de idade. O documento traz orientações sobre como começar a oferecer outros alimentos, além do leite materno ou da fórmula.

    Patrocinadores
    • 🥗 Metade dos pais faz a introdução alimentar de seus bebês na idade errada, revela pesquisa
    • 🤱 O que fazer quando o bebê não quer comer, apenas mamar no peito?

    Introdução alimentar — Foto: Freepik

    Patrocinadores

    De uma forma geral, o guia reforça recomendações que há tempos já são dadas pelos principais órgãos de saúde, como a Academia Americana de Pediatria (AAP), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde (MS). Apesar disso, ele traz também algumas novidades.

    Veja, uma a uma, quais são as recomendações do novo guia de introdução alimentar da OMS e entenda por que algumas delas geraram polêmica nas redes sociais:

    1. Amamentação deve continuar até os 2 anos ou mais

    Essa não é uma orientação nova. As principais autoridades de saúde já defendiam: se possível, a amamentação deve ser mantida até os 2 anos ou mais, mesmo que a criança já consuma outros tipos de alimentos. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde (MS), por exemplo, já fazia exatamente essa recomendação. “Quanto mais tempo o bebê mamar no peito da mãe, melhor para ele e para a mãe”, diz o MS.

    O novo guia da OMS apenas reforça essa mensagem e explica por que ela é tão importante. “Durante o segundo ano de vida, o leite materno continua fornecendo proteção imunológica para a criança por meio de sua grande variedade de substâncias não nutritivas, como imunoglobulinas, hormônios, proteínas, oligossacarídeos do leite humano, glóbulos brancos, peptídeos antimicrobianos, citocinas, quimiocinas, micro RNAs e bactérias comensais”, diz o documento.

    2. Fórmula não é recomendada para bebês com 1 ano de idade ou mais

    É a grande novidade trazida pelo guia. Pela primeira vez, a OMS publicou um documento oficial recomendando que fórmulas lácteas sejam usadas apenas até os 12 meses de vida. A partir dos 12 meses, a fórmula deve ser substituída por outro leite de origem animal.

    “O que a OMS entendeu é que, depois de 1 ano, a criança não precisa mais da fórmula e pode migrar para o leite de origem animal, porque ela já tem uma alimentação mais rica em nutrientes”, explica a nutricionista Franciele Loss, especialista em nutrição materno infantil (RS).

    Nem todas as crianças continuam sendo amamentadas depois dos seis meses de vida. E isso acontece por muitos motivos, como falta de apoio, escolha da mãe, condição médica… Acontece que manter o leite (ou outros laticínios) na dieta da criança continua sendo importante, mesmo depois do fim da amamentação.

    “As crianças amamentadas já recebem leite materno, mas outros alimentos lácteos também podem fazer parte de uma dieta diversificada. Para as que não são amamentadas, leite ou outra fonte de laticínios se fazem ainda mais necessárias, se não estão recebendo outros alimentos de origem animal”, diz o documento.

    3. A introdução alimentar deve começar aos 6 meses

    Trata-se de uma recomendação da OMS, mas também de renomadas instituições de saúde, como a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). O Departamento de Nutrologia da SBP recomenda que, durante os seis primeiros meses de vida, o bebê consuma apenas leite materno (ou fórmula, quando indicado). A introdução de novos alimentos só deve começar depois que o bebê chegar ao sexto mês de vida. Isso vale tanto para crianças que consomem fórmula quanto para aquelas que tomam leite materno.

    Introdução alimentar — Foto: Freepik

    Segundo a instituição, nada deve ser oferecido à criança antes disso (nem mesmo água). “A recomendação é que a introdução seja feita aos seis meses, porque é quando o desenvolvimento neuropsicomotor e os sistemas digestivo e renal estão plenamente prontos para receber alimentos diferentes dos líquidos”, diz a SBP.

    Depois dos seis meses, o bebê pode ir, aos poucos, explorando novos sabores e texturas. A OMS indica, inclusive, que a família não adie esse processo e nem tenha receio em oferecer logo nos primeiros meses de introdução alimentar, por exemplo, alimentos com potencial alergênico, como peixes, soja, leite de vaca e pasta de amendoim.

    “Atrasar a introdução de alimentos complementares pode afetar o aceitação de novos sabores e texturas. Além disso, o acúmulo de evidências sugere que atrasar a introdução de algumas nozes, como o amendoim, pode promover, em vez de prevenir, alergias alimentares. Isto também pode ser o caso de outros alimentos alergênicos, como leite”, afirma o guia da OMS.

    4. Bebês de 6 meses a 2 anos devem ter uma dieta diversificada

    Assim como os adultos, os bebês de 6 meses a 2 anos também precisam comer alimentos saudáveis e diversificados. No novo guia, a OMS diz que os pais devem se atentar para que diferentes grupos de alimentos estejam presentes na dieta do filho:

    1. Alimentos de origem animal (carne, peixe ou ovos) devem ser consumidos diariamente
    2. Frutas e legumes devem ser consumidos diariamente
    3. Leguminosas, nozes e sementes devem ser consumidas com frequência, especialmente quando os alimentos de origem animal são limitados na dieta

    Segundo a nutricionista Franciele Loss, os três grupos de alimentos não precisam estar presentes, ao mesmo tempo, em todas as refeições. Apesar disso, o ideal é que, pelo menos, um desses grupos seja oferecido a cada vez que o bebê se alimentar.

    5. Crianças com menos de 2 anos não devem consumir açúcar e ultraprocessados

    Há tempos, a Academia Americana de Pediatria (AAP) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) defendem que alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar não devem ser oferecidos a bebês com menos de 2 anos. O novo guia da OMS reforça essa orientação e traz mais algumas considerações.

    Introdução alimentar de bebês — Foto: Freepik

    Em resumo, o documento defende que alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras trans não devem fazer parte da dieta de crianças com menos de 2 anos. E isso inclui adoçantes, chás, refrigerantes, salgadinhos, sucos de caixinha, biscoitos… “As evidências mostram que alimentos e bebidas industrializados podem trazer efeitos negativos para a saúde de crianças pequenas. Trocar alimentos mais saudáveis por essas opções pode estar associado à desnutrição, excesso de peso e efeitos cardiometabólicos adversos”, diz.

    Querendo ou não, nada disso é novidade. Ainda assim, esse tópico falando de “alimentos não saudáveis” gerou polêmica nas redes sociais, por causa de um trecho em que o guia fala sobre sucos in natura para crianças com menos de 2 anos.

    No documento, a OMS diz que “o consumo de suco 100% da fruta deveria ser limitado”. Essa frase fez com que muita gente entendesse que crianças a partir dos 6 meses também estariam liberadas para tomar suco in natura. Mas, segundo a nutricionista Franciele Loss, a interpretação não deveria ser exatamente essa.

    “O guia traz recomendações gerais para crianças de 6 meses a 2 anos. E isso fez muita gente acreditar que todas as recomendações valeriam para todas as crianças nessa faixa etária. Mas nessa fala sobre o suco, em específico, faltou uma indicação mais clara no texto, dizendo a partir de que idade, dentro desse intervalo, ele pode ser oferecido, mesmo que em quantidade limitada”, explica.

    Mundialmente, o suco natural é contraindicado para crianças com menos de 12 meses. Tanto a AAP quanto a SBP defendem que o suco da fruta não deve ser oferecido a bebês com menos de 1 ano. Depois de completar o primeiro ano de vida, o suco até pode ser oferecido, desde que sem adição de açúcar ou adoçantes e sem ultrapassar o limite de 120 ml por dia.

    “A ingestão de suco de frutas, mesmo in natura, não é indicada, uma vez que a fruta acaba sendo menos calórica e proporciona mais saciedade que o suco. Além de ser fonte de fibra e exigir a mastigação, importante para o desenvolvimento orofacial da criança”, diz a SBP.

    6. Algumas crianças podem precisar de suplementos

    Nem sempre é necessário recorrer a suplementos vitamínicos– a não ser que haja recomendação médica, é claro. O que a OMS defende é justamente isso: antes de fazer suplementação, é preciso avaliar a necessidade de cada criança/região. Caso o pediatra entenda que é preciso, não há problema em oferecer suplementos para crianças de 6 meses a 2 anos.

    No Brasil, o Ministério da Saúde indica as suplementações de vitamina D, vitamina A e ferro, por exemplo, para todas as crianças nos primeiros dois anos de vida. “No país, algumas suplementações são mandatórias para todas as crianças, como a de vitamina D, até os 2 anos, e a de ferro, dos 3 aos 24 meses para bebês nascidos a termo. Para outros tipos, a gente avalia caso a caso”, explica a gastropediatra e nutróloga Junaura Barreto, da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape).

    Método BLW: a criança é estimulada a interagir com a comida — Foto: Freepik

    7. As crianças devem ser incentivadas a comer de forma autônoma

    O novo guia da OMS também defende que as crianças tenham mais autonomia na hora de comer. “Além do que a criança come, como ela come também é um componente importante“, diz o documento.

    Na prática, isso significa, entre outras coisas, respeitar os sinais de fome e saciedade do bebê e permitir que ele explore, com as próprias mãos, alimentos de diferentes formatos e texturas. “A alimentação responsiva tem demonstrado ser capaz de promover o crescimento e o desenvolvimento saudável e, além de incentivar a autorregulação, que é importante para prevenir a sub e a superalimentação.”

    • 📲 Siga o canal da Crescer no WhatsApp
    • 📧 Quer ficar por dentro das notícias sobre o universo da maternidade/paternidade? Assine grátis a newsletter semanal da CRESCER, com as principais notícias da semana
    • ✅ Saiba como assinar a Crescer para ter acesso a nossos conteúdos exclusivos

    Em outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um novo guia com recomendações para a introdução alimentar de bebês e crianças de 6 meses a 2 anos de idade. Esse documento traz orientações importantes sobre como começar a oferecer outros alimentos além do leite materno ou da fórmula, seguindo as diretrizes estabelecidas pelos principais órgãos de saúde, como a Academia Americana de Pediatria (AAP), a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde (MS).

    Uma das principais recomendações do guia é que a amamentação seja mantida até os 2 anos ou mais, se possível. Essa orientação não é nova e já era defendida pelas autoridades de saúde. O leite materno continua fornecendo proteção imunológica para a criança, mesmo com a introdução de outros alimentos. O documento também destaca que a fórmula não é recomendada para bebês com 1 ano de idade ou mais. A partir dos 12 meses, a criança pode substituir a fórmula por outro tipo de leite de origem animal, pois já possui uma alimentação mais rica em nutrientes.

    A introdução alimentar deve começar aos 6 meses, conforme recomendado pela OMS e pela SBP. Durante os primeiros 6 meses de vida, o bebê deve consumir apenas leite materno ou fórmula, sem a necessidade de oferta de outros alimentos ou líquidos. A partir dos 6 meses, o bebê pode começar a explorar novos sabores e texturas, não havendo necessidade de adiar esse processo. Inclusive, o guia da OMS sugere que alimentos com potencial alergênico sejam introduzidos logo nos primeiros meses, como peixes, soja, leite de vaca e pasta de amendoim.

    Além disso, é importante que os bebês de 6 meses a 2 anos tenham uma dieta diversificada, assim como os adultos. Os pais devem se atentar para que diferentes grupos de alimentos estejam presentes na alimentação do filho, como alimentos de origem animal, frutas, legumes, leguminosas, nozes e sementes. É recomendado oferecer pelo menos um desses grupos a cada refeição, garantindo uma variedade nutricional adequada.

    É fundamental evitar o consumo de alimentos ultraprocessados e ricos em açúcar pelas crianças com menos de 2 anos. Esses alimentos podem trazer efeitos negativos para a saúde, como desnutrição, excesso de peso e problemas cardíacos. O guia também reforça a contraindicação do consumo de sucos naturais para crianças com menos de 1 ano, recomendando que o suco seja oferecido em quantidade limitada após essa idade.

    Em alguns casos, pode ser necessário utilizar suplementos vitamínicos de acordo com a recomendação médica. No entanto, essa não é uma prática obrigatória e a maioria das crianças pode obter todos os nutrientes necessários por meio de uma alimentação adequada.

    Seguir as recomendações da OMS para a introdução alimentar de bebês e crianças é importante para garantir o desenvolvimento saudável e o bem-estar dos pequenos. Os pais devem estar atentos a essas orientações e buscar o apoio de profissionais de saúde para esclarecer dúvidas e receber orientações individualizadas.

    Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

    Regras de SEO do site Rank Math:

    1. Utilize palavras-chave relevantes no título e na descrição do artigo;
    2. Otimize o URL do artigo, utilizando palavras-chave;
    3. Utilize tags de título (h1, h2, h3, etc.) para estruturar o conteúdo do artigo;
    4. Utilize palavras-chave relevantes no conteúdo do artigo, garantindo uma densidade adequada;
    5. Utilize links internos e externos relevantes no conteúdo do artigo;
    6. Otimize as imagens do artigo, utilizando texto alternativo e redimensionando o tamanho delas;
    7. Utilize meta tags e meta descriptions relevantes para cada página do site.

    Conclusão:

    Em outubro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou um novo guia com recomendações para a introdução alimentar de bebês e crianças de 6 meses a 2 anos de idade. O guia reforça recomendações já dadas por outros órgãos de saúde, como a amamentação até os 2 anos ou mais, a introdução alimentar aos 6 meses, o consumo de alimentos diversificados e a restrição de açúcar e alimentos ultraprocessados. No entanto, o guia trouxe uma novidade ao recomendar que fórmulas lácteas sejam usadas apenas até os 12 meses de vida, sendo substituídas por leite de origem animal.

    Perguntas e respostas:

    1. O que fazer quando o bebê não quer comer, apenas mamar no peito?
    – Em casos em que o bebê não quer comer outros alimentos além do leite materno, é importante oferecer os alimentos de forma gradual e persistir na tentativa. É normal que haja resistência no início, mas com o tempo o bebê irá se acostumar com os novos sabores e texturas.

    2. Qual a idade recomendada para iniciar a introdução alimentar?
    – A OMS recomenda que a introdução alimentar seja iniciada aos 6 meses de idade, tanto para bebês que consomem fórmula quanto para aqueles que são amamentados. Antes disso, apenas o leite materno (ou fórmula) deve ser oferecido.

    3. Qual a importância da amamentação até os 2 anos ou mais?
    – A amamentação até os 2 anos ou mais é importante pois o leite materno fornece proteção imunológica para a criança através de diversas substâncias não nutritivas. Além disso, o leite materno continua sendo uma fonte de nutrientes importantes mesmo após a introdução alimentar.

    4. Quais alimentos devem ser oferecidos aos bebês de 6 meses a 2 anos?
    – Os bebês nessa faixa etária devem ter uma dieta diversificada, incluindo alimentos de origem animal (carne, peixe ou ovos), frutas, legumes, leguminosas, nozes e sementes. É importante oferecer pelo menos um desses grupos de alimentos a cada refeição.

    5. Bebês com menos de 2 anos podem consumir açúcar e alimentos ultraprocessados?
    – Não, bebês com menos de 2 anos não devem consumir açúcar e alimentos ultraprocessados. Esses alimentos podem trazer efeitos negativos para a saúde e estão associados a desnutrição, excesso de peso e problemas cardiometabólicos. É importante oferecer alimentos saudáveis e evitar alimentos industrializados.

    Verifique a Fonte Aqui